Força Nacional na grande Belém, exige Associação de Policiais Militares

Angústia. Abandono. Desprezo. Estas três palavras, bem pontuadas, indicam o alerta dos policiais militares no Pará. A preocupação da classe aumentou com a morte do cabo PM Marcelo Costa de Carvalho, no fim da manhã de ontem. Ele é o sétimo PM morto nos 40 primeiros dias do ano, com a amedrontadora média de um policial morto a cada cinco dias.

Ainda levando em consideração os números, segundo a Associação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar (ACSPA), a média atual supera a do ano passado, que contabilizou 34 policiais mortos em 2017, o equivalente a 3 militares mortos por mês.

Para a ACSPA, a situação é recorrente, assim como a letargia do Governo em combater o problema. “Há muito tempo, reunimos com representantes do Governo sobre a insegurança que vivem os agentes de segurança pública, mas medidas efetivas nunca são sequer apresentadas”, disse o sargento PM Xavier, presidente da ACSPA.

Por conta disso, a situação dos policiais militares é de medo de fazerem parte das estatísticas de homicídios contra os agentes de segurança pública. “Nós PMs já somos alvos da criminalidade. Em nossas reuniões na associação, a grande questão que levantamos é quem será o próximo policial assassinado”, analisou Xavier.

Entre as medidas de intervenção que a corporação anseia por parte do governo, para inibir as mortes de policiais, estão uma força tarefa que vai beneficiar também os cidadãos comuns. “Vivemos num estado de alerta, numa guerra que a polícia está saindo derrotada. É hora de o Governo reconhecer isso e pedir o apoio da Força Nacional”, concluiu o sargento PM Xavier.

Fonte: Dol

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