ESTÁ CHEGANDO O VERÃO I Eduardo Fonseca Ed. 1206

ESTÁ CHEGANDO O VERÃO

O cenário aos domingos era o mesmo na frente de toda a cidade, quando as férias escolares, o verão e as praias chegavam.
Uma quantidade de famílias descendo para a praia, iam caminhando até chegarem na Vera Paz, Coroa de Areia, Maracanã, Maracangalha, Juá, algumas para embarcar nos barcos, ou como se dizia na época, no “motor”.
A garotada descia, com uma melancia no ombro, ou na cabeça. Outros levavam as panelas em uma sacola com o almoço já pronto, (minha mãe acordava de madrugada para preparar a comida, domingueira), chegando lá era só esquentar, no gasol do barco ou no fogo feito na praia. O cardápio era variado, mas predominava um tracajá ou tartaruga guisados com batata, macarrão, arroz e farofa. Sobremesa, como disse acima, melancia gelada na água do rio Tapajós, banana e laranja.
Outros levavam uma ou duas bolas de “sernambi”. (depois vieram as de plásticos). E começava-se logo uma pelada na praia. Outros iam jogar uma espécie de vôlei dentro d’água, outros iam apanhar “piranga”, outros namorados (namoro daquela época, romântico), iam caminhar de uma ponta a outra, da Maria José, Arariá, Carapanari, iam a pé, geralmente com uma ou duas crianças atrapalhando ou ainda, outros mais “afoitos”, iam se “dar a conhecer”, que nós crianças nem imaginávamos do que se tratava. Nem imaginávamos, também, que haveria no futuro, esses irresponsáveis andando de moto, moto náutica, carro traçado, fazendo “pega” na praia. (atenção autoridades! Chegou o verão!)
Geralmente o destino era Praia de Maria José, alguns se acomodavam no convéns do barco, outro iam, no toldo e quando se aproximava da chegada, pulava-se na água de cima do barco. Começava a diversão. E haja pular n’água, sobe no barco e pula n’água e haja banho, banho, banho, até a criança ficar cansada (será que ficava?) e ir pegar seu prato de comida e comer debaixo das árvores.
Outros, deixavam para comer depois, continuavam subindo no barco, ou passeando na canoa do próprio motor, iam tirar uma de pescador ou no seu imaginário, ir até “lá fora”.
Que eu me lembre das muitas vezes que participei, não houve, acidentes, (moleque daquela época era obediente) nem uma ”ferradinha de Arraia”, se é que há ferradinha. Depois de descer as bagagens para a praia, encontrando-se sempre uma árvore frondosa, acomodava-se ali e começava-se a bola na praia, outros.
Outros iam fazer o fogo para assar um Tambaquizão (não se pensava, nem era de cativeiro), ou algumas dúzias de acari, de preferência “ovado” – a verdade é que não se tinha obrigação por força de Lei Ambiental, mas deixava-se a praia sempre limpa.
Após o almoço, já estava atada entre os galhos das árvores aquela rede varandada e minha mãe, não dispensava, uma sesta e a criançada torcia para o relógio parar, para não terminar o dia.
Ao final da tarde era a fila de barco retornando para parar em frente da cidade onde se encerrava “o passeio”, aí a turma fazia o caminho contrário, subindo o areal da praia, (não havia orla), raros tinham carros, ia-se a pé, no meu caso, até a Presidente Vargas, ao lado do Fluminense. Ficando-se no aguardo do próximo ou com a família (meu pai costumava convidar algumas famílias amigas e parentes para irem juntos confraternizar conosco).ou então o passeio da escola que era sempre animado, às vezes como prêmio pela apresentação na festa Junina. Então, já chegou o verão!
DEMAGOGIA DA FIFA – Impressionante! Até onde chega a péssima personalidade das pessoas aproveitadores da desgraça dos outros. Pois foi o que deu para eu observar da atitude do mandatário máximo da FIFA, órgão organizador da Copa do Mundo da Rússia, no momento.
Enquanto toda a humanidade rezava para a retirada dos meninos das cavernas, fato ocorrido na Tailândia, o senhor GIANNI INFANTINO aproveitou, a “barca”, até para desviar a atenção contra ele. O que muitos acharam que o convite seria algo de bacana. Para mim, foi um ato demagógico, creio que o momento não era adequado, pois ainda estavam, em plena operação de resgate: “Se, como todos desejamos, se reencontrarem com suas famílias nos próximos dias e sua saúde permitir que façam a viagem, a Fifa ficaria feliz de convidá-los para assistir a final do Mundial-2018”, escreveu INFANTINO em uma carta enviada ao presidente da Federação Tailandesa de Futebol.
“Sinceramente, espero que possam se unir a nós para assistir ao final, que indubitavelmente será um momento de união e celebração”, completou.
Os 12 jovens, com idades entre 11 e 16 anos, e o treinador de 25 anos foram encontrados por mergulhadores britânicos presos na caverna por causa da inundação. Até o fim desta manhã, oito crianças já tinham sido resgatadas, hoje todas foram resgatadas, mais o treinador que foi o último.
Por sua vez, várias personalidades do futebol demonstraram solidariedade ao drama dos tailandeses nos últimos dias. “São notícias terríveis e o mundo do futebol espera que alguém possa encontrar a maneira de retirar estes jovens da caverna”, afirmou o ex-jogador brasileiro Ronaldo em um evento da FIFA.
O técnico do Liverpool, o alemão Jürgen Klopp, pediu que os meninos “sejam fortes”. “Estamos acompanhando as notícias e esperamos que vejam a luz do dia outra vez. Todos somos muito otimistas ante o que pode acontecer, esperamos que seja em minutos, horas ou poucos dias”, afirmou. O zagueiro inglês John Stones afirmou que conversou sobre a situação dos jovens tailandeses com os colegas de seleção. “É muito triste ver onde estão e esperamos que possam ser resgatados sãos e salvos”, disse. ////////// DEUS OUVIU NOSSAS PRECES. ////////// Estarei ausente da nossa Cidade. Irei até Manaus visitar um irmão meu – O LUIZ FELIPE, que se encontra em tratamento de saúde. ////////// Nesta sexta tem FLUMINENSE com o seu tradicional Baile de Saudade…au revoir!

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