Vídeo – As novas estratégias para o marketing político na eleição de 2018

 

Alene Cunha detalha sobre as ferramentas que impulsionarão as candidatura deste ano

Dado início oficialmente a campanha eleitoral, chegou o momento de os candidatos irem para o corpo a corpo junto ao eleitorado. Cheias de novidades em relação as eleições passadas, onde as doações de empresas eram que movimentavam os caixas dos partidos, este ano a doação de pessoas jurídica está proibida. O financiamento público gerou muita polêmica, porém, foi aprovado pelos congressistas, e nas casas de bilhões de reais, será a principal fonte de recursos. O meio digital atravessa as barreiras das redes sociais, e até mesmo doação de pessoas físicas via sistema de ‘vaquinhas virtuais’ está autorizada e estão sendo implementadas pelos candidatos.

Diante deste cenário de novidades e visando refletir sobre os impactos desses novos procedimentos, recebemos no estúdio da TV Impacto e Redação do Jornal O Impacto, Alene Cunha, pós-graduanda em marketing político.

Para ela, os meios digitais tendem a se consolidarem como mídias para o Marketing Político. Contudo, as ferramentas tradicionais se utilizadas de forma adequada dentro de uma estratégia de comunicação, ainda farão a diferença.

“As eleições 2018 têm um amplo campo voltado para atuação digital. Essa vertente é que vai prevalecer nas eleições desse ano. Então, um candidato não deve nem pensar em iniciar uma campanha política se ele não tiver um trabalho de marketing político digital dinâmico. É necessário a contratação de agências específicas para fazer esse trabalho de campanha, com profissionais que estejam efetivamente qualificados para fazer as artes das campanhas, porque o campo das eleições 2018 vai ser o marketing político digital. O candidato precisa estar preparado, porque tem a opção de impulsionar as redes sociais. Antes não poderia impulsionar as redes sociais, então, tem algumas etapas que a gente pode estar selecionando para que esse trabalho do candidato seja dinâmico. Ele precisa ter um perfil pessoal nas redes sociais, mas o trabalho mesmo vai ser intensificado nas fanpages, local onde ele pode estar impulsionando esse trabalho. No perfil pessoal ele não consegue atingir a quantidade de pessoas que gostaria, mas na fanpage ele consegue fazer com que o público alvo dele seja atingido. O candidato que já vem fazendo o marketing dele tem alguma vantagem, mas no período eleitoral ele precisa demonstrar o marketing político que ele vem fazendo, então, se o candidato tem um projeto e levanta uma bandeira, ele precisa identificar qual é essa bandeira, qual é a classe que ele trabalha, com qual classe ele se identifica mais. Com essa questão do impulsionar, você consegue identificar quais são os públicos que você quer alcançar”, declarou.

Segundo Alene Cunha, o candidato e sua assessoria deverão pôr em prática, metodologias que garantam o monitoramento dos resultados quanto à atuação da estratégia de campanha.

“É importante que ele faça durante esse processo uma metodologia de estudo, se realmente o trabalho que ele vem fazendo está causando resultado e se está trazendo os efeitos necessários. Por conta disso, eu destaquei uma ferramenta que ele pode utilizar, que é análise SWOT. Inclusive, essa análise é feita por um profissional coaching, onde ele analisa as fraquezas, quais as ameaças, quais as oportunidades que aquele candidato está tendo naquele perfil que ele está alimentando e quais são as forças que ele pode trazer. Então, essa análise pode ser feita com o candidato para saber se o trabalho que ele está desenvolvendo durante esse impulsionamento está tendo resultado. Deve ser feita constantemente essa correção de rumos estratégicos, não deixando de fazer também a análise durante esse processo do seu oponente”, explicou.

O que pode e ou que não pode? – Existem muitas dúvidas quanto algumas condutas vetadas pela legislação eleitoral, em especial sobre a utilização das redes sociais. De acordo com Alene, uma estratégia de marketing político deve se pauta no cumprimento das normas, caso contrário, terá resultados negativos para o candidato.

“Temos que ter uma atenção especial, porque a Justiça Eleitoral está atenta com relação a esse patrocínio na fanpage que precisa ser devidamente declarado. Esse patrocínio não pode ser feito no dia da eleição, o que configura em crime eleitoral conforme a Lei nº 9.504 de 1997. Então, esse patrocínio deve ser feito antes ou durante o período da campanha das eleições. Existem várias ferramentas que podem ser utilizadas nas redes sociais, que é o facebook, instagram, twitter, youtube e whatsapp. O candidato pode utilizar essas opções, ele pode fazer um e-book, que conta a história do candidato e que bandeira ele levanta, de uma forma moderna que chegue ao eleitor de um jeito que ele possa compreender e que chame sua atenção. Outra opção é o infográfico que também pode ser utilizado dentro dessas ferramentas das redes sociais. Através dele estaremos analisando se o candidato possui números elevados ao longo dos anos. Por exemplo: Existe um candidato que já era deputado e ele possui um bom número de emendas, uma votação expressiva de uma eleição para outra. Então, vamos informar através dos infográficos textos pequenos com ilustrações para que isso chame a atenção do eleitor. Quando você estiver colocando essa ferramenta nas redes sociais, os textos, o candidato defende um projeto, uma bandeira ou é específico de uma determinada área; por exemplo: Meu candidato trabalha com direito, saúde ou educação, então, você vai estar colocando nas redes sociais do seu candidato, em pequenos textos que possam ajudar o eleitor que seja interessado naquela área que o candidato desenvolve, isso chama muita atenção para que aquele candidato possa ter uma afinidade com o eleitor. Com relação aos vídeos, não são necessários que sejam produções mirabolantes. Podem ser vídeos mais simples. O próprio candidato pode produzir esse vídeo e colocar nas redes sociais. O importante é transmitir a mensagem que ele deseja divulgar. Também não precisa ser aquela coisa muito amadora, mas você pode estar fazendo uns vídeos que hoje em dia as ferramentas disponibilizam essas possibilidades e pode colocar nas redes sociais. Agora, é muito importante o candidato ter um site, que oferece uma estrutura mais profissional e organizada, todo aquele material que você produziu, que você colocou nas redes sociais no facebook, instagram, twitter, youtube e whatsapp, o site pode vir trazendo com mais qualidade. É importante que o candidato tenha um profissional que trabalhe essa ferramenta para ele, porque vai estar mostrando a questão da organização, a marca, pessoa e candidato; irá mostrar um trabalho organizado”, expõe Cunha.

Fake news – Ainda é incerto à questão que ser refere a proliferação das notícias falsas. Conforme cita Alene, é preciso estar atento com o compartilhamento deste material, muito comum nas redes sociais e no whatsapp.

 “As chamadas fake news, nas eleições 2018 não poderão mudar muito a opinião do eleitor. Os boatos, as notícias falsas, vão enfraquecer. Claro, que a intenção é distrair o eleitor, ou seja, no momento que ele deveria está assistindo ou lendo sobre as políticas públicas, proposta de governo e modelo de gestão que o candidato propõe, as fake news vão entrar para fazer esta distração com objetivo de enfraquecer a idéia que eleitor tem do candidato. Para mim não irá mudar muita coisa. É claro que o candidato precisa ficar atento. Para os eleitores, também é ficar atento e checar a fonte daquela notícia que ele está lendo. Ler sobre o site que está divulgando. Evitar os textos muitos sensacionalistas, que geralmente eles colocam os títulos marcantes, até mesmo absurdo do ponto de vista da realidade. Vale ressaltar, que a divulgação de informações de sites sérios, é realizada por pessoas sérias. Por fim, não se mantenha somente numa fonte. Se a notícia for verdadeira, ela também estará em outros sites. Acredito sim que a Justiça Eleitoral esteja preparada para essa eleição, porque a cada eleição ela vai inovando, buscando se adequar à realidade, e certamente ela não deixaria de se modernizar e ampliar os seus meios e as tecnologias”, finalizou Alene Cunha. Veja a entrevista completa no site: www.oimpacto.com.br.

Por: Edmundo Baía Junior

Fonte: RG 15/O Impacto

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