Milton Corrêa Ed. 1220

UMA EM CADA TRÊS CRIANÇAS ESTÁ OBESA NO BRASIL, AFIRMA PRESIDENTE DA SBCBM

O Brasil assumiu o compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019. A reportagem é da Agência do Rádio, assinada por Cintia Moreira. Com o objetivo chamar a atenção das pessoas sobre a importância da atividade física e de uma alimentação adequada para melhorar a qualidade de vida e reduzir o excesso de peso. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a OMS, a obesidade e o sobrepeso quase triplicaram desde 1975. Em 2016, por exemplo, mais de 1,9 bilhão de adultos, com 18 anos ou mais, apresentavam excesso de peso. Destes, mais de 650 milhões eram obesos. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Luiz Fernando Córdova, os números atuais mostram que a obesidade é um problema crônico e de saúde pública. “Uma em cada três crianças está obesa no Brasil. Então, o que tem chamado muito a atenção para nós, médicos, é que a gente está vendo cada vez pessoas mais jovens tendo problemas cardiovasculares, entre eles o infarto. Porque realmente a obesidade gera um processo crônico de obstrução das artérias. Então, aquela ideia de que sou um gordinho saudável, não tenho pressão alta, não tenho diabetes, não tenho colesterol, isso não é uma garantia que a pessoa não possa ter outros problemas de saúde”. No Brasil, dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, apontam que quase um em cada cinco brasileiros (18,9%) estão obesos e que mais da metade da população das capitais brasileiras (54,0%) está com excesso de peso. O Ministério da Saúde adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. O Brasil assumiu, no âmbito da Década de Nutrição da ONU, o compromisso de deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas Inter setoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional. Também firmou o compromisso de reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta até 2019, e ampliar em no mínimo 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.

NÚMERO DE DEPUTADOS NEGROS CRESCE QUASE 5%

A soma de eleitos que se autodeclaram pretos (21 deputados) e pardos (104) cresce em relação a 2014, mas negros continuam sub-representações. A informação é da Agência Câmara Noticia. 75% da nova Câmara é de deputados brancos; uma indígena foi eleita. O número de deputados negros (soma de pardos e pretos, segundo critério do IBGE) cresceu quase 5% na eleição de 2018 na comparação com 2014, mas o grupo continua sub-representado na Câmara dos Deputados em relação ao tamanho da população. Dos 513 deputados eleitos no domingo (7), 385 se autodeclaram brancos (75%); 104 se reconhecem como pardos (20,27%); 21 se declaram pretos (4,09%); 2 amarelos (0,389%); e 1 indígena (0,19%).

ESTA É A PRIMEIRA VEZ QUE UMA MULHER INDÍGENA É ELEITA DEPUTADA FEDERAL

Joênia Wapichana – é eleita deputada federal. A primeira vez que um indígena chegou ao posto foi em 1982, com a eleição do cacique xavante Mario Juruna, pelo PDT do Rio de Janeiro. Em relação às eleições de 2014, o número de deputados negros (pretos mais pardos) subiu cerca de 5%, representando 24,36% da composição da Câmara. Em 2014, dos 513 deputados eleitos, 410 se autodeclaravam brancos (79,92%), 81 se diziam pardos (15,78%) e 22 pretos (4,28%). Os negros representavam, portanto, 20,06% dos deputados.

POPULAÇÃO BRASILEIRA

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada em novembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrava que, em 2016, os brancos representavam 44,2% da população brasileira; os pardos representavam a maior parte da população (46,7%); e os pretos, 8,2% do total de brasileiros. A cor é autodeclarada pelo entrevistado.

POR QUE OS RESULTADO DA ELEIÇÃO NÃO REFLETIRAM AS PESQUISAS ELEITORAIS?

Fatores ajudaram, por exemplo, a aumentar número de mulheres na Câmara Federal. A reportagem é da Agência do Rádio, com colaboração de Juliana Gonçalves, reportagem Tácido Rodrigues. O desempenho de candidatos a governos e ao Senado surpreendeu milhões de eleitores. Em muitos estados, os vencedores não lideravam e, em alguns casos, outros sequer eram cotados para chegar ao segundo turno, ao contrário do que previam as pesquisas de intenção de voto. Em Minas Gerais, por exemplo, as pesquisas indicavam segundo turno entre Antonio Anastasia (PSDB), que aparecia na liderança com 40% das intenções de voto, e Fernando Pimentel (PT), com 29%. Fato que não se concretizou. Quem recebeu mais votos em primeiro turno foi o empresário Romeu Zema (Novo), estreante na política que teve 42,73% da preferência do eleitorado. Também em Minas, houve surpresa na eleição para o Legislativo. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), candidata ao Senado, aparecia em primeiro lugar nas pesquisas, mas perdeu a vaga para Carlos Viana (PHS) e Rodrigo Pacheco (DEM). O cientista político da FGV Eduardo Grin explica que isso ocorre porque as pesquisas são retratos de momento e que um fato novo em um curto período de tempo pode alterar o cenário eleitoral. “Acho que o que temos nessa eleição foi a volatilidade dos votos que o eleitor estava manifestando, se deu em uma velocidade rápida e, possivelmente, o eleitor começou a fazer um cálculo de que suas decisões que, se confirmando a favor de um candidato, foi mudando de uma maneira muito significativa”. De acordo com o especialista, as pesquisas eleitorais não erraram, como muitos pensam, e são importantes para o período da campanha para servir de base aos eleitores. Também por conta desses fatores, a bancada feminina no Congresso Nacional aumentou em comparação à 2014. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de deputadas federais cresceu, enquanto o de senadoras se manteve o mesmo. Há quatro anos, dos 513 deputados federais eleitos, 51 eram mulheres. A partir de janeiro de 2019, 77 mulheres vão integrar as cadeiras da Câmara. Na visão do cientista político Valdir Pucci, embora alguns estados tenham eleito mais mulheres em sua bancada estadual, a política ainda é um campo dominado majoritariamente por homens. “As mulheres pouco a pouco têm ocupado seu espaço na política. Não vejo ainda essa eleição como a grande virada das mulheres como protagonistas no cenário político. Vejo que foi mais um passo rumo a isso. A gente vê que em alguns lugares o avanço está sendo maior, mas no quadro geral ainda temos uma política dominada por homens e construída nesse contexto. Mas acho que as mulheres nessas eleições deram mais um passo rumo ao protagonismo na política”. No Distrito Federal, por exemplo, a presença delas será maior. Leila do Volêi (PSB) será a primeira senadora eleita pelos brasilienses. Na Câmara Federal, cinco dos oito deputados eleitos pelo DF, cinco são mulheres. Em outras regiões, no entanto, o cenário teve pouca mudança. Em estados como Amazonas, Maranhão e Sergipe, nenhuma mulher foi eleita para o cargo de deputada federal.

MAIS DE 75% DOS IDOSOS USAM EXCLUSIVAMENTE O SUS

Mais de 75% dos idosos brasileiros dependem exclusivamente dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, e destes, 83% realizaram pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses. A reportagem é da Agência do Rádio assinada por Janary Damacena. Esses são dados inéditos sobre o perfil de envelhecimento desta população no Brasil, divulgados pelo Ministério da Saúde. O objetivo é que esse estudo traga subsídios para a construção e adequação de novas políticas públicas de saúde. O ministro Gilberto Occhi, comentou que baseado na pesquisa apresentada, é importante ensinar os cuidados com a saúde desde a infância para aumentar a qualidade de vida da população. “Nós temos que cuidar da alimentação saudável, da atividade física, da inibição do consumo do tabaco e do álcool. Essas questões trazem consequências ao longo da vida e que vão apresentar assim seus males na maioridade. Então as pessoas vão envelhecendo e isso traz consequência. Então nós temos que cuidar desde a infância para que a nossa população tenha uma vida cada vez mais saudável”. Um dado surpreendente foi o de que 85% da população com 50 anos ou mais vivem em áreas urbanas. E entre os relatos sobre os hábitos de comportamento, 43% dos idosos acompanhados pelo estudo disseram ter medo de cair na rua, como revela a pesquisadora da Fiocruz, Maria Fernanda Lima-Costa. “Surge aí, pela primeira vez, com muita clareza a questão do ambiente urbano. O fato de ter 40% da população brasileira com 50 anos ou mais, ter medo de cair devido defeito de passeio, é uma coisa muito séria. 30% diz que reside regiões inseguras e 5% tiveram sua casa invadida devido a assalto no último Então nós temos uma questão de ambiente urbano, que pra nós foi novidades”. Atualmente, os idosos representam pouco mais de 14% dos brasileiros, e isso quer dizer aproximadamente 29 milhões vivendo no Brasil. A estimativa é de que em 2030 o número de pessoas acima de 60 anos deve superar o de crianças e adolescentes de zero a quatorze anos.

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