Osvaldo Monte Alegre – Técnico regional de capacidade comprovada

“Acho que cada conquista você tem que esquecer, pois já faz parte do passado e focar na frente”

Treinador conseguiu levar o São Francisco à elite do futebol paraense

O treinador de futebol Osvaldo Monte Alegre, que atualmente é o técnico do São Francisco e conseguiu acesso à primeira divisão do futebol paraense, esteve no estúdio da TV Impacto e na redação do Jornal O Impacto, onde falou sobre vários assuntos ligados ao futebol de Santarém e do Pará.

“Obrigado pelo convite! É com muita alegria que a gente aceita falar um pouco da nossa história no futebol, de como começou. Eu nasci aqui no interior de Santarém, na comunidade São Raimundo do Moju. Nunca fugi das minhas origens, mas eu fui muito jovem para Monte Alegre, aos 8 anos. Foi lá que a gente passou mais tempo da nossa vida trabalhando e morando no interior. Depois fomos para a cidade e começamos a gostar de futebol. Monte Alegre foi uma semente e essa semente veio para Santarém. Graças à Deus, teve resultados”, disse Osvaldo.

O treinador do São Francisco falou sobre sua carreira como jogador e treinador: “A gente sempre fala que para o cara ser um grande treinador tem de ser um grande jogador. Eu acho que ele tem de ser honesto. Nunca fui um grande jogador, mas sempre gostei do futebol, joguei em Monte Alegre em algumas equipes pequenas. Acho porque não tinha muita qualidade para jogar. Temos de ser realistas. Não adianta você ser craque de futebol e não ser um grande treinador. Graças a Deus eu não fui um craque, mas me dediquei, estudei, fiz vários cursos fora de Santarém, todos os cursos que tiveram em Belém eu participei. Nós fazemos isso para aprimorarmos nosso trabalho e está tendo resultado. Agora é dar continuidade, estudar ainda mais. A internet está aí no mundo todo, para você observar, ver os esquemas de jogo. Tudo isso a gente está fazendo muito bem e, graças à Deus tivemos resultados”, informou.

TAXISTA E TREINADOR: Osvaldo Monte disse que quando chegou em Santarém, antes de ser treinador foi trabalhar como taxista: “Eu cheguei a Santarém em 1996, trabalhei como taxista até 2001, mesmo assim consegui dois títulos pelo Americano e pelo Tapajós. Eu era taxista, mas trabalhava no futebol. Depois de 2001 encerrei a carreira de taxista, mas tenho maior respeito pela classe, pois foi lá onde começou tudo, criamos nossos filhos e hoje todos se formando. Mas foi um início muito positivo em Santarém. Tem uma pessoa que eu agradeço muito, que é a Maria Pereira, uma pessoa muito bacana comigo, que me buscou em Monte Alegre, depois de estar bem financeiramente. Foi uma porta que abriu para mim e muito importante. Outro que confiou no meu trabalho foi o ex-jogador Mano, um cara muito importante no meu início no futebol santareno. Foi o cara que focou no meu nome, disse que ia dar certo, a gente foi campeão pelo Americano. O Mateus, que hoje é vice-prefeito de Monte Alegre, também foi muito importante. O Feitosa, que está morando hoje no Cipoal, foi uma pessoa fora de série, quando estava em Belém dificilmente antes do jogo ele não fazia uma ligação para mim, dando força. Essas três pessoas e a Maria foram muito importantes na minha volta para Santarém”, esclareceu.

O treinador falou dos clubes por onde passou: “Olha, eu fui tri-campeão logo no início de minha carreira. Isso foi muito importante. Fui campeão em 2000 pelo Americano, em 2001 pelo Fluminense e em 2002 pelo Tapajós. Eu fiz um alicerce desde ali de baixo, fui campeão Sub-17 pelo São Francisco. Você tem que começar de baixo e ir crescendo. Eu fiz tudo isso, graças a Deus. Por onde eu passei fui sendo campeão. É minha sexta passagem pelo São Raimundo, oitava passagem pelo São Francisco. Sempre deixo as portas abertas. Eu acho que é muito importante você saber entrar pela frente e saber sair pela frente. Isso sempre aconteceu comigo. Acho que cada conquista você tem de esquecer, pois já faz parte do passado e focar pra frente. Nosso foco era o acesso do São Francisco, que já conseguimos. Informou Monte Alegre.

RENOVAÇÃO DE CONTRATO: Sobre seu contrato com o São Francisco, que foi feito para a temporada da Segundinha, Osvaldo disse que já conversou com a diretoria do clube sobre a possibilidade de continuar para a temporada de 2019: “Logo que cheguei de Belém, eu tive uma conversa preliminar com o Milton, que é o vice-presidente do Leão, onde falamos até sobre valores. Eu deixei minha proposta lá na mesa dele e foi bem encaminhada a conversa. O Milton falou pra mim que 80% do foi conversado já estava certo. Então, eu acho que tem tudo para continuarmos, só depende da direção. Fiz o meu trabalho. Mas temos tudo para reforçar mais essa equipe para brigar forte na elite do campeonato paraense. Esse plantel que temos hoje em mãos já é uma boa espinha dorsal para montagem do time para 2019. Se o São Francisco manter essa base e contratar mais alguém para reforçar, vai levar uma vantagem muito grande na elite. Nosso primeiro adversário será o Paysandu, no dia 19 de janeiro, que está desmanchando toda sua equipe, pois foi rebaixado para a Série C, e quem pegá-lo no início de competição ficará um pouquinho mais tranquilo. O São Francisco começou do zero, muito difícil, e a gente pensou até em desistir, mas como somos fortes, temos uma família muito legal por trás, seguimos o foco. Tive uma responsabilidade muito grande, formar esse grupo com 8 jogadores de fora e o restante aqui da região. Eu quero ver agora, com os três times de Santarém, pois vai ter emprego para comissão técnica e para jogadores. Isso deixa a gente feliz em trabalhar, em revelar muitos jogadores”, finalizou Osvaldo Monte Alegre.

Por: Jefferson Miranda

Fonte: RG 15/O Impacto

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