Divisa alerta: Chuvas aumentam casos de doenças infectocontagiosas

Os cuidados no período de chuvas devem ser redobrados. Esse é o alerta que a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) faz à população. As chuvas intensas aumentam o número de casos de doenças infectocontagiosas. A umidade típica do período chuvoso cria um ambiente propício para a incidência de algumas doenças específicas durante esse período.

De acordo com o coordenador da Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa) da Semsa, João Alberto Coelho, doenças de transmissões vetoriais, respiratórias e de veiculação hídricas são as mais recorrentes durante o período chuvoso. Dentre as doenças de transmissão vetorial, ou seja, transmitidas por mosquito, estão a dengue, zika e chicungunya, por exemplo.

Também as doenças de transmissão respiratória, especialmente gripes e viroses respiratórias, são maiores nesse período. Durante as chuvas, há ainda a ocorrência de alagamentos, e assim, o contato das pessoas com água contaminada por vírus e bactérias é maior, ocasionando viroses intestinais pela ingestão de alimentos contaminados. “No período chuvoso as pessoas tendem a se aglomerar mais, ficam mais próximas, o que facilita a transmissão de doenças como a gripe. Além disso, apesar de não ser adquirida pelo contato com a água, as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chicungunya), também se tornam mais comuns. E temos ainda a leptospirose, uma doença adquirida através do contato com a água ou lama de enchentes, contaminadas com urina de animais portadores, sobretudo, os ratos”, explica João Alberto.

No ano passado, Santarém contabilizou 29 casos de leptospirose, 1 caso de dengue, 2 casos de zika e nenhum caso de chicungunya. No entanto, só em janeiro deste ano, já foram confirmados 2 casos de chicungunya, doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. “A Prefeitura de Santarém tem feito sua parte no combate a essas doenças. Nossas equipes de agentes de endemias têm intensificado o trabalho nos bairros com maior índice de infestação predial pelo Aedes aegypti, bem como tem aproveitado as visitas domiciliares para dar orientação sobre os riscos de deixar lixo acumulado em local inadequado, o que aumenta a proliferação de ratos e a possibilidade de contaminação pela leptospirose, por exemplo”, salienta João Alberto Coelho.

TRABALHOS DE LIMPEZA INTENSIFICADOS NA CIDADE: E como limpeza é fundamental para a redução da contaminação por doenças, as equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) também têm intensificado os trabalhos nesse sentido, realizando um cronograma de atividades por todos os bairros santarenos. Na segunda-feira (11), as equipes da Seminfra estão no bairro da Floresta, realizando limpeza e retirada de entulho.

“Precisamos do empenho de todos. A população é corresponsável nisso e precisa fazer sua parte nos ajudando nesse trabalho. Com o poder público e a sociedade atuando conjuntamente, com certeza reduziremos bastante os índices dessas doenças em Santarém”, concluiu o coordenador da Divisa, João Alberto Coelho.

COMO SE PREVENIR: O coordenador pontua algumas medidas para prevenir as doenças. Quanto à dengue, ele ressalta as medidas preventivas “tradicionais”, como não acumular água em qualquer tipo de reservatório, ficar atento à caixa d’água, pneus, garrafas, dentre outros utensílios que possam acumular água.

Já para as viroses respiratórias é necessário lavar as mãos sempre, não levar crianças doentes para a escola, sempre usar lenço quando espirrar e evitar contato com doentes.

Para as viroses intestinais, deve-se descartar alimentos e medicamentos que entraram em contato com água de enxurrada, lavar muito bem frutas e verduras, lavar as mãos após necessidades fisiológicas e manter padrão de higiene rigoroso com alimentos.

Quanto à leptospirose, o melhor a se fazer, segundo ele, é evitar contato com água ou lama que possam estar contaminados pela urina de rato. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha.

DIA “D” DE VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO: Os estados do Amazonas e Roraima declararam, recentemente, epidemia de sarampo após casos da doença. O fato é sinal de alerta para o setor de epidemiologia da Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) em Santarém, por se tratarem de unidades federativas que são limites do Pará. Por isso, a Prefeitura de Santarém, por meio da Semsa, promoverá o dia D da campanha de vacinação contra sarampo no município em 22 de fevereiro. A campanha ocorrerá em 32 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) da cidade e planalto. A meta é vacinar 10 mil pessoas, na faixa etária de 1 a 49 anos de idade. As UBS’s estarão funcionando no horário das 8h às 17h para vacinar a população.

Em Santarém, no ano de 2018, 113 casos foram investigados, sendo que destes, 36 foram confirmados após amostras analisadas. Só no início deste ano de 2019, 4 casos suspeitos estão sendo analisados e a Divisa está aguardando os resultados dos exames para confirmar se são mesmo de sarampo. Com informações da PMS.

Fonte: RG 15/O Impacto

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