MAIS UMA VEZ, SOBRE O CÓDIGO DE POSTURA DO MUNICÍPIO

Durante toda a semana passada e com estes dias da semana atual, vem-se apresentando aqui na capital, uma série de reportagens sobre o desrespeito ao Código de Postura do Município de Belém, e o dos municípios que formam a grande Belém.

É sobre o desrespeito à ciclovia, o estacionamento indevido de veículos, que ligam o alerta e formam fila dupla e vão para as lojas fazerem os seus negócios, estacionamento de motos, carrinhos de venda de alimentos, na área destinada aos pedestres, nas ruas, vendas de churrasquinho (sem vistoria da fiscalização sanitária), colocação de frutas, sacarias, principalmente nas proximidades das feiras, que chamam de livre, onde o desrespeito é grande e aqui, o poder municipal “em nota” diz que fiscaliza e retira. Mas diariamente estão lá. Das duas uma. Ou não fiscalizam, fazem vista grossa ou não só no “faz de conta”.

Como ainda me encontro em franca recuperação do procedimento cirúrgico – Artroplastia do joelho esquerdo – comento aqui. Qualquer semelhança com Santarém. Não é mera coincidência. Tanto aqui quanto lá é a mesma coisa, o mesmo descaso, o mesmo desrespeito, para com o pedestre, o cadeirante e principalmente, nesta época que se fala tanto em acessibilidade. (Querem que os ônibus tenham acessibilidade). E as ruas??????).

Já escrevi diversos textos sobre o assunto, até porque entendo que o Código de Postura do Município de Santarém, (que eu acompanhei a sua elaboração) não é observado, em todo o Município. E, principalmente, na zona urbana, nesta época em que Santarém está recebendo milhares de pessoas, para o agronegócio, da monocultura da soja, com diversos veículos, também, a cidade nunca se preparou para essa nova migração, não tem uma secretaria forte e atuante para o setor, e aí é um desrespeito geral e o trânsito principalmente, nas ruas de maior fluxo, como Tapajós, Rodagem, Silva Jardim, Turiano Meira, na região da COHAB, virou ponto de corrida de moto e de carros da moda em Santarém 4×4 e o apertado Centro Comercial, é um “salve-se quem puder”.

Tomei conhecimento, como muitos santarenos, com tristeza, a decisão do magistrado sobre a ação movida contra a popular “Garapeira do Qualhada”. Ora, para se chegar a este ponto, houve iniciativas anteriores, tanto que a ação data do ano de 2016; até chegar à sentença. Diga-se de passagem, que o magistrado não está perseguindo ninguém, está decidindo com os elementos que estão nos autos. Agora cumpre-se e recorre.

 Quem, como eu, que lecionei dezesseis anos no Colégio Dom Amando, dali saia, e ia apanhar o ônibus, na Rui Barbosa, tomava uma garapa com pastelão, no Qualhada, para matar a “broca”. Diversas pessoas, principalmente, estudantes, o pessoal que descia para a “pelada” na praia, trabalhadores e o povo em geral, fazia uma “merenda” ali. Hoje me vem a lembrança que a garapeira era localizada no meio da rua Rui Barbosa, em frente à Casa do Dr. Manuel Fernandes, ao lado do CR e da Casa do Seu SINÉSIO, o seu DUDU – músico e alfaiate. Retiraram dali para urbanizar a Av. Rui Barbosa. E ali no novo local, encrustada no barranco junto ao muro do Colégio Dom Amando, onde ele foi fazendo melhorias e permanece até os dias de hoje, e até a solução do processo.

Junto-me à sugestão do meu prezado amigo e mestre José Ronaldo Dias Campos, que, sugere em seus comentários, que se fizesse com o “Qualhada”, o que fizeram com a “NOCA”, lhe autorizasse construir um quiosque, dentro dos padrões, na Praça Barão de Santarém ou São Sebastião, que tem servido para muitas coisas, e tem barracas de vendas piores que a da Garapeira, permanentes. Já houve diversas reclamações, contra aquele “fumacê” que fazem ali, mas desconheço se há alguma ação judicial, contra. Já instalaram ali até uma antena de telefonia celular, que assim como a Garapeira do Qualhada, foi autorizada por alguém do governo municipal.

E assim, dê para a instalação da garapeira no novo local. Com o termo de ajuste para que cumpra as exigências sanitárias, burocráticas da Prefeitura e outros órgãos para o seu funcionamento. Aí me lembrei do amigo “FORTECÃO’ que o retiraram do Mercadão 2000, porque não podia vender cerveja. “Ora bolas”, hoje lá é venda aberta de tudo o que a brilhante mente dos meus prezados leitores imaginar. “Fiscalização Necas”. Isso para não se falar daquele monte de barracas que vendem alimentos ali. No entorno do Mercadão 2000, a vigilância sanitária passa longe……

Só me resta daqui torcer para que deem uma solução para esse conflito que mexe com o passado de Santarém, e dos santarenos, que já ao longo desses últimos anos, vem perdendo, muito de sua história, nos diversos setores, como: na gastronomia, arquitetura, música, poesia, pintura, escultura, festas juninas, futebol e carnaval…

//////// Hoje, a partir das 17 horas, em uma das salas do Centro Cultural Museu João Fona, a ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE SANTARÉM, realizará a sessão da Saudade, do seu ex membro falecido, o cantor RAI BRITO. Estou impedido de comparecer, mas aqui vai minha solidariedade a família do meu amigo e colega do Grupo Escolar Magalhães Barata (onde hoje é o Colégio Álvaro Adolfo da Silveira), onde estudamos o primário juntos.

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