Sobe para 16 o número de mortes por H1N1 no Amazonas, aponta boletim

Segundo dados da FVS, 62 casos foram notificados. Mortes foram registradas em Manaus, Manacapuru, Parintins e Itacoatiara.

Subiu para 16 o número de mortes pelo vírus H1N1 no Amazonas, segundo Boletim Epidemiológico divulgado na segunda-feira (4). Conforme a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), foram notificados 276 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e destes, 62 deram positivo para o Vírus da Influenza A (H1N1) e 33 para Vírus Sincicial Respiratório (SRV).

De acordo com o boletim, são 16 óbitos por H1N1 – 12 em Manaus, dois de Manacapuru, um de Parintins e um de Itacoatiara. Outros quatro óbitos foram confirmados por Vírus Sincicial Respiratório, sendo três de Manaus e um de Borba.

Dos 20 óbitos registrados por SRAG, 75% apresentavam fator de risco, com destaque para pessoas com diabetes, pneumopatas, pessoas com obesidade e neoropatas.

Emergência

O Governo do Amazonas decretou estado de emergência por conta da gripe e solicitou ao Ministério da Saúde antecipação, para março, da campanha de vacinação.

Em reunião com o governador do Amazonas, Wilson Lima, na quarta-feira (27/02), o ministro da saúde, Luiz Mandetta, prometeu antecipar, para a segunda quinzena de março, a campanha de vacinação no estado. Segundo a FVS, a população alvo para ser imunizada no Amazonas é de 1.115.581 pessoas.

De acordo com a diretora-presidente da FVS, a campanha vai disponibilizar em todo o estado, 1.535 postos de vacinação, com a atuação de mais de 4 mil profissionais.

Orientação e prevenção

Diante dos sintomas de gripe forte, a orientação é procurar uma unidade de saúde perto de casa. As secretarias estadual e municipal de saúde reforçaram suas unidades com o antiviral e toda a rede da capital e do interior está abastecida. A Prefeitura de Manaus anunciou a ampliação da dispensação do medicamento para 23 unidades básicas de saúde, inclusive as que operam com horário ampliado.

De acordo com a diretora do departamento de vigilância ambiental da Semsa, enfermeira Marinélia Ferreira, a medicação só pode ser prescrita com avaliação médica. “Diante dos sintomas, deve-se procurar um profissional para ser avaliado”, aconselhou.

Sinais e sintomas da Influenza

É considerada uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, caracterizada por febre alta de início súbito, acompanhado por intensas dores musculares e articulares, dor de cabeça, dor de garganta e coriza.

Os sintomas podem evoluir para falta de ar e outras complicações respiratórias. As pessoas que possuem algum fator de risco para complicações ou alguma imunodeficiência possuem um risco maior e podem apresentar complicações respiratórias associadas à infecção viral.

A gripe é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, ao falar, tossir, espirrar e pelas mãos que transmitem o vírus por contato direto ou contaminando superfície e objetos.

Recomenda-se a lavagem frequente das mãos antes de tocar em mucosas (olhos, boca e nariz) e após espirrar, o uso de lenços de papel (descartável) para proteger boca e nariz ao espirrar; uso de álcool gel; indivíduos doentes devem manter repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos adequada, evitando contato com outras pessoas em ambientes fechados e aglomerados; evitar a exposição de menores de cinco anos ao clima chuvoso; manter ambientes bem ventilados; caso o indivíduo apresente febre, tosse, dor de garganta, falta de ar ou qualquer outro sintoma associado, deve procurar o serviço de saúde para melhor avaliação.

Fonte: A Crítica

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