A arte das cuias pintadas em foco no Sesc em Santarém

Com debates, palestras e oficinas o Mestre Emanoel Camargo aborda sobre a técnica indígena durante o ano de 2019.

 A confecção de cuias tingidas com pigmentos naturais e decoradas com motivos amazônicos são umas das tradições mais antigas de Santarém, que persiste até os dias atuais. Um elemento que ganhou destaque e se tornou um ícone para o Pará e também patrimônio. É um artesanato característico da região, resultado de uma série de trocas culturais, com origem indígena, e intensificado a partir da colonização portuguesa. Com o objetivo de difundir essa arte milenar, o Serviço Social do Comércio (Sesc) traz durante todo o ano, o projeto “Cuias de Santarém – Arte e Tradição Tapajônica”.

Para iniciar a propagação desta tradicional arte amazônica, no dia 08/04, às 14h, o Mestre Emanoel Camargo Fona realizará uma Palestra que abordará a evolução histórica da tradição das Cuias Pintadas de Santarém, sua evolução e seus modos de fazer.

E, ainda no período de 09 a 12, das 14h às 16h, o mestre Camargo Fona ministra a Oficina de Pintura em Cuia. Os participantes terão contato com todo o manuseio e preparação das cuias, conhecendo um pouco da história e tradição desse artesanato amazônico, e experimentando, na prática, sua aplicabilidade. A oficina terá a duração de quatro dias, com duas horas/aula por dia.

Assim, o durante todo o ano, o Projeto “Cuias de Santarém – Arte e Tradição Tapajônica” traz para o Sesc, por meio de oficinas de Pintura em Cuias, Debates e Palestras, a reflexão sobre esse fazer amazônico, e a difusão da arte ribeirinha, instigando a clientela sobre os processos de produção e a estética das Cuias Pintadas.

            A confecção de cuias tingidas com pigmentos naturais e decoradas com motivos amazônicos são umas das tradições mais antigas de Santarém, que persiste até os dias atuais. O fruto da cuieira é utilizado na cultura local como utensílio doméstico, onde são servidas comidas típicas, bebidas, e também onde são armazenados líquidos e outros tipos de alimento; além disso, o ribeirinho também utiliza a cuia para pegar e armazenar água do rio, para tomar banho, cozinhar; tirar água da canoa, além de decorar paredes e armários das residências. Porém, o uso da cuia vai além da utilidade doméstica: para o santareno, indica a sensação de pertencimento, pelo uso de um objeto tipicamente paraense. Vai além: a cuia pintada, ornamentada, detém um valor estético que muito orgulha o mocorongo,como são chamados os santarenos.

           De maio até outubro o projeto continuará trazendo mais oficinas, debates e palestras para adultos e crianças.

Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/Sesc

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *