Alberto Oliveira: “Prefeitura tem de fiscalizar empresa que não cumpre acordo”

Presidente do Sindilojas diz que empreiteira contratada para obra de saneamento, tinha que ter uma equipe para trabalhar aos fins de semana, e assim dar celeridade aos serviços

Empresário relata prejuízos causados na área central da cidade

O presidente do Sindilojas, empresário Alberto Batista de Oliveira, esteve em nossa redação, onde concedeu entrevista ao jornalista Osvaldo de Andrade, para falar sobre alguns assuntos, principalmente sobre problemas de infraestrutura na área comercial. Veja a entrevista:

Jornal O Impacto: Como anda a área comercial de Santarém, principalmente neste período de muita chuva?

Alberto Oliveira: Primeiramente, é um prazer sempre estar aqui. Eu acompanho diariamente a TV Impacto e sei de sua importância e audiência. Sobre o centro comercial, que é sistema nervoso da economia de Santarém, no que diz respeito às lojas de varejo, vamos começar aqui pelo o que aconteceu recentemente, mais precisamente no sábado, 30; uma chuva pesada que caiu e que causou inúmeros prejuízos. Tivemos cerca de 60 lojas que foram tomadas pelas águas, causando prejuízo e todo Centro Comercial foi afetado, devido à grande quantidade de água, um tanto anormal para esse período, mas isso não é um problema novo, isso é um problema recorrente em que nós temos reunido já com as autoridades, principalmente a Prefeitura de Santarém, no sentido de amenizar esse problema. O último encontro que nós tivemos, no ano passado com o Prefeito e a sua equipe de infraestrutura, foi no sentido de providenciar bombas emergenciais enquanto o trecho da obra da orla não fosse concluído. Infelizmente essas bombas ainda não foram colocadas, e aí causou todo esse transtorno. Sem falar que as obras do serviço de esgoto e drenagem no Centro Comercial foram cruciais para o agravamento dessa situação.

Jornal O Impacto: Com relação a essa obra de implantação de tubulação de esgoto sanitário, como tem isso esse serviço?

Alberto Oliveira: Durante o mês de setembro, antes do Çairé, quando foi aberta a tubulação ali na Travessa 15 de Agosto, hoje Benedito Guimarães, nós solicitamos do Prefeito uma reunião para que tratássemos dessa questão da escavação, uma vez que o centro comercial é uma área bastante sensível devido ao número de pessoas que por ali circulam. Nós fizemos dois pedidos, o primeiro para que se fizesse a obra de forma mais célere; segundo, que se fizesse essa obra na segunda quinzena de cada mês. Isso porque a massa da população santarena é assalariada e o salário sai entre o dia 25 do mês e o dia 5 do mês seguinte, então, a população vai às compras a partir desta data, onde o comércio tem um pouco mais de movimento. Depois disso, o comércio dá uma retraída e uma obra que se inicia neste período prejudica as vendas do comércio. Então, foi feito um acordo com a Prefeitura de que não se realizasse a obra nesse período da primeira quinzena de cada mês. Isso foi respeitado até o mês passado. Mas a obra da Travessa Joaquim Pereira, antiga 15 de Novembro, começou e não foi concluída até hoje. Nosso pedido e a nossa solicitação à Prefeitura é que ela volte a fazer a obra como havia sido acordado. É preciso que a empreiteira que foi contratada, tenha uma equipe para trabalhar aos fins de semana, para dar celeridade a essa obra e, como ela parou no sábado, justamente quando houve aquela chuva torrencial, os bueiros que já estavam sobrecarregados e entupidos, naturalmente que a água transbordou; além de que o material tirado dessa obra contribuiu para o aumento do problema. É importante também salientar que a Secretaria de Infraestrutura sempre faça manutenção periódica nos bueiros, justamente para não acontecer como no último fim de semana.

Jornal O Impacto: Sempre tem aquela parceria entre as entidades, como Sindilojas e Associação Comercial, quando surgiu o Belo Centro e agora foi colocado um posto da Polícia Militar. Com relação ao Belo Centro, que ultimamente está meio deteriorado, existe alguma parceria para que seja reformado?

Alberto Oliveira: Sim. Já temos um projeto nesse sentido. No mês de fevereiro nós estivemos em Belém, reunimos com a presidência do SEBRAE e fizemos um convite para que eles viessem a Santarém para que nós pudéssemos tratar junto à Prefeitura, sobre um projeto de revitalização do Centro Comercial, área que já existe e a sua extensão até a Praça Rodrigues dos Santos. A proposta é tirar aqueles ambulantes que hoje estão na Praça da Matriz e os recolocar ali para Praça Rodrigues dos Santos, que hoje é uma área ociosa e só serve para estacionamento, mas que atenderia à necessidade de desobstruir e liberar a Praça da Matriz para a população, ao mesmo tempo em que você faz um novo calçadão, saindo ali do mercado até a Praça do Pescador. A equipe do Sebrae esteve aqui em Santarém, nós reunimos junto com a Associação Comercial, CDL, Sindilojas e Prefeitura Municipal, quando foi desenvolvido um projeto para que seja executado. Juntamente com esse projeto, o Sebrae vai entrar numa parceria de qualificação dos ambulantes e realocação ali para Praça Rodrigues dos Santos; a Associação Comercial está fornecendo o projeto através da sua equipe de engenheiros e a Prefeitura vai executar a obra. Nós estamos aguardando a conclusão desse projeto, mas acredito que no segundo semestre vai ser possível a sua execução.

Jornal O Impacto: Vamos falar um pouquinho de economia. Estamos com novo governo, velho hábito tanto Federal como Estadual. Nesses três meses que se passaram, deu para perceber uma melhoria em termos de aquecimento do comércio local?

Alberto Oliveira: Santarém desde o final dos anos 2017 e 2018, agora 2019, nós temos crescido em termos de geração de emprego. Neste ano já são 192 novos postos de emprego, e isso já passa de mil, ou seja, aquelas vagas que foram perdidas na crise já estão sendo recuperadas, com criação de novos trabalhos. Não acredito que isso tem a ver com a nova política econômica do governo, isso é uma reação natural da cidade dada a sua atratividade e a sua localização geográfica, em razão dos municípios que nos cercam e dos investimentos que já estavam sendo planejados para nossa cidade, mas como todo governo que se renova, a população também renova a esperança de que possa melhorar. Eu acredito que o governo acertando as suas metas e aquilo foi proposto durante a campanha, teremos tudo para transformar nossa região muita próspera e de crescimento, principalmente se nós aproveitarmos o corredor logístico que nós temos, mas com a verticalização. Apenas um corredor de exportação não é interessante para Santarém, pois gera pouco emprego e quase nada acrescenta à economia. Mas se juntamente com esse projeto, nós aproveitarmos os portos de Itaituba até Santarém e verticalizarmos parte dessa produção, ou seja, transformar isso em óleo de soja, transformar em ração animal, certamente você vai impulsionar a economia através de novas atividades, novos negócios que vêm a reboque dessa indústria de transformação.

Jornal O Impacto: Há poucos dias rebemos algumas informações sobre a questão de novos investimentos que estão previstos para chegar, como a central de distribuição de combustível que já foi definida. Como o senhor analisa essa informação?

Alberto Oliveira: Houve um leilão para se implantar em Santarém a ampliação do porto que já existe na cidade, a empresa deve implantar essa central de abastecimento de combustível. A empresa investirá uma quantia na ordem de 30 milhões de reais. Isso vai agregar à economia, vai gerar um pouco mais de empregos. Mas o nosso trabalho pelo Sindilojas e também pela Associação Comercial – eu sou vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Pará – e a gente tem esse trabalho em parceria com Associação Comercial e CDL. Na nossa visão, o que vai implementar mesmo a nossa economia é a criação do Distrito Industrial. Na hora que nós criarmos o Distrito Industrial de Santarém, nós teremos condições de transformar a produção local, agregar valores e gerar empregos. Juntamente com isso, nós precisamos também criar, o que na linguagem mais antiga que se falava de Ceasa, que é uma central de abastecimento; essa central vai propiciar para que você tire a figura do atravessador e do produtor. Então, já há um projeto para se implantar na cidade e aí seriam as três cidades da Metrópole: Mojuí dos Campos, Belterra e Santarém, onde os produtores dessa região irão trazer a sua produção para essa central de abastecimento, em parceria com órgãos como o SEBRAE, que vai qualificar esses produtores a vender diretamente para o consumidor, para grandes redes consumidoras, pois aí você pode exportar para Belém, Macapá, Manaus. Esses grandes centros consumidores podem adquirir seus produtos diretamente da central de abastecimento. Você tira a figura do atravessador e você aumenta a renda e agrega valor a essa produção, porque nessa central vai ter toda uma qualificação, inspeção sanitária para que o produto tenha a autenticidade para ser vendido e exportado.

Jornal O Impacto: Voltando à questão dos prejuízos causados pelas águas aos comerciantes, quando pelo menos 60 lojas foram atingidas, gerando um grande prejuízo. Como é que o Sindilojas atua em termos de auxiliar esses que foram atingidos?

Alberto Oliveira: Nós não temos instrumento nem legal e nem econômico para dar esse tipo de apoio, sendo que algumas empresas não possuem seguro e precisa ser feita toda uma reforma naqueles imóveis antigos no centro comercial para que possa ser segurado. Alguns, dada a precariedade dos imóveis, não conseguem fazer o seguro. Mas nós damos todas as orientações que nos são disponibilizadas e fazemos medição constantemente, acompanhando essa medição do rio através da Marinha e a repassamos aos lojistas. Nosso propósito maior é fazer com que o prejuízo seja menor. Agora, as ações que foram solicitadas, como a instalação de bombas ali para uma situação de emergência, para ajudar esse bombeamento da água e jogar para o rio, certamente vão amenizar. Nos preocupa ainda, porque estamos em abril e possivelmente a chuva vai até o final de maio e um pouquinho de junho. Pode ser que ainda haja problemas, mas algumas lojas estão se protegendo como podem, colocando barreiras na frente das suas portas, para quando cair uma chuva pela madrugada não possa entrar dentro da loja, como ocorreu no último fim de semana.

Jornal O Impacto: O senhor tem mais alguma informação a nível de Sindilojas?

Alberto Oliveira: Eu agradeço a oportunidade. Quero apenas informar, que nós estamos à disposição para contribuir não apenas com os lojistas, mas com a própria sociedade, que nós entendemos que somos parte de um povo que quer o bem comum de todos e o Sindilojas está à disposição de toda a população para contribuir naquilo que for da sua competência.

“Foi feito um acordo com a Prefeitura para que não se realizasse a obra na primeira quinzena de cada mês. Isso foi respeitado até o mês passado. Mas a obra da Travessa Joaquim Pereira começou e não foi concluída até hoje”

 

Jornal O Impacto: Vamos falar um pouquinho de economia. Estamos com novo governo, velho hábito tanto Federal como Estadual. Nesses três meses que se passaram, deu para perceber uma melhoria em termos de aquecimento do comércio local?

Alberto Oliveira: Santarém desde o final dos anos 2017 e 2018, agora 2019, nós temos crescido em termos de geração de emprego. Neste ano já são 192 novos postos de emprego, e isso já passa de mil, ou seja, aquelas vagas que foram perdidas na crise já estão sendo recuperadas, com criação de novos trabalhos. Não acredito que isso tem a ver com a nova política econômica do governo, isso é uma reação natural da cidade dada a sua atratividade e a sua localização geográfica, em razão dos municípios que nos cercam e dos investimentos que já estavam sendo planejados para nossa cidade, mas como todo governo que se renova, a população também renova a esperança de que possa melhorar. Eu acredito que o governo acertando as suas metas e aquilo foi proposto durante a campanha, teremos tudo para transformar nossa região muita próspera e de crescimento, principalmente se nós aproveitarmos o corredor logístico que nós temos, mas com a verticalização. Apenas um corredor de exportação não é interessante para Santarém, pois gera pouco emprego e quase nada acrescenta à economia. Mas se juntamente com esse projeto, nós aproveitarmos os portos de Itaituba até Santarém e verticalizarmos parte dessa produção, ou seja, transformar isso em óleo de soja, transformar em ração animal, certamente você vai impulsionar a economia através de novas atividades, novos negócios que vêm a reboque dessa indústria de transformação.

Jornal O Impacto: Há poucos dias rebemos algumas informações sobre a questão de novos investimentos que estão previstos para chegar, como a central de distribuição de combustível que já foi definida. Como o senhor analisa essa informação?

Alberto Oliveira: Houve um leilão para se implantar em Santarém a ampliação do porto que já existe na cidade, a empresa deve implantar essa central de abastecimento de combustível. A empresa investirá uma quantia na ordem de 30 milhões de reais. Isso vai agregar à economia, vai gerar um pouco mais de empregos. Mas o nosso trabalho pelo Sindilojas e também pela Associação Comercial – eu sou vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Pará – e a gente tem esse trabalho em parceria com Associação Comercial e CDL. Na nossa visão, o que vai implementar mesmo a nossa economia é a criação do Distrito Industrial. Na hora que nós criarmos o Distrito Industrial de Santarém, nós teremos condições de transformar a produção local, agregar valores e gerar empregos. Juntamente com isso, nós precisamos também criar, o que na linguagem mais antiga que se falava de Ceasa, que é uma central de abastecimento; essa central vai propiciar para que você tire a figura do atravessador e do produtor. Então, já há um projeto para se implantar na cidade e aí seriam as três cidades da Metrópole: Mojuí dos Campos, Belterra e Santarém, onde os produtores dessa região irão trazer a sua produção para essa central de abastecimento, em parceria com órgãos como o SEBRAE, que vai qualificar esses produtores a vender diretamente para o consumidor, para grandes redes consumidoras, pois aí você pode exportar para Belém, Macapá, Manaus. Esses grandes centros consumidores podem adquirir seus produtos diretamente da central de abastecimento. Você tira a figura do atravessador e você aumenta a renda e agrega valor a essa produção, porque nessa central vai ter toda uma qualificação, inspeção sanitária para que o produto tenha a autenticidade para ser vendido e exportado.

Jornal O Impacto: Voltando à questão dos prejuízos causados pelas águas aos comerciantes, quando pelo menos 60 lojas foram atingidas, gerando um grande prejuízo. Como é que o Sindilojas atua em termos de auxiliar esses que foram atingidos?

Alberto Oliveira: Nós não temos instrumento nem legal e nem econômico para dar esse tipo de apoio, sendo que algumas empresas não possuem seguro e precisa ser feita toda uma reforma naqueles imóveis antigos no centro comercial para que possa ser segurado. Alguns, dada a precariedade dos imóveis, não conseguem fazer o seguro. Mas nós damos todas as orientações que nos são disponibilizadas e fazemos medição constantemente, acompanhando essa medição do rio através da Marinha e a repassamos aos lojistas. Nosso propósito maior é fazer com que o prejuízo seja menor. Agora, as ações que foram solicitadas, como a instalação de bombas ali para uma situação de emergência, para ajudar esse bombeamento da água e jogar para o rio, certamente vão amenizar. Nos preocupa ainda, porque estamos em abril e possivelmente a chuva vai até o final de maio e um pouquinho de junho. Pode ser que ainda haja problemas, mas algumas lojas estão se protegendo como podem, colocando barreiras na frente das suas portas, para quando cair uma chuva pela madrugada não possa entrar dentro da loja, como ocorreu no último fim de semana.

Jornal O Impacto: O senhor tem mais alguma informação a nível de Sindilojas?

Alberto Oliveira: Eu agradeço a oportunidade. Quero apenas informar, que nós estamos à disposição para contribuir não apenas com os lojistas, mas com a própria sociedade, que nós entendemos que somos parte de um povo que quer o bem comum de todos e o Sindilojas está à disposição de toda a população para contribuir naquilo que for da sua competência.

Por: Jefferson Miranda

Fonte: RG 15/O Impacto

 

Um comentário em “Alberto Oliveira: “Prefeitura tem de fiscalizar empresa que não cumpre acordo”

  • 6 de abril de 2019 em 06:42
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    Amigo, uma fonte me falou que, o que houve foi erro da empresa ao tampar s esgotos. Impedindo assim a saída da água. Processem o prefeito, ele é responsável solidário da obra.

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