Sem vistoria no Colosso do Tapajós, Santarém pode ficar sem receber jogos do Parazão

A poucos dias da estreia contra o Clube do Remo no Parazão 2020, o time do Tapajós pode ficar sem poder receber partidas em casa, no estádio Colosso do Tapajós.

A informação foi repassada pelo presidente da equipe, única santarena a jogar a elite do futebol paraense, Sandcley Monte, ao jornalista Osvaldo de Andrade, em entrevista à TV Impacto.

“É uma pena porque todo ano tem isso. A gente sabe que vai usar o estádio no início do ano e aí as dificuldades acontecem. Poderia começar em outubro, a fazer essas adequações, as vistorias têm que começar. Em dezembro estava tudo certo, era somente realizar a limpeza do estádio e fazer as reformas devidas. Mas todo ano essa situação. Hoje está faltando o laudo do Bombeiro e da Polícia Militar. Bom lembrar, que a PM tem que trazer pessoal de Belém. O Bombeiro para liberar tem que trocar alguns equipamentos lá. A PM somente faz a vistoria depois de emitido o laudo dos Bombeiros. Com essa situação, a Federação pergunta, ‘e aí, vocês vão jogar aqui em Belém?’ Chega dá um frio na barriga”, informou o dirigente.

De acordo com Monte, todos os esforços da diretoria foram para realizar jogos no Colosso do Tapajós.

“Queremos apresentar a equipe para o torcedor santareno. A torcida já vem ligando para saber quando será o jogo. Pessoas de Itaituba, Monte Alegre e outras cidades vizinhas querem vir assistir à partida”, disse Sandcley, acrescentando.

“Seria muito triste, mas eu acho que o Poder Público vai ter a sensibilidade de saber que é hora de correr com isso e eu tenho certeza que vai se resolver até o dia 26”.

ESTREIA FORA DE CASA: A estreia do Boto será em Belém contra o Clube do Remo, no dia 19 de Janeiro, às 16h, no estádio Mangueirão.  Sandcley ressalta a responsabilidade do time ser o único representante santareno e da região oeste do Pará na competição.

“É muita responsabilidade que temos que carregae. Tivemos que fazer um trabalho muito pesado, consciente, pois a imprensa, o torcedor, quando estamos montando um time, fica esperando atletas de nome, atletas conhecidos, que passaram por grandes equipes. Esse ano nós procuramos fazer um perfil da equipe e trazer esse atleta com esse perfil, para que a gente mude. Queira ou não queira, o futebol brasileiro vai mudar. Acompanhamos a situação do Flamengo. Quem é flamenguista ou não, tem que reconhecer o trabalho executado”, expôs o presidente do Boto.

“Não sou flamenguista, mas gostei de ver o Flamengo jogando. Cheguei a cochilar assistindo jogo de seleção. Onde que a gente fazia isso? Pelo contrário, antes a gente parava para ver a seleção jogar. As mudanças no futebol têm que acontecer, e é natural isso. E não porque estamos aqui no norte que vamos deixar de pegar essa onda. Então, observando essas mudanças nós montamos um time com essa dinâmica de jogo rápido, atletas que tenham vontade de vencer, que tenham convicção do que quer emnas suas carreiras e graças a Deus estamos conseguindo montar a nossa equipe”, comentou.

Para o presidente do Boto, pesa a responsabilidade de representar uma região e o fato de pegar uma das maiores equipes fora de casa, já na estreia. “O desafio é grande, mas estamos preparados para enfrentar. Vamos pegar uma torcida contra, ferrenha, que vai para cima, bota o seu time para jogar. Volto a frisar, não temos dúvidas, estamos trabalhando para surpreender lá dentro”, disse o dirigente.

PLANTEL: O time do Tapajós é o time mais paraense do campeonato, garante o presidente Sandcley. ‘‘A equipe atual conta com vários atletas novos, jovens’’, acrescenta.

“Nunca gostei de trabalhar com o grupo fechado. Na verdade, vai sair do grupo quem não está se adaptando e vai entrar se tivermos carência de alguma posição. A gente ainda tem um atleta que está se recuperando, que não se apresentou, está em Belém se recuperando, assim que estiver bem vai se juntar ao grupo, que é o Wellington Pará, um volante e o único até o momento que vamos trazer. Tirando essa questão, podemos dizer que os trabalho sestão em andamento, os trabalhos da parte física foram iniciados e começado o trabalho com a bola, inclusive com a realização do primeiro amistoso, que foi lá em Monte Alegre”, informou o desportista, acrescentando:

“Já estamos preparando uma garotada de 17 a 19 anos, para futuros campeonatos. Isso é muito importante, pois não estamos pensando somente neste campeonato, estamos pensando lá na frente. O Tapajós veio para ficar, então tem que brigar por cima. Acabou esse negócio de brigar por baixo. Sofremos muito no ano passado. O torcedor santareno sofreu muito. Não é porque o Tapajós se livrou. Fez uma campanha ruim também, mas somente caiam dois, e o Tapajós se salvou. Mas isso aí a gente quer deixar de lado, a gente sabe que o torcedor está aborrecido, não está contente com o futebol aqui, por causa disso, pelas campanhas que esses clubes vem fazendo. E vamos conseguir mudar já neste campeonato”.

Monte acredita que é necessário trabalhar dentro da realidade financeira, com pés no chão para não comprometer as finanças do clube. “O tapajós sempre trabalhou com uma folha bem reduzida. Nós vamos buscar atletas de qualidade, mas também muitos atletas que queríamos trazer, não deu certo pelo fato do financeiro. Não vamos colocar em risco o financeiro do Clube. Falamos com o atleta, ele não fica satisfeito agora, mas no final do campeonato sai satisfeito. É melhor do que eu dizer que vou pagar o que ele está pedindo, e no fim do campeonato ficar devendo, e ficar aborrecido, e aí abrir uma briga comercial. Temos passado isso para os atletas, e hoje, com 5 anos, o Tapajós está fazendo uma carreira neste estilo, tem atleta que prefere vir para o Tapajós ganhando menos, do que ir para uma equipe que ofereceu mais. Por quê? Pela estrutura que nós oferecemos e pela seriedade naquilo que a gente faz. Nestes cinco anos, não temos nenhum caso na Justiça.  Realizamos um planejamento dentro de um orçamento adequado à realidade, com ele em mãos vamos atrás de patrocínios, e neste ano ainda estamos com espaços abertos”, informou.

AMISTOSO EM SANTARÉM: No próximo domingo (12), no estádio Panterão, às 16 horas, acontecerá jogo amistoso contra a Seleção Santarena, o qual será mais uma chance da torcida santarena acompanhar a equipe do Tapajós.

 “A Seleção Santarena é sempre bem montada. É um time forte, com jogadores experientes, que jogaram vários campeonatos. Então, certamente este amistoso vai mostrar como realmente está a nossa equipe, pois, é um adversário que complica a situação, criando dificuldades e assim conseguiremos verificar em que ponto estamos”, afirmou. Para o jornalista Osvaldo de Andrade, Sandcley afirmou que está contente com o trabalho dos atletas e com o trabalho da Comissão Técnica.

Um comentário em “Sem vistoria no Colosso do Tapajós, Santarém pode ficar sem receber jogos do Parazão

  • 10 de janeiro de 2020 em 15:16
    Permalink

    Começou a palhaçada dessa falida Federação de Futebol do Pará. Todos os anos é a mesma merda de fiscalizar. Porra em BELÉM tem vários chiqueiros que são aprovados, aqui e a mesma frescura de sempre. Tem que aparecer um macho pra mandar esses caras irem a merda…

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