Artigo – Mais que um roubo, o confisco do ouro venezuelano foi o assassinato da reputação de Londres como centro financeiro confiável

Por Oswaldo Bezerra

Os fama não está nada boa para o Banco da Inglaterra, hoje em dia, não sei por que alguém, alguma instituição ou país iria querer negociar com eles. O banco e a justiça britânica falham desvergonhosamente.

Desde criança ouvia dizer: “Tão seguro quanto o Banco da Inglaterra”. A instituição já foi o ápice da confiabilidade e segurança. Mas, como a Venezuela, e qualquer outro país do Sul Global, tolo o suficiente para confiar aos britânicos sua riqueza soberana, acabam por descobrir no Tribunal Superior de Londres que o Banco da Inglaterra não é mais seguro. Um bilhão de dólares em ouro venezuelano acabou de ser roubado pelo governo britânico, o roubo acabou de ser legalizado e os ladrões nem se deram ao trabalho de usar uma máscara.

O ouro foi depositado em Londres pelo então governo internacionalmente reconhecido da Venezuela. Hoje no entanto, o mesmo governo internacionalmente reconhecido de Nicolas Maduro não recebeu a permissão para transferir este ouro para as Nações Unidas, em Nova York, para ser usado no trabalho do Programa de Desenvolvimento da ONU contra a pandemia de coronavírus.

Em vez disso, um homem das ruas de Caracas com o nome de Juan Guaidó, o mesmo que foi um dos líderes do  ataque terrorista no próprio país, que não apenas nunca foi eleito para mandatário da Venezuela, nem sequer conseguiu ser eleito como líder da oposição, é o dono legal do ouro. Assim determinou a Justiça britânica, que parece estar no país das maravilhas da Alice.

O presidente eleito da Venezuela, Nicolas Maduro, é reconhecido pela grande maioria dos países do mundo, menos nos países vassalos dos EUA. Mais importante, seu governo é reconhecido nas Nações Unidas. O governo britânico mentiu ao Supremo Tribunal ao afirmar que a ONU não reconhece Maduro como presidente.

Além disso, sempre foi o princípio da diplomacia britânica reconhecer quem quer que esteja no controle efetivo de um território, gostem ou não. Pensando bem, eles violaram esse “princípio” uma vez antes, quando reconheceram o genocida do Camboja, Pol Pot, e insistem que o camarada  permaneça em seu assento em Nova York, muito tempo depois de ter sido derrubado, e enquanto a montanha de cadáveres no Camboja estava sendo contada.

Por qualquer padrão, Maduro está no controle efetivo da Venezuela e Juan Guaido não. Maduro controla cada centímetro quadrado da Venezuela, é o presidente eleito, é reconhecido pelas Nações Unidas e pela maioria dos países do mundo.

Guaido não foi eleito, não é reconhecido pelas Nações Unidas, nem pela maioria dos países do mundo e não controla um único centímetro do território venezuelano. Mas ele agora é o orgulhoso proprietário do ouro no Banco da Inglaterra. Isso faz parecer o “Roubo do Trem Pagador” uma batida de carteira de trombadinha. Foi o maior ato de roubo realizado em solo britânico. E isso se refletirá no futuro.

Longe da cena do crime, longe da Venezuela, as autoridades britânicas em seus castelos medievais devem tomar em conta. Não foi apenas o roubo que ocorreu nesta semana. Ocorreu também um assassinato. O assassinato da reputação de Londres como um centro financeiro em que você pode confiar.

Óbvio que agora qualquer governo que investiu sua riqueza soberana em Londres deve investigar sua saúde mental ou se não, o estado atual de seu saldo bancário. Essa decisão deu uma luz verde aos piratas do Caribe, e cuidado, você pode ser o próximo.

Se eu ganhasse na Loteria, o último lugar na Terra em que eu depositaria meus milhões seria em Londres. Os padrões de lá caíram e pelo jeito para sempre. A cidade de Londres perdeu seu brilho. Aprendemos na escola que o antigo império britânico era tão vasto que o Sol nunca se punha sobre ele. Agora nós entendemos o porquê. É que Deus nunca confiaria nos britânicos no escuro. Infelizmente, para a Venezuela esta lição veio tarde.

RG 15 / O Impacto

3 comentários em “Artigo – Mais que um roubo, o confisco do ouro venezuelano foi o assassinato da reputação de Londres como centro financeiro confiável

  • 7 de julho de 2020 em 08:52
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    Vc fez uma leitura equivocada e tendenciosa da situacao.
    O ouro pertence ao povo venezuelano, não ao ditador fascista que está usurpando a presidência do país…e que bem mais e reconhecido como presidente pela maioria dos países sérios do mundo.
    Tem que proteger o patrimônio do povo sim….
    Parabéns ao banco da Inglaterra…

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  • 7 de julho de 2020 em 08:46
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    Uai, podia deixar esse ouro aqui no Brasil pro Lula guardá preles, kkkkkkkkkkkkk

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  • 7 de julho de 2020 em 08:35
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    KKKKKKK…ACHA QUE OS INGLESES SÃO TÃO INOCENTOS ( NÉ DILMA !) A PONTO DE ENTREGAR, NAS MÃOS DA QUADRILHA MARXISTA QUE SE APODEROU DA VENEZUELA, TANTO OURO ! POR ISSO QUE SÃO CONFIÁVEIS, ESSE OURO SOMENTE RETORNARÁ QUANDO A DEMOCRACIA FOR RESTAURADA. DEPOIS DE TODAS ROUBALHEIRAS E MAZELAS PÚBLICAS INSTALADAS ONDE OS COMUNISTAS FINCARAM SUAS GARRAS, NÉ LULA, PERDERAM A CREDIBILIDADE !!!

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