Número de pessoas que não fizeram restrições de contato social durante pandemia aumenta no Pará

Em seu último boletim da PNAD Covid 19, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, em novembro, 1.197 milhão de pessoas residentes no Pará declararam não ter feito nenhum tipo de restrição ao contato social. Isso significa que 13,79% da população paraense deixou de dar atenção às medidas de isolamento social, apesar de a pandemia ainda não ter acabado.

A negligência às medidas restritivas no Pará registrou aumento em novembro (1.197 milhão). Em setembro, quando essa variável começou a ser avaliada, eram 886 mil pessoas no grupo dos que não faziam nenhum tipo de restrição social. Estima-se que, em novembro, 44,62% da população residente no estado reduziu contato, mas não deixou de sair de casa nem de receber visitas. 13,79% não adotou nenhuma medida restritiva; 32,51% ficou em casa, saindo apenas por necessidades básicas; e apenas 8,68% ficou rigorosamente isolado.

Desde o começo das pesquisas, o grupo majoritário foi o das pessoas que “reduziram contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas”. Em novembro, esse grupo teve 3.874 milhões. O segundo maior grupo, do começo até o fim da pesquisa, foi o daqueles que ficaram em casa, saindo só por necessidades básicas. Nesse grupo, novembro teve 2.822 milhões. O grupo daqueles que ficaram rigorosamente em casa era de 1,2 milhão em setembro, seguindo sempre em queda até novembro, quando teve 754 mil pessoas.

Em novembro, na faixa etária de 14 a 29 anos, a maioria (1.229 milhão de pessoas) declarou ter reduzido contato, mas continuou saindo de casa e/ou recebendo visitas. Entre as pessoas de 30 a 49 anos, verificou-se o mesmo comportamento majoritário (1.499 milhão). No grupo de 50 a 59 anos houve 2 comportamentos predominantes: 409 mil reduziu contato mas saiu de casa e recebeu visitas; e 227 mil ficou em casa, saindo só em caso de necessidade. Por fim, no grupo de pessoas com 60 anos ou mais, 352 mil ficou em casa e só saiu em caso de necessidade básica; 244 mil reduziu contato, mas continuou saindo de casa; e 127 mil ficou rigorosamente isolada em novembro. Desde o início da pesquisa, esse último grupo (60 anos ou mais) foi o que mais se manteve isolado.

Em novembro, entre os residentes no Pará que se declararam sem instrução, o maior grupo de novembro foi o que declarou ter ficado em casa saindo apenas em caso de necessidade: 1.580 milhão. Entre as pessoas com ensino fundamental completo ao médio incompleto, o comportamento mais frequente foi reduzir contato, mas continuar saindo ou recebendo visitas (694 mil). O mesmo comportamento também foi o mais comum entre as pessoas com ensino médio completo ao superior incompleto (1.338 milhão) e entre os que tinham ensino superior completo ou pós-graduação (398 mil, em novembro).

Entre as pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo de meio salário o grupo maior, em novembro, foi o que declarou ter ficado em casa, saindo só em caso de necessidade (51,91% da população residente no Pará nessa faixa de rendimento). Entre os residentes com faixa de rendimento de 1/2 a menos de 1 salário mínimo, estima-se que 35,37% ficou isolado rigorosamente, seguido do grupo que declarou ter reduzido contato, sem deixar de sair de casa ou receber visitas (34,47%); na faixa de 1 a menos de 2 salários mínimos, o grupo de maior porcentagem foi o que declarou não ter feito nenhuma restrição (18,03%), seguido daqueles que reduziram contato mas continuaram saindo de casa e recebendo visitas (16,10%); entre os de faixa de rendimento entre 2 a menos de 4 salários mínimos, o maior grupo foi o que reduziu contato, mas saiu de casa e recebeu visitas (5,5%), seguido dos que não fizeram qualquer restrição (4,52%); e, finalmente, na faixa de 4 ou mais salários mínimos o maior percentual foi dos que reduziram contato mas continuaram saindo de casa e recebendo visitas (1,83%).

Quanto às atividades escolares, no Pará, em novembro, 1.586 milhão de estudantes (68,42%) tiveram atividades escolares disponibilizadas. 720 mil não teve (31,04%). 63,29% dos que tiveram atividades disponibilizadas tinham idades entre 17 e 29 anos e 73,76% é aluno de nível superior.

Um total de 1.832 milhão de estudantes de cursos presenciais ou semipresenciais não tiveram aulas presenciais em novembro. 184 mil teve aulas presenciais parcialmente e 61 mil teve aulas presenciais normalmente.

No Pará, das cerca de 2,4 milhões de pessoas que frequentam escolas e universidades, a maior parte (71,28%) tem idades entre 6 e 16 anos (aproximadamente 1,7 milhão de estudantes, em novembro) e encontram-se matriculados em séries do ensino fundamental (1.559 milhão ou 65,51%). O ensino médio conta com 499 mil alunos (20,97%) e o superior com 322 mil (13,52%). O grupo de pretos e pardos é majoritário no universo total de estudantes no Pará, em novembro: 1.881 milhão ou 79,04%.

Um percentual de 57,05% das pessoas que frequentam escolas e universidades no Pará vive em domicílios em que o rendimento per capta estava abaixo de meio salário mínimo, em novembro: 1.357 milhão de estudantes.

Em novembro, em 225 mil domicílios paraenses (9,4% dos domicílios do Pará), pelo menos uma pessoa pediu e conseguiu empréstimos. Em outros 32 mil domicílios (1,34%), pessoas não conseguiram os empréstimos solicitados. A maior parte dos empréstimos – 68,63% – teve como fonte algum banco ou financeira, enquanto 31,58% declarou ter emprestado de parentes ou amigos.

Em 99,87% dos domicílios do Pará havia acesso a sabão e detergente. O álcool 70 ou superior esteve acessível em 96,06% dos domicílios. Máscaras foram acessíveis em 99,28% e luvas descartáveis em 27,44%.

Fonte: Roma News com informações de Ascom/IBGE

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