Depois de manifestações marcadas por violência, governador do AM convoca reunião de emergência

Manaus – Após o decreto de “Lockdown” do governador Wilson Lima (PSC), comerciantes e motoristas de aplicativos da capital se mobilizaram e realizaram uma manifestação, onde buscavam um encontro com Wilson, com intuito de obter flexibilização acerca da decisão. O ato, que começou de forma pacífica, terminou com uma ação truculenta da polícia que atuava no local.

Durante a ação, balas de borracha e spray de pimenta foram utilizadas para dispersar a população, com alguns manifestantes tendo sido atingidos e relatado as agressões sofridas ao Grupo Diário de Comunicação (GDC).

O comerciante Ramon Rofé, que foi alvejado com dois disparos, relatou que o ato buscava um encontro com o governador, e que as ações não surtiram os efeitos desejados.

“Não conseguimos falar com os políticos como queríamos, pois já chegamos sendo alvejados pela polícia no local. Buscamos nesse ato um diálogo com o governador mas tudo o que eu consegui consegui foi um tiro no pé e na perna”, relato.

Para o comerciante, o governo busca quer um culpado para os seus erros, que resultaram no aumento de casos da Covid-19 na capital. “A culpa do aumento de casos não é nossa e sim deles (políticos), que forçaram as eleições, onde pouca proteção era vista, além de muitas aglomerações, causando aumento alarmante de casos”, finalizou.

Uma internauta, que não se identificou, relatou em rede social que ela e o marido teriam sido agredidos com spray de pimenta durante as manifestações.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para o local após os manifestantes atearem fogo como protesto em frente ao grupo de comunicação A Crítica, empresa onde Wilson Lima trabalhava como apresentador de TV, na zona centro-sul da cidade.

Após um dia marcado por protestos e manifestações, o governador convocou os presidentes das entidades de comércio da capital para uma reunião a ser realizada neste sábado (26), logo mais às 22 horas. Na reunião, medidas como o adiamento do pagamento do ICMS das empresas, marcado para ser efetuado no próximo dia 29, dentre outros, serão debatidos. A Fecomércio AM divulgou, mais cedo, nota informando que vai pedir alterações no decreto. A Abrasel também se manifestou contra a decisão do Governo.

Fonte: D24AM

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