Agentes funerários pedem inclusão na prioridade da vacina contra covid-19 no Pará

O Sindicato das Empresas do Segmento Funerário do Estado do Pará (SINDEF) solicitou ao Governo do Pará e às secretarias de saúde do estado e municípios que haja agilidade no início da campanha de vacinação da categoria, que faz parte do grupo prioritário de profissionais da linha de frente.

O movimento da categoria ganha espaço em nível nacional, ao mesmo tempo que já gerou protestos em estados como Pernambuco e Rondônia porque embora tenham direito, faltam anúncios oficiais dos estados e municípios para o início da vacinação. Na capital de Rondônia a categoria já foi atendida após protestos e começará a encaminhar nomes de profissionais para vacinação.

O documento encaminhado às autoridades paraenses relembra que de acordo com um decreto federal de março de 2020, as atividades funerárias também fazem parte do grupo de serviços essenciais por lidar com os riscos ao trabalhar diariamente com cadáveres potencialmente contaminados, assim como seu transporte e sepultamento. A categoria requer que sejam inclusos na campanha de vacinação todos os agentes funerários do Pará.

O presidente do SINDEF no Pará, Ronaldo Borges, comenta que além dos riscos físicos, há também os riscos psicológicos aos quais toda a categoria está sujeita, que se agravam ainda mais com a falta de notícias sobre o início da vacinação dos profissionais: “nos últimos meses já tivemos 4 óbitos de donos de empresas funerárias, além de inúmeros óbitos e internações de agentes funerários e seus familiares”. Ele também conta que além dos riscos de contaminação dos profissionais e familiares, também há riscos envolvendo toda a atividade diária desses profissionais “muitos trabalhadores utilizam transporte público e também precisam se alimentar ao longo do dia, então além do risco relacionado ao trabalho diário que envolve a entrada constante em necrotérios e cemitérios contaminados, também há o medo de ser contaminado ou transmitir o vírus para alguém durante a pausa para o almoço ou na volta para casa” revela.

Ao todo, já foram encaminhados três ofícios pedindo o início da campanha de vacinação. A categoria acredita que com a vacinação em curso, além de diminuir as chances de contaminação pela covid-19, também diminuiria o medo e preocupação que envolve diariamente parentes, trabalhadores e empresários ligados ao setor.

Fonte: Roma News

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