Estelionatário diz ser dono de empresa de navegação para aplicar golpes

Um homem identificado como “Carlos Miguel” foi denunciado pelo comunitário Carlos Alberto Soares da Silva por cometer crime de estelionato ao se passar por proprietário de uma empresa de navegação que faz linhas entre os municípios de Santarém, Oriximiná e Óbidos.

De acordo com o denunciante, Carlos Miguel chegou à localidade, disse ser dono de alguns “ferryboats” e que precisava de funcionários para trabalhar nas suas embarcações, pois logo estaria chegando uma demanda muito grande de turistas e isso iria fomentar a economia do local.

Carlos Miguel, ao se dirigir aos residentes, fazia propostas de empregos dos mais variados tipos, desde maleteiros a serviços gerais, e se aproveitando da carência da localidade, dizia ser também proprietário de algumas lojas de eletrodomésticos, oferecendo-se então para trazer produtos de outras cidades para a comunidade. Em troca do serviço, ele fazia uma espécie de nota promissória e recolhia uma quantia em dinheiro, que seria usada para dar entrada na compra dos eletrodomésticos.

“Eu mesmo já presenciei pessoas dando entradas no valor de R$150,00 à R$200,00 para o estelionatário, porém já tive conhecimento de que aqui na cidade de Santarém pessoas já chegaram a pagar cerca de R$400,00”, disse o denunciante.

Em Santarém, Carlos Miguel chegou a contratar mais de um grupo de pessoas com a mesma promessa de que teriam emprego na dita comunidade. Porém esse navio nunca chegou, gerando desespero aos moradores da localidade e medo, pois o estelionatário sumiu após recolher os valores que seriam usados para a aquisição dos eletrodomésticos.

A empresa que teve seu nome envolvido nos golpes enviou uma nota de repúdio e esclarecimentos acerca da situação:

NOTA DE REPÚDIO E ESCLARECIMENTO

“A Empresa de Navegação R.O.T Farias, responsável pelo Ferry Boat OGP III, vem através desta nota manifestar seu total repúdio e esclarecer à população de Santarém-PA, que não há vínculo com o sujeito denominado de “Carlos Miguel”, onde o mesmo anunciou na região ser representante/dono do Ferry Boat e estava contratando menores de idade para trabalhar em uma excursão.

Visto que, os empregos relacionados à Empresa passam por um processo de contratação via o Sistema Nacional de Empregos (SINE), sendo assim, não contrata menores de idade, avulso ou por intermédio de terceiros. Ainda convém lembrar, que está RESTRITO as EXCURSÕES e PASSEIOS TURÍSTICOS, em respeito aos Decretos e Protocolos de Combate à Pandemia da Covid-19.

Reafirmamos que a Empresa não compactua e REPUDIA essas atitudes, ademais, foram tomadas PROVIDÊNCIAS JURÍDICAS para penalizar o responsável acima dito. Lamentamos profundamente, pelas famílias atingidas nesta situação, e estamos dispostos a dar todo suporte e apoio às mesmas.”

 

Por: Bruno Rodrigues

RG15/O Impacto

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