Artigo – Os 10 fatos que mostram que nosso sistema Judiciário está se tornando pior que o “Tribunal popular” das comunidades

Por Oswaldo Bezerra

O Tribunal popular das comunidades existe de norte a sul do Brasil e é considerado cruel. O julgamento é feito com juízes, com investigadores e os réus precisam argumentar para se defender sem advogados. Estes, geralmente são presos e levados amarrados para o tribunal popular.

Eles são colocados a frente do que se assemelha a uma assembleia de juízes, mas há sempre um líder que coordena o julgamento. Após as denúncias os juízes ordenam as investigações. São pesquisadas informações de redes sociais e de testemunhos.

Após deliberação sai o veredicto. Às vezes, o resultado é dado em tom solene: “Vocês vão morrer”. Os réus são levados de carro a um beco escuro. Lá eles são executados com mais de 10 tiros cada um.

Parece ser bem cruel e injusto. É o nosso sistema judiciário informal que não aceita apelações nem habeas corpus. Infelizmente, nosso sistema judiciário formal está cada vez mais se igualando ao informal e se tronando rasteiro.

1 O sistema informal não tolera injustiça. Já a Justiça formal apela para injustiça para condenar por ideologia, ou por inimizade. A delegada da Polícia Federal Erika Moreno falsificou testemunho na Lava Jato para condenar reitor de Universidade. O reitor se sentiu tão injustiçado que cometeu suicídio.

2 A Justiça informal das comunidades não se deixa subornar por entidades de outras comunidades. Eles têm orgulho de sua marca. Já a nossa Justiça faz cooperação ilícita com entidades estrangeiras para favorecer grupos internacionais. Por exemplo, temos a unidade internacional da Swiss Broadcasting Corporation que questionou parcerias internacionais ilegais dos procuradores brasileiros.

3 Na Justiça popular não há conluio entre promotores e juízes para chantagear outro juiz a tomar decisões de interesse comum. Na nossa Justiça oficial veio à tona ato de chantagem dentro do sistema judiciário. Por exemplo, o envio do então Juiz Sérgio Moro para Dallagnol dossiê contra ministro do STJ Ribeiro Dantas.

4 Os julgadores e investigadores do Tribunal popular sabem que precisam ser justos e honestos, pois seus atos definirão a vida ou a morte de uma pessoa. O promotor mais famoso do Brasil declarou que “há muito tempo não tem mais vergonha na cara” em cometer crimes judiciais para chegar aos seus objetivos.

5 Jamais nos bastidores do Tribunal popular um dos juízes iria fazer chantagem a outro juiz para poder condenar um réu. Ele sabe que se fizer isto será morto. Na Justiça Formal isso acontece. Mensagens entre procuradores da República mostram que o consórcio de Curitiba mirava os filhos de ministros como estratégia para emparedar magistrados responsáveis por julgar recursos da “lava jato” .

6 O Tribunal popular jamais procede julgamento com fins de obter dinheiro dos réus após condenação. Na Justiça formal foi descoberto um esquema de divisão de renda com órgãos estrangeiros. Dados da operação spoofing indicam que procuradores da “lava jato” tinham consciência de que os americanos quebrariam a Odebrecht, mesmo assim, deram continuidade às tratativas com as autoridades dos Estados Unidos para a aplicação de penalidades e divisão do dinheiro.

7 O Tribunal popular não tem como procedimento intimidar testemunhos a prestarem falsos depoimentos. Na nossa Justiçam formal isso se tornou um hábito. Nosso promotor mais famoso admitiu que prisão é eficiente para forçar acordos de delação.

8 O Tribunal popular não investiga a vida financeira dos envolvidos no julgamento para direcionar a sentença. Na Justiça Formal foi descoberto que Procuradores combinavam com a Receita quebra de sigilo de ministros do STJ para pressioná-los .

9 Na Justiça informal jamais seria levado a julgamento um réu com intuito de tirá-lo de uma disputa política. Nossa Justiça oficial se comportou como um partido político. Os próprios procuradores da “Lava Jato” viram uma tentativa de Moro influenciar as eleições .

10 O Tribunal popular julga com a certeza do descobrimento da verdade e do cumprimento da justiça. Nossa Justiça oficial está tão conformada com a existência dos vícios de procedimento que estão cientes da necessidade de um “juiz de garantia”.

São 10 fatos que mostram que nossa Justiça formal está caminhando para ser algo pior ainda do que a Justiça popular, coordenada por traficantes. Nestes 10 itens foi citado pior caso de todos: a venda de sentenças.

Hoje foram descobertos áudios gravados pelo padre Robson de Oliveira em uma conversa do religioso com dois advogados para pagamento de propina de R$ 1,5 milhão a desembargadores do TJ-GO . A corrupção da justiça pode estar mais perto do que imaginamos. Na última sexta-feira, um vizinho meu aqui de Fortaleza, que é um desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará, foi preso por venda de sentenças pelo whatssapp. No final nos perguntamos qual a diferença de uma delegada que inventa um depoimento para um Juiz do crime organizado?

RG 15 / O Impacto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *