[Vídeo-Artigo] O Brasil no plano americano para sufocar o desenvolvimento tecnológico da China

Por Oswaldo Bezerra

EUA pressionam o Brasil a barrar Huawei no mercado de 5G nacional. Lamentavelmente, esta decisão crucial para o futuro da economia e da soberania nacional será tomada no momento em que o Brasil tem um governo totalmente submisso aos EUA.A visita da comitiva americana,comandada por Jake Sullivan,faz parte do plano para sufocar o desenvolvimento tecnológico da China.

Os EUA ainda estão presos ao estereótipo ideológico de que “Estados comunistas não podem inovar” e subestimaram amplamente a China. Os gringos agorase lançaram de cabeça em uma competição que é muito mais difícil de vencer do que Washington imaginava.

Um estudo do Laboratório de Crescimento de Harvard descobriu que o nível tecnológico das exportações da China aumentou durante a guerra comercial com os EUA, também prevê que a economia chinesa crescerá mais rápido do que a da Índia na próxima década.

A complexidade das exportações da China rapidamente alcançou a dos EUA, passando de metade da do seu rival, há 20 anos, para uma paridade atualmente. O estudo também sugere que a China supera o impacto das tarifas de Washington e das guerras tecnológicas contra ela, que é um esforço dos EUA que tem sido implacável.

As exportações chinesas estão agora no nível de preencher todas as áreas conhecidas de produtos globais. A China tenta obter oknow-how de todo o mundo para a verdadeira inovação.

O estudo surge em meio à pressão crescente de líderes empresariais e grupos americanos para remover as tarifas sobre a China, alegando que elas têm sido prejudiciais para empresas americanas, uma alegação que foi rejeitada imediatamente pela Casa Branca.

O estudo ilustra o motivo dos EUA estarem obcecados em colocar empresas chinesas na lista negra e tentar bloquear sua ascensão em tecnologia de ponta. Os esforços não estão dando certo e não irão desacelerar o crescimento da China. O país asiático sobe na cadeia de suprimentos global com o aumento da capacidade tecnológica.

O que a China faz está mudando as indústrias que a América tradicionalmente domina. É por isso que Washington respondeu ao novo ambiente geopolítico com protecionismo e agora pelo industrialismo local.

Joe Biden diz que quer “ganhar” o século 21 e “possuir as tecnologias” do futuro por temer que o progresso da China acabe por tirar isso deles. Seus comentários recentes sobre ataques cibernéticos vieram com uma mistura de belicosidade e condescendência, mostrando como esse medo da China influencia cada vez mais a mentalidade nacional.

A guerra tecnológica da América contra a China é feroz. As administrações Baiden e Trump condenaram centenas de empresas chinesas a não terem acessoa componentes críticos nos quais os EUA sentem que têm vantagens, enquanto outros foram proibidas de investir para impedir que o capital americano chegassea elas.

O alvo mais notável foi a Huawei. Em meio a tudo isso, a China reconheceu que deve correr para a autossuficiência no fornecimento de semicondutores a fim de conter os gargalos que a América cria. A capacidade de produzir tecnologia de ponta éa chave entre uma economia avançada e uma em desenvolvimento.

Os EUA querem fazer da China uma“economia latino-americana” em que não há tecnologia doméstica, os mercados são completamente abertos sufocando a indústria local. O talento criado é sugado para os países desenvolvidos, as exportações continuam a ser de baixo valor e a pequena minoria de ricos proprietários sustentam um “status quo”muito desigual. O caminho para o crescimento latino-americano está totalmente bloqueado. O atual governo brasileiro atua para manter “isso daí”.

Os EUA, por exemplo, não querem que a China faça seus próprios jatos comerciais, para depois vender em todo o mundo, mas quer que eles continuem comprando da americana Boeing. Na prática, a China tem uma força de trabalho enorme e cada vez mais qualificada nas áreas de ciência e tecnologia. Também é um estado disposto a investir bilhões e bilhões nesta área.

A China recentemente dominou a produção de nós de chip de 42, 28 e 14 nanômetro, suficiente para alimentar a grande maioria dos dispositivos eletrônicos. A primeira máquina de litografia fabricada na China deve estrear ainda este ano, mostrando que eles já estão na “escada” para alcançar jogadores estabelecidos e se libertar do fabricante holandês ASML. A própria agência espacial da China, fundada apenas em 1993, está em processo de ultrapassar a NASA ao propor uma base lunar com a Rússia na década de 2030, bem como uma missão humana a Marte.

Os EUA subestimaram a determinação tecnológica da própria China e se lançaram de cabeça em uma competição que pode ser muito mais difícil do que eles acreditam. Historicamente, a civilização chinesa foi a mais inovadora da história humana, estabeleceram muitas coisas que o Ocidente teve que aprender. Apenas uma miríade de estereótipos ideológicos e racistas está impedindo o Ocidente de reconhecer o rápido avanço tecnológico chinês, e as políticas dos EUA para interrompê-lo não estão produzindo resultados. A América deveria se concentrar mais em suas próprias capacidades e não interferir em governos externos como está fazendo hoje com o Brasil.

**Novo Livro de Oswaldo Bezerra intitulado “O Governador” está agora disponível em “livro físico”e para “Kindle”na Amazon.***

RG15/O Impacto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *