Dia do Contador é comemorado nesta quarta-feira (22)

Anualmente, no dia 22 de setembro, comemora-se o Dia do Contador. A homenagem destaca o trabalho do profissional que estuda e avalia as atividades financeiras de uma organização, seja ela pública ou privada, e possui atuação nas questões tributárias e patrimoniais,  passando o seu dia a dia envolvido em planilhas, calculadoras e muitos cálculos.

A data é uma referência à criação do primeiro curso de Ciências Contábeis no Brasil. O Decreto de Lei nº 7.988, de 22 de setembro de 1945, assinado pelo Presidente Getúlio Vargas, regulamenta e torna oficial a criação do primeiro curso de ensino superior em Ciências Contábeis, na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.  Até então, só existiam cursos técnicos e profissionalizantes de contabilidade no país.

Encontra-se entre as 10 profissões com a maior taxa de ocupação do mercado de trabalho, com mais de 520 mil profissionais em todo o Brasil. No Pará são cerca de 12 mil profissionais devidamente registrados.

Ao longo dos anos, a profissão tem acompanhado a evolução da sociedade, sendo alicerce do desenvolvimento nacional. Em plena pandemia a sua importância foi ressalvada, quando mantida pelas normas decretadas, como atividade essencial.

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL

Como forma de homenagear os profissionais da categoria, O Impacto entrevistou o delegado do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) Fábio Gama.

Era o ano de 2010 e Fábio trabalhava no centro de custos de uma rede de varejo, onde teve contato com área fiscal e tributária. Percebendo a necessidade de avançar na carreira, acabou trocando o bacharelado em Ciências Econômicas pelo de Ciências Contábeis.

Apaixonado pela profissão, Gama é reconhecido pela sua dedicação aos serviços prestados, tantos aos seus clientes, quanto a representatividade da categoria.

“Hoje o profissional habilitado é responsável por fazer a gestão do patrimônio. Muitas pessoas tem um pensamento errado da profissão, o profissional que gera guia de impostos, mas a aplicação é muita ampla. Antigamente, uma pessoa jurídica fazia um arquivo, hoje não, ela tem que fazer tanto escrituração fiscal digital, como a escrituração contábil digital. Às vezes as empresas precisam realizar essas duas obrigações uma vez por ano para poder ficarem em acordo com o governo. O profissional pode atuar nas esferas administrativas, pois tem muita fundamentação, além de que precisa desse entendimento para poder aplicar as apurações e as obrigações acessórias. A contabilidade, em si, transita muito bem nessas vertentes”.

Os serviços prestados pelo contador se tornam imprescindíveis principalmente nos períodos que se exige grande responsabilidade na declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), que abrange pessoas com múltiplas fontes de rendas e dependentes. O recomendável estipulado pela Receita Federal é ter um profissional competente para evitar erros comuns, esclarecer dúvidas, agilizar e dá mais segurança aos declarantes.

”Para estes casos é essencial dar preferência a um profissional da contabilidade, porque é a pessoa que está mais preparada para esse tipo de declaração, ela sabe quais os cruzamentos que a receita faz e vai ter esse cuidado de orientar o contribuinte a prestar uma informação de qualidade e evitar a malha fiscal, ou seja, o contribuinte não vai ter essa dor de cabeça”.

Conforme destaca Fábio Gama, é importante ficar a tento a atuação de profissionais que prestam serviços ilegalmente, sem seguir a devida regularização existente conforme exigida pelo decreto Lei 9.295, de maio de 1946, em que determina que os profissionais da área contábil somente podem exercer a profissão após concluir o curso Bacharel em Ciências Contábeis e também ser aprovado no Exame de Suficiência para emitir o registro no conselho.

”Hoje o profissional da contabilidade estuda em torno de quatro anos e deve prestar o exame  de suficiência, instituído pelo Conselho Federal de Contabilidade, e deve passar na prova. Hoje o índice de aprovação no exame de suficiência para tirar o CRC está em torno de uns 30 a 40%. O que se observa é que o índice de reprovação é muito alto, e diante disso é um pouco preocupante, mas se você quer atuar precisa fazer o exame de suficiência”.

Segundo o delegado, as denúncias com relação as irregularidades na área continuam chegando até o Conselho. Ainda de acordo com ele, o número de profissionais que atuam ilegalmente é muito grande, tanto em escritórios de pessoas jurídicas como em escritórios de pessoas físicas. Portanto, é um leque de bastantes profissionais”, concluiu.

RG 15 / O Impacto

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