Geração de empregos no Pará cresce 80% em 2021

Pará teve um grande destaque dentro da região Norte nos últimos 2 anos na geração de empregos formais, ocupando sempre a primeira colocação entre os estados da região nos balanços divulgados pelo Observatório do Trabalho, fruto de uma parceria entre o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).

O Estado fechará o ano de 2021 com a geração de quase 69 mil novos empregos, contra 38 mil gerados em 2020, o que representa um crescimento na ordem de mais de 80%. Estudo do Dieese-PA divulgado esta semana mostra que no comparativo entre admitidos e desligados, o Estado do Pará voltou a apresentar saldo positivo de emprego. De janeiro a outubro o saldo já é de 68.697 postos de trabalho. Os números colocam o Estado na liderança da geração de empregos formais em toda a Região Norte. No ranking nacional, o Pará foi o 12º Estado do país que mais gerou postos com carteira assinada.

Inocêncio Gasparim, titular da Seaster, diz que o Pará possui a economia mais bem distribuída regionalmente e com um potencial imenso de crescimento dada a variedade e quantidade de riquezas que possui.

“Isso é fruto do trabalho da população e da colaboração significativa do governo do Estado, que planejou o enfrentamento à pandemia através do sistema de bandeiramento, que foi muito eficaz e permitiu radicalizar o fechamento de cada atividade, dependendo da situação, em cada região, além da vacinação em massa que permitiu a retomada das atividades econômicas com plena segurança”, destaca o secretário.

Gasparim afirma que o Pará fechará o ano com o saldo muito bom, com praticamente o dobro do saldo do ano passado. “Como estamos com notícias de uma nova cepa do vírus da Covid originada na África, isso vem causando instabilidade, deixando o investidor receoso, sem segurança. Isso acaba se refletindo na geração de empregos. Por essa razão não há ainda como prevê a quantidade de postos que podem ser gerados em 2022. Esperamos que a pandemia de fato arrefeça e não tenha maiores consequências”, esclarece.

PIB

Ele lembra que em nível nacional o país deverá fechar com um crescimento na ordem de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e o Pará deve fechar o ano com um percentual acima. “Isso mostra que o investimento de capital fixo no Estado aumentou, aquecendo a economia, fazendo com que mais atividades possam ser implementadas aqui. Ano que vem será um ano de eleições e de Copa do Mundo, o que também deve ajudar a desenvolver a nossa economia”, avalia o secretário.

Gasparim comemora o crescimento no número de empregos do Estado nos 2 últimos anos, a despeito da pandemia, do lockdown e do isolamento social que teve que ser decretado em boa parte do Estado. “Apesar de todas as dificuldades, nossa economia se estruturou melhor seguindo o bandeiramento e a vacinação planejada pelo Estado, permitindo que mais postos de trabalho fossem abertos, com a redução do número de pessoas desocupadas”, afirma.

Contribuiu muito para esse quadro a grande carteira de obras públicas que o Estado possui espalhadas em várias regiões. “São R$ 2 bilhões que estão sendo investidos em todas essas obras e 10 mil pessoas trabalhando em obras de infraestrutura viária; e outras 5 mil alocadas na construção de creches, por exemplo. Além disso o governo do Estado investiu R$ 500 milhões em programas de transferência de renda para pessoas vulneráveis, ajudando a amenizar a situação na pandemia”.

Liderança

Os números colocam o Estado na liderança da geração de empregos formais em toda a Região Norte. No ranking nacional, o Pará foi o 12º Estado do país que mais gerou postos com carteira assinada.

Qualificação e formação para o empreendedorismo

A Seaster, juntamente com a rede Sistema Nacional de Emprego (Sine), assinou termo de cooperação técnica com 15 novos municípios, reabrindo dois postos que estavam fechados, abriu 7 novos balcões do sistema em várias cidades.

“Até o final desse mês essa parceria será responsável por recolocar cerca de 7 mil pessoas no mercado de trabalho. Mais de 60 mil pessoas também foram atendidas na questão do seguro-desemprego. Para o ano que vem a meta é realizar um grande projeto de qualificação profissional e formação para o empreendedorismo, através da realização de 1.500 cursos, abrangendo cerca de 30 mil jovens em todo o Estado, a maioria desempregados”, antecipa o secretário.

O Sine foi criado em 1975 pelo extinto Ministério do Trabalho com o objetivo de colocar e/ou recolocar o trabalhador no mercado formal de trabalho. A Seaster tem um Convênio Plurianual com o Sine para o desenvolvimento desse sistema no Estado. Hoje o sistema está presente em 31 municípios paraenses, sendo coordenado pela Seaster em parceria com a cooperação técnica com os municípios.

Inocêncio Gasparim faz coro com os apelos sistemáticos que vêm sendo feitos pelo governador Helder Barbalho nos últimos dias e diz que sem a vacina, não há como o Estado ir para a frente. “A população precisa se vacinar e os que estão com as doses atrasadas que procurem os postos de saúde. Só assim o Estado terá a tranquilidade necessária para incentivar as atividades econômicas, para que possamos crescer”.

Fonte: DOL

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