Paysandu perde mas garante acesso à Série B 2024
Volta Redonda e Paysandu fizeram um duelo de altos e baixos, no estádio Raulino Santos, pela sexta rodada do quadrangular decisivo da Série C. Jogando por pelo menos três resultados distintos, o Paysandu segurou a pressão, tomou um gol e se fechou como pôde, até o apito final do árbitro Wilton Sampaio, que decretou a vitória do Volta Redonda por 1 a 0, e o acesso do Paysandu à Série B, após cinco anos na terceira divisão.
De modo geral, o primeiro tempo foi tecnicamente fraco, sem lances perigosos. Ficou a missão do Volta Redonda, que precisava da vitória por dois ou mais gols, tentar furar o bloqueio defensivo do bicola, mas sem nenhum perigo real. A melhor chance do primeiro tempo foi aos 27, quando Wellington Silva passou por Kevyn e cruzou para Sánchez, que ajeitou de cabeça para finalização de Caio Vitor, por cima do gol. O Papão ainda teve uma oportunidade na reta final, quando Mário Sérgio encontrou Robinho livre, mas o meia demorou para finalizar e acabou permitindo o bloqueio de Sanchez.
Na volta do intervalo, as equipes voltaram sem alterações. Em campo, até os 10 minutos, foi o Volta Redonda que arriscou mais, pelo menos três vezes no curto intervalo de tempo, as três com Douglas Skilo na articulação. Aos oito veio o primeiro cartão amarelo do Voltaço, aplicado em Marcão Costa. Logo em seguida, uma confusão se formou no gramado de jogo, com alguns atletas dos dois times envolvidos e o foco no meia Robinho, que foi acusado de “fazer cera” e acabou tomando cartão vermelho, mas só após ser substituído por Ronaldo Mendes.
Depois da confusão, o Volta se manteve no ataque e conseguiu furar o bloqueio defensivo bicolor aos 17 minutos, marcando um gol que colocou fogo na partida. Bruno Barra aproveitou um bate-rebate na pequena área e empurrou para o fundo das redes, decretando 1 a 0 para os donos da casa. O resultado deixava o Voltaço a um gol do acesso, ao mesmo tempo que um gol separava o Paysandu da vaga na Série B. A emoção do gol inflamou as arquibancadas e um princípio de tumulto tomou conta da área onde estavam os torcedores do Paysandu.
Na tábua classificatória, o Papão ainda figurava em segundo, com 10 pontos, enquanto o Amazonas fazia a parte dele em Manaus e batia o Botafogo-PB por 2 a 0. A derrota bicolor por dois gols simplesmente igualava os pontos de Paysandu e Volta Redonda, que, se fizesse o segundo, levaria a vaga no confronto direto. Com o andar do cronômetro, o jogo começou a ficar tenso. O Papão lançou Bruno Alves para tentar sufocar o time, mas a defesa adversária mantinha-se fechada, dificultando o acesso à área.
O Volta então passou a sufocar o Papão. Aos 38, Sánchez cabeceou com perigo ao lado da trave. Aliás, a trave salvou o Paysandu um minuto depois, quando desviou o cabeceio do Voltaço. Hélio dos Anjos então fez duas mudanças para reforçar a defesa. Saíram Edilson e Vinícius Leite para as entradas de Anílson e Naylhor, no intuito de segurar a pressão adversária. Além de se fechar na defesa, os jogadores do Paysandu começaram a ganhar tempo em lances de contato, sobretudo o goleiro Matheus Nogueira.
Por conta da confusão em campo, a partida foi esticada em 15 minutos. Tempo suficiente para o torcedor bicolor segurar o coração, enquanto o time fazia a parte em campo. O Volta Redonda tentou de todas as formas, mas além da falta de qualidade técnica, pesou também a experiência dos bicolores, que souberam segurar a partida de todas as formas, até o apito final da partida, que, enfim, pôs o Paysandu de volta à Segunda Divisão do futebol brasileiro.
Fonte: O Liberal