Adepará intensifica fiscalização contra a mosca da carambola região do Baixo Amazonas
As fiscalizações de controle do trânsito agropecuário para contenção da mosca-da-carambola foram intensificadas nos municípios de Oriximiná e Terra Santa, na região de integração do Baixo Amazonas.
O trabalho é realizado pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), por meio da Gerência de Trânsito Agropecuário, e envolve equipe de fiscais e agentes agropecuários atuantes na defesa vegetal do território paraense.
Para evitar o trânsito de frutos hospedeiros do inseto na região, os fiscais agropecuários fazem barreiras móveis nos dois municípios e fiscalização nos terminais hidroviários, verificando passageiros e cargas vindos do Estado do Amazonas.
Durante as ações, são fiscalizados balsas, barcos e lanchas que navegam entre o Pará e o Amazonas e linhas de ônibus intermunicipais regulares, que circulam entre Oriximiná e Óbidos.
Combate à disseminação
De acordo com o fiscal estadual agropecuário, Jorge Góes, o objetivo é evitar a saída de frutas frescas de espécies hospedeiras da mosca da carambola pelo risco de disseminação para outros municípios paraenses e outras unidades da Federação livres de ocorrência da praga. “Nós verificamos um intenso transporte e, em sua maioria, de frutos de manga, que está em plena safra, nos respectivos municípios”, disse o fiscal.
O engenheiro agrônomo ressalta que, no momento da ação, também, é realizada atividade de educação sanitária junto aos passageiros, tripulação e comandantes, proprietários de embarcações e rodoviários. “Nós mostramos para essas pessoas a importância de não transportar frutos e o risco que isso pode ocasionar para a economia local”, enfatizou.
Para o combate eficaz à mosca-da-carambola, o Ministério da Agricultura estabeleceu em portaria os novos procedimentos operacionais para as ações de vigilância, contenção, supressão e erradicação da praga. No Pará, segundo a Agência de Defesa, o trabalho de erradicação tem sido eficiente.
“Nós temos equipes de trânsito fiscalizando especificamente os municípios de Oriximiná e Terra Santa. Nesses municípios, existe uma produção de frutos em quintais e muitos moradores querem levar esses frutos para outras localidades e nós esclarecemos que isso está proibido. Não pode sair com frutos desses locais porque o Pará exporta frutas e a mosca é um determinante para fechar mercados e provocar impacto econômico para a agricultura e nós não desejamos que isso ocorra”, explica o gerente de Defesa Vegetal Rafael Haber.
O Pará é dividido em zonas com diferentes status sanitários para essa praga: Zona Tampão (municípios que não tem a praga mas que ficam em alerta pela proximidade com a zona de quarentena), Zona de quarentena (onde existe foco) e Área sem ocorrência (nunca houve ocorrência e onde o inseto dificilmente chegará). As ações de combate ao inseto contribuem para manter a sanidade dos cultivos agrícolas no território paraense e para manter o status sanitário do Pará.
“Esse trabalho desenvolvido pela Defesa Vegetal é muito importante porque nós temos cultivos que estão livres da praga e precisamos averiguar se essas cargas estão vindo na forma que a legislação exige para que não sejam fonte de contaminação. É um trabalho que a Adepará desenvolve para manter a sanidade dos plantios no território paraense. São ações que já são previstas para serem executadas porque o Baixo Amazonas é rota de risco justamente porque é a primeira entrada de um estado vizinho dentro do nosso território”, esclarece a gerente de epidemiologia vegetal da Adepará, Núbia Vasconcelos.
A equipe que está realizando as ações de fiscalização de trânsito e de educação sanitária junto à população dos municípios é formada pelo fiscal estadual agropecuário, engenheiro agrônomo Jorge Góes, os agentes fiscais agropecuários Celso Pereira e Alailton Gomes Barros e o assistente administrativo João Luis Lopes da Silva.
Fonte: Agência Brasil