Motociclista morre após ter pescoço cortado por linha chilena, na Grande Belém

Alessandro Cardoso Rodrigues, de 29 anos, morreu depois de ter o pescoço cortado por uma linha de pipa na quinta-feira (15/8), na avenida João Paulo II, próximo ao viaduto da BR-316, em Belém. Ele trabalhava como inspetor de uma empresa de segurança privada e também atuava como pastor em uma igreja evangélica do bairro Curió-Utinga. Em nota, a Polícia Civil informou nesta sexta (16/8) que equipes da Delegacia do Marco “apuram as circunstâncias da morte” e que “perícias foram solicitadas e testemunhas estão sendo ouvidas para auxiliar nas investigações”.

De acordo com a polícia, Alessandro voltava para o local de trabalho para devolver a moto que usava, mas foi atingido por uma linha de papagaio durante o percurso. Vídeos compartilhados nas redes sociais do momento do acidente mostram um grupo de pessoas tentando socorrer a vítima, que aparece com o pescoço ensanguentado, ainda consciente.

Rodrigues chegou a ser socorrido ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, na Grande Belém. Porém, ele não resistiu aos ferimentos e morreu no começo da noite de quinta-feira (15/8).

Ainda segundo a polícia, os médicos do HMUE constataram que a vítima sofreu um ferimento cervical provocado por uma linha encerada. Até o momento, o proprietário da linha que matou o vigilante não foi identificado ou localizado.

O que diz o Código Penal Brasileiro sobre empinar pipa?

A conduta de empinar pipa com cerol pode ser tipificado no artigo 132 do Código Penal Brasileiro (CPB), que trata da periclitação da vida e da saúde. Conforme o CPB, a punição para este tipo de situação, de “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”, pode ser de três meses a um ano de prisão, se o fato não constitui crime mais grave.

Lei estadual

Segundo a Lei Estadual Nº 9597, sancionada em 2022, é proibido o uso, a posse, a fabricação e a comercialização de linhas cortantes compostas de vidro moído conhecidas como cerol, linha chilena e similares, independente da aplicação ou não deste produto nos fios ou linhas utilizadas para empinar ou soltar pipas e similares.

O descumprimento acarretará ao infrator, quando pessoa física, o pagamento de multa no valor de R$50, sendo menor de idade, os pais ou responsáveis responderão pelo menor. Em relação ao estabelecimento que for flagrado comercializando linha cortante será autuado, e pagará multa no valor de R$ 5 mil. Podem configurar, ainda, crimes contra a saúde pública e contra as relações de consumo.

A população pode denunciar a venda e o uso da linha chilena, através dos canais de comunicação da polícia, Disque-Denúncia (181), contribuindo para a segurança de todos.

Fonte: O Liberal

Foto: Reprodução

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