TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE EM ITAITUBA ESTÁ COMPROMETIDO

Na Tribuna da Câmara Municipal de Itaituba, na terça-feira (26), o vereador Peninha denunciou a situação de pacientes que fazem hemodiálise no Hospital Regional do Tapajós de Itaituba (HRT).

Durante a sessão, o parlamentar informou que a implantação do sistema de atendimento de hemodiálise em Itaituba foi uma grande conquista para os pacientes da região Sudoeste do Pará que precisam e necessitam deste procedimento. Hoje, cerca de 70 pacientes de Itaituba e de municípios da região são atendidos.

Peninha destacou também que os pacientes renais da região Sudoeste do Pará que se submetem ao tratamento de hemodiálise fazem 3 sessões por semana, com duração de 4 quatro horas cada. “Eles procuraram o Ministério Público para buscar apoio no sentido de interferir junto ao Hospital Regional por uma série de problemas das mais diversas ordens e decorrentes as inúmeras causas que vêm sendo apresentadas, principalmente a falta de medicamentos para as sessões dos pacientes de hemodiálise”.

Segundo Peninha, foi encaminhado um documento relatando toda esta situação ao Ministério Público. “Os pacientes já levaram ao conhecimento da direção do hospital, que apesar de sempre se comprometer em solucionar os problemas até então nada fez que pudesse trazer a devida tranquilidade aos pacientes e seus familiares. Até os medicamentos EMAX, injetável para anemia e Noriporum, também para anemia não têm no Hospital Regional”, frisou.

O parlamentar afirma que no documento os pacientes relatam que, sem dúvida, a hemodiálise, juntamente com a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), são os piores do HRT. Afinal somente esta unidade hospitalar disponibiliza aos pacientes da Região Sudoeste do Pará esses dois Centros. Nenhum outro hospital público ou particular oferece esses especializados e imprescindíveis tratamentos.

O vereador prosseguiu alegando o que consta no documento encaminhado ao MP. “Em relação ao Centro de Hemodiálise do HRT, diz que o que poderia representar uma sensação de alívio, tem se transformado em um sentimento de agonia e temeridade, posto que a cada dia se avolumam os problemas daquele setor hospitalar que variam da falta de agulha até mesmo à falta de trocas de filtros, medicamentos, que impossibilitam a operacionalidade das máquinas de diálise”.

No documento, mostrado pelo vereador, os signatários alegam a deficiência dos equipamentos que precisam de manutenção, assim como também a contratação e treinamento de técnico em eletrotécnica.

“Uma vez que os contratados não têm conhecimento algum dos trabalhos da Nefrologia, nem mesmo sabendo como proceder os testes da qualidade da água. Quanto, ao maquinário, se encontra em constantes reparos sem lograr êxito, colocando em risco a vida dos pacientes, haja vista que são raras as vezes que é feita a sua manutenção e esta, por sua vez, é feita via celular, não havendo aqui técnico para fazer a manutenção dos equipamentos”, disse Peninha no seu pronunciamento.

Os pacientes de hemodiálise ressaltam no documento que muitos são os problemas, porém, um dos que mais traz preocupação é o Transporte dos Pacientes Renais. Afinal, a sessão de diálise é deveras extenuante e a falta de transporte regular e com um mínimo de conforto aos pacientes e acompanhantes agrava ainda mais o estado de debilidade dos pacientes, notadamente os cadeirantes. O edil ressaltou que atualmente o veículo disponibilizado ao transporte dos pacientes é uma van que o município de Itaituba é o responsável, com apenas 8 assentos, tendo quatro para cadeirantes.

“Por esta razão os acompanhantes são obrigados a serem transportados em pé. O grave, diz o documento, é que esta van atende, além dos pacientes com problemas renais, outros setores da saúde do município e nem sempre está disponível para atender as necessidades de transporte dos pacientes do Centro de Hemodiálise. Veículo este, segundo o documento, que precisa de manutenção, inclusive de vez em quando tem problema com falta de pneu” disse Peninha.

O vereador lembrou que os pacientes compareceram em uma audiência com o Promotor de Justiça, onde entregaram o documento relatando todos os problemas no Hospital Regional do Tapajós, e pediram providências. O Ministério Público encaminhou documento a Direção do Hospital pedindo explicações sobre as denúncias encaminhadas pelos pacientes.

“Gostaria de concluir meu pronunciamento nesta manhã, disse Peninha, lembrando que dinheiro não falta para manter o Hospital Regional, pois mensalmente é repassado para o HRT o Valor de R$ 11.544.967,19, ou seja mais de R$ 11 milhões por mês”.

Encerrando seu pronunciamento, Peninha solicitou da Câmara Municipal que convide a direção do Hospital Regional do Tapajós para comparecer ao Poder Legislativo e prestar esclarecimentos sobre as denúncias.

O espaço segue aberto para posicionamento do HRT.

 

O Impacto

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