Aena e o “Puxadinho”: a luta por um novo aeroporto em Santarém persiste
Por Fábio Maia
O Aeroporto Internacional de Santarém – Maestro Wilson Fonseca carrega uma história de luta liderada pela Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), fundada em 1945 para contribuições no desenvolvimento regional. Desde os voos pioneiros da Panair nos anos 1930 até a concessão à Aena Brasil em 2023, a entidade tem cobrado um terminal à altura do potencial turístico e econômico da “Pérola do Tapajós”. Hoje, porém, a Aena insiste em uma reforma tímida — o famigerado “puxadinho” —, desprezando a necessidade de um novo prédio moderno, com Fingers, que permitiriam um acesso mais confortável às aeronaves, dando o conforto e a comodidade que nossos passageiros merecem. Este artigo segue a crítica iniciada em meus dois últimos artigos, denunciando a teimosia no “Puxadinho” e celebrando a mobilização da sociedade santarena.
A participação da ACES: uma história resumida
Desde a sua fundação, sob Manoel Cardoso Loureiro (1945–1946), a ACES pressionou por infraestrutura, incluindo o antigo aeródromo do Aeroporto Velho. Na gestão de Raimundo Lúcio Miranda Medeiros (1979–1980), acompanhou a transição do novo aeroporto para a Infraero. Nas décadas seguintes, com presidentes como Ademilson Macêdo Pereira (1995–1998) e Renato Siqueira e Dantas (2005–2006), a entidade defendeu modernizações, como a reforma de 2016 sob César Duarte Ramalheiro (2015–2016), que ampliou a capacidade para 1,8 milhão de passageiros/ano — ainda insuficiente. Em 2022, Roberto Branco (2017–2022) celebrou a concessão à Aena, mas a promessa de triplicar o terminal (de 1.300 m² para 4.400 m²) revelou-se um remendo, não uma solução.
2023–2024 | A crítica ao “Puxadinho”
Com Alexandre Chaves na presidência da ACES (2023–2024), a proposta da Aena — ajustes no pátio, segurança nas pistas e um aumento modesto no embarque — foi recebida com indignação. Meus artigos em O Impacto deram voz ao descontentamento: Santarém, polo turístico de Alter do Chão e hub do agronegócio, merece mais que um “puxadinho” previsto para 2026. A sociedade ecoou essa crítica, exigindo um novo terminal com infraestrutura para voos internacionais.
2025 | A mobilização ganha força
Em 2025, a pressão popular surtiu efeito. Uma reunião com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, contou com o deputado federal Henderson Pinto, o Secretário Regional de Governo Nélio Aguiar, o vereador Alexandre Maduro e o ex-presidente da ACES Roberto Branco, que apresentaram a proposta da entidade: construir um novo aeroporto, não reformar o velho. A pressão popular e da classe produtiva, catalisaram esse movimento, levando o ministro a se comprometer a discutir o tema com o presidente da Aena. A resistência ao “puxadinho” é mais viva que nunca.
A teimosia da Aena
A insistência da Aena em uma reforma limitada é um insulto à vocação de Santarém. Triplicar o terminal sem ampliar a pista ou construir um novo prédio não atende às demandas de segurança, conforto e capacidade. Uma empresa que gere Congonhas com ambição não pode tratar Santarém como secundária. A comunidade clama por um aeroporto que fomenta o turismo e o comércio, não por mais um remendo.
Esperança e pressão crescentes
Essa reunião com o ministro é um sopro de otimismo. A promessa de diálogo com o presidente da empresa, reacende a esperança de que a Aena reveja sua postura e opte por um novo Aeroporto Maestro Wilson Fonseca. Contamos com o bom senso do presidente da concessionária para ouvir a vontade popular e a proposta da ACES, que reflete o sonho de uma região em ascensão. E a mobilização não para: amanhã, 10 de abril de 2025, às 9h, o vereador Alexandre Maduro realizará uma audiência pública na Câmara Municipal de Santarém para debater a reforma, mais um reflexo da pressão da sociedade e da classe produtiva. Este é outro motivo para o presidente da empresa refletir: Santarém não aceitará um “puxadinho” sem resistência. Que o resultado seja um terminal à altura do nosso futuro.
O Impacto
Pelo que percebo não e o momento de mudar o que já estar escrito, planejado e contratado há vários anos.
lembro que no primeiro semestre do ano de 2022 a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC abriu consulta pública sobre esse processo de Concessão dos Aeroportos da Sétima Rodada, ao qual incluiu o Aeroporto de Santarém/PA.
Durante vários dias ficou em aberto esse processo de Consulta pública e não houve nenhum questionamento sobre os investimentos futuros em Etapas sobre o Aeroporto de Santarém/PA incluso no processo.
Todo o processo de Concessão dos Aeroportos foram bem divulgados em mídias televisivas, escritas, rádios e redes sociais.
Agora depois do processo de Concessão ser realizado por meio de Leilão com toda transparência na Bolsa de Valores de São Paulo e a Empresa AENA BRASIL – BLOCO DE ONZE AEROPORTOS – BOAB ser vencedora, assumiu a Administração do Aeroporto de Santarém em Novembro de 2023, e agora vir essas imposições sobre o projeto que foi declarado e informado em consulta pública no ano de 2022 sobre as formas de investimentos que seriam realizados escalonados.
Pelo que percebo falta um pouco de bom senso dos Governantes da cidade em ter melhor planejamento futuro observando os processos na íntegra desde o início.
Nao pode nesse momento atrapalhar o investimento que a respectiva empresas vai realizar e planejado em anos anteriores sem ter nenhuma imposição.
Pelo que se percebe e que no próximo ano terá Eleições e alguns …………….
Mas não era só privatizar que tudo ficaria mil maravilhas ? Ou a empresa privada está esperando investimento do BNDES?
Mas como mudar uma Concessão de 30 anos agora??? Pelo que pesquisei a AENA vai cumprir o contrato de Concessão com investimentos por etapas, e assim daqui mais umas décadas terá outros investimentos, o processo de Concessão do Aeroporto declarando os investimentos por períodos de anos em etapas foi para consulta pública, e na época não houve nenhuma imposição…….. E agora depois de quase 2 anos que a AENA assumiu a Administração do Aeroporto querem mudar, assim e muito complicado, o Legislativo, Executivo e Associação Comercial deveriam ter visto isso quando ocorreu a consulta pública do processo de Concessão do Aeroporto.