O BOLSONARISMO: MOVIMENTO POPULAR OU DIREITA RAIZ?

Por Manoel Chaves Lima – Advogado tributarista e trabalhista, inscrito na OAB/PA nº 7677, com mais de 26 anos na advocacia cível

Há quem diga que o bolsonarismo é apenas um fenômeno político passageiro. Mas os fatos mostram o contrário. O que começou como um movimento em torno de um homem, transformou-se numa força social e moral que, mesmo sem o poder formal do governo, continua mobilizando multidões em todo o Brasil.

O que explica isso?

O que move milhões de brasileiros a vestir as cores da bandeira, cantar o hino e desafiar a narrativa dominante da mídia e das elites políticas?

A resposta não está em slogans, mas no sentimento profundo de identidade nacional e rejeição ao sistema. O bolsonarismo não nasceu de gabinetes nem de universidades. Ele brotou das ruas, das igrejas, das oficinas, dos quartéis, das escolas e dos lares — lugares onde ainda se reza antes de dormir, se honra a palavra dada e se acredita que o Brasil tem um destino grandioso.

O grito de uma nação cansada

Durante décadas, o povo brasileiro assistiu à política como quem assiste a uma novela repetida: os mesmos atores, os mesmos enredos e o mesmo final — corrupção, escândalos e impunidade.

Quando o bolsonarismo surgiu, ele rompeu o roteiro. Trouxe uma linguagem simples, direta, às vezes rude, mas verdadeira. Falou com o coração do povo. E, enquanto a elite política discutia teorias e ideologias, o cidadão comum queria saber de emprego, segurança, liberdade e respeito à família. E foi nesse vácuo de representação que o movimento encontrou sua força.

O bolsonarismo deu voz ao Brasil esquecido, aquele que trabalha de sol a sol, que acredita em Deus e que não se envergonha de amar a sua pátria.

Foi mais do que um voto — foi um desabafo coletivo, um basta ao sistema que se alimenta da miséria do povo.

Mais que política: um sentimento de pertencimento

O que diferencia o bolsonarismo de outros movimentos é a sua base emocional e espiritual.

Ele não se sustenta apenas em propostas políticas, mas em valores: fé, família, honestidade, patriotismo, liberdade e justiça.

Esses princípios não são apenas bandeiras ideológicas — são pilares da alma brasileira

É por isso que o movimento sobreviveu à tempestade midiática, às perseguições e aos ataques. Enquanto a velha política se apoia em acordos e interesses, o bolsonarismo se apoia na fé e na convicção.

Seus seguidores não seguem um líder cego; seguem um ideal: o de ver o Brasil livre do domínio daqueles que o tratam como propriedade particular.

Direita raiz ou direita conservadora?

Do ponto de vista ideológico, o bolsonarismo é uma direita conservadora nacionalista — mas com alma popular.

Ele reúne conservadores tradicionais (que defendem valores morais e cristãos), liberais moderados (que desejam menos Estado e mais liberdade econômica) e patriotas que, acima de tudo, querem um país soberano.

Mas há algo além da política formal.

O bolsonarismo é o que muitos chamam de direita raiz, porque não negocia princípios. Defende Deus, a pátria, a família e a liberdade não como slogans, mas como compromissos morais.

Enquanto parte da chamada “direita” se mistura ao centrão em busca de cargos e vantagens, a direita raiz mantém-se fiel à coerência — mesmo quando paga caro por isso.

Essa autenticidade é o que mantém vivo o movimento. Porque o povo reconhece quem fala por interesse e quem fala por convicção.

O medo do sistema

O sistema teme o bolsonarismo não pelo que ele faz, mas pelo que ele representa

Teme a ideia de um povo que pensa por conta própria, que não precisa da mídia para formar opinião, nem de políticos para se sentir representado.

Teme a união das famílias nas ruas, o patriotismo que não pede licença, a fé que não se dobra, e o amor à liberdade que não se vende.

Por isso, o movimento é constantemente atacado, criminalizado e ridicularizado. Mas quanto mais o sistema tenta sufocá-lo, mais ele cresce.

Porque o bolsonarismo não é uma ideologia importada — é um sentimento genuinamente brasileiro, enraizado no desejo de ver o país livre da corrupção e do domínio estrangeiro.

O bolsonarismo ultrapassou o seu líder, hoje, é um movimento de consciência cívica e fé na nação. Representa o despertar do Brasil profundo — aquele que trabalha, reza e acredita.

Pode até ser combatido, mas não será extinto, porque nasceu da alma do povo, e não dos arranjos do poder.

E, como toda força nascida do coração do povo, é inextinguível.

Porque o Brasil ainda pertence aos brasileiros — e nenhum sistema pode calar o amor de um povo pela sua pátria.

O Impacto