ÁREAS PROTEGIDAS GARANTEM QUALIDADE DE VIDA E BIODIVERSIDADE EM SANTARÉM
Criada para reforçar a importância da preservação da biodiversidade e do uso sustentável dos recursos naturais e seus espaços de origem, o Dia Internacional de Celebração das Áreas Protegidas é comemorado a cada 17 de outubro. Em Santarém, a data ganha outros contornos por ser um espaço de abrigo para três Áreas de Proteção Ambiental (APAs) municipais, além de unidades federais que, juntas, desempenham um papel fundamental na conservação dos ecossistemas amazônicos.
Por definição, as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) são unidades de conservação de uso sustentável que procuram harmonizar a presença humana com a proteção ambiental. Santarém possui três APAs geridas pelo município (Alter do Chão, Serra do Saúbal e Juá) e unidades federais como a Floresta Nacional do Tapajós, conhecida por Flona do Tapajós, além da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, ambas sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMbio.
Para Luiza Karolina Almeida, chefe da Divisão de Gestão de Unidades de Conservação, essas áreas funcionam como barreiras naturais contra o desmatamento e possuem papel central ma diminuição dos efeitos trazidos pela mudança climática. Especificamente a respeito de Santarém, as APAs, além de proteger a biodiversidade da região, protegem também os recursos hídricos e garantem uma melhor qualidade de vida para a população.
Sobre as APAs de Santarém
APA Alter do Chão
Com uma área que abrange dez comunidades e possui extrema relevância ecológica e turística, é a mais antiga das APAs municipais, criada em 2003. Com 16 mil hectares, sua paisagem mistura floresta e savana amazônica, característica que a deixa vulnerável a incêndios. Pensando na segurança e manutenção da área, um conselho gestor formado por 20 instituições atua desde 2011 definindo diretrizes e acompanhando as ações de conservação e desenvolvimento voltadas à região.
APA do Juá
Mais próxima da área de expansão urbana, foi criada em 2012 com 126 hectares. O principal objetivo é proteger os recursos hídricos e ordenar o crescimento territorial da cidade. O lago é rico em espécies de peixes como o tucunaré e o mapará, mas se vê constantemente ameaçado por invasões e a degradação ambiental que as acompanha. A necessidade de desassoreamento para garantir a qualidade da água e o equilíbrio do ecossistema é outro desafio enfrentado. Em 2017, um conselho gestor foi criado com representantes da sociedade, do poder público e comunidades locais.
APA Serra do Saúbal
Com 154 hectares, está localizada dentro da área urbana da cidade e foi criada em 2011 a partir de uma reivindicação dos moradores dos bairros que a integram (Diamantino, Santo André, Nova República, Bela Vista e Vigia), junto à Pastoral Social da Diocese do município, com a intenção de preservar os recursos naturais e assegurar o uso sustentável do espaço. Com altitudes que variam entre 40 e 160 metros e formada por chapadões, a área e seu entorno é considerada de extremo valor ecológico, geológico e arqueológico. Desde 2012 é gerido por 16 instituições com representantes do poder público, sociedade civil e comunidades locais.
Parque Natural da Rocha Negra
Uma nova unidade que está em processo de criação, o Parque Natural da Rocha Negra é um espaço conhecido por sua queda d’água e pela principal nascente do Igarapé do Irurá, que abastece parte da cidade de Santarém.
A conservação do espaço, dono de águas cristalinas, é considerado vital para a proteção dos recursos hídricos, a valorização do patrimônio natural e o estímulo ao turismo sustentável.
Santarém, como município, reforça seu papel como agente preservador da biodiversidade amazônica. Esses espaços de conservação, mais do que territórios protegidos, são instrumentos que garantirão um futuro sustentável à região e ao coletivo do estado.
Por Rodrigo Neves com informações da Prefeitura Municipal de Santarém
Imagem: Reprodução/Prefeitura Municipal de Santarém
O Impacto


