PROLIFERAÇÃO DE CIANOBACTÉRIAS NAS PRAIAS DE SANTARÉM E BELTERRA É TEMA DE REUNIÃO

No último dia 9 de outubro foi realizada reunião na sede das Promotorias de Justiça de Santarém, pela 13ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, com os representantes das secretarias de Meio Ambiente de Santarém e Belterra, Conselho de Saúde, Ibama e outras instituições, para tratar do estudo realizado pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) nas águas das praias de Alter do Chão e Ponta de Pedras, em Santarém, e Pindobal, em Belterra.

A pesquisa analisou a concentração de microcistinas (toxina produzida por certas espécies de cianobactérias) e a abundância de cianobactérias, investigando uma floração ocorrida em janeiro deste ano, após a identificação de uma massa verde nas águas dessas três praias. O estudo foi feito por professores, técnicos e alunos do Laboratório de Águas e Plantas da Amazônia (Lapam), Campus Oriximiná, e do Laboratório de Estudos de Impactos Ambientais (Leia), Campus Santarém.

O estudo foi apresentado pelo técnico e doutorando Fernando Abreu Oliveira, pela doutoranda Mayerly Alexandra Guerrero e o professor doutor José Max Júnior. De acordo com a promotora de Justiça Lilian Braga, a promotoria recebeu os resultados e instaurou procedimento para acompanhar a situação, convocando a reunião com os órgãos ambientais para a apresentação dos dados e encaminhamentos.

A análise da água coletada em janeiro deste ano mostrou florações formadas com a predominância de cianobactérias, o que indica alterações na qualidade da água. Os pesquisadores informaram que os valores observados estão abaixo do limite recomendado para águas recreacionais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), porém, ultrapassam o limite estabelecido para consumo humano, o que pode trazer riscos à saúde.

Foi deliberado que os resultados do estudo serão encaminhados para as secretarias de Meio Ambiente de Santarém e Belterra e para a Secretaria Estadual de Saúde, apontando a necessidade de monitoramento constante e análise da qualidade das águas, tendo em vista a perspectiva de intoxicação, que pode afetar a comunidade.

A promotoria destaca ainda aos órgãos ambientais, as recomendações da OMS e do Conama para os parâmetros que essa proliferação pode causar à saúde da população e ao comprometimento da qualidade das águas, sendo necessário o diálogo constante com os pesquisadores da Ufopa.

O MPPA solicitará também às secretarias municipais competentes, ações de educação ambiental, plaqueamento das praias em relação à balneabilidade e potabilidade para o consumo público, e divulgação de informações públicas sobre os estudos de contaminação das águas.

O Impacto com informações do MPPA

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