Advogada diz que foi agredida na Estação das Docas
Na noite do último domingo (19), na Estação das Docas, em Belém, foi registrado mais um caso de violência contra mulher. Durante o festival Conexão Belém, a advogada Lorena de Lima foi agredida por seguranças da empresa “Amazona Service”. A agressão foi registrada na Seccional de São Brás e a jovem fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal ainda no domingo.
Segundo relato da advogada publicado no Facebook, ela teria se encaminhado a um dos banheiros químicos que estavam no local. Seriam apenas quatro para atender centenas de pessoas. Os banheiros não estavam sinalizados com placas “masculino” e “feminino”, o que causava dúvidas na hora em que alguma pessoa precisava utilizar o espaço.
Devido a baixa disponibilidade, grande número de mulheres na fila do banheiro considerado feminino e Lorena estava “apertada”, como citou em seu relato, a jovem terminou utilizando o banheiro masculino, que estava livre. Após sair do espaço, foi imediatamente repreendida por um grupo de seguranças que a interpelou verbalmente.
Como Lorena levou sem muita seriedade as interpelações e optou por ignorar a chamada de atenção, já que até mesmo já tinha utilizado o banheiro, um dos seguranças a agarrou pelo pescoço com a mão e empurrou pra trás. A jovem gritou e foi apoiada por amigos que estavam no local. Uma pessoa da Organização Social Pará 2000, responsável pela administração da Estação das Docas, ainda acompanhou o caso, mas não tomou atitude alguma.
Segundo a jovem, após o incidente e minutos de discussão, cinco policiais militares apareceram no local, ouviram os seguranças envolvidos e a jovem. Ninguém foi detido e nem levado à delegacia para prestar depoimentos.
Problemas na Estação são frequentes
Nas últimas semanas, um casal de homens que namorava na Estação das Docas, foi interpelado por policiais militares. Segundo uma amiga do casal, as duas pessoas estavam na área externa de um restaurante no local jantando e conversando. Após se beijarem brevemente, foram abordados por duas policiais que afirmaram que deveriam “parar de fazer aquilo em público, já que era um local de família”, relatou.
A reportagem do DOL entrou em contato com a assessoria de comunicação da OS Pará 2000 para saber como é feita a segurança do local, seja diariamente, seja em shows e festivais e se providências serão tomadas após estes incidentes.
Fonte: DOL