Caminhão joga 30 mil litros de óleo no Rio Amazonas

Fiscais coletam material para análise. Leito do rio atingido pelo óleo
Fiscais coletam material para análise. Leito do rio atingido pelo óleo

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), continua investigando uma denúncia de crime ambiental ocorrida no último domingo, 02, no rio Amazonas, na Comunidade Santana de Tapará. A SEMMA garante que está acompanhando e orientando as ações emergenciais em torno de um vazamento de óleo ocorrido durante o desembarque de um caminhão.

Preocupada com o problema, na quarta-feira, 05, a Colônia de Pescadores Z-20, formulou e protocolou no Ministério Público Estadual (MPE) uma denúncia de crime ambiental pelo acidente ocorrido em Santana do Tapará. A medida tomada pelos pescadores e os moradores da área para tentar coibir o óleo derramado, foi jogar areia nas margens do rio.

Os pescadores afirmam que nenhuma medida foi tomada pelos órgãos competentes. Eles retornaram na tarde de terça-feira, 4, ao local e registraram os prejuízos dos moradores com o impacto ambiental. Segundo a Z-20, o óleo derramado ficou acumulado nas margens do rio e invadiu igarapés próximos. O problema também afetou criações de peixe.

De acordo com a SEMMA, o acidente ocorreu quando o caminhão tanque tentou desembarcar da balsa Camila Transporte de cargas e passageiros, no Porto de Santana. Durante o desembarque, houve o rompimento da válvula do tanque do caminhão, ocasionando o vazamento de aproximadamente 30 mil litros de óleo.

O titular da SEMMA, Podalyro Neto garantiu que os fiscais ambientais monitoram a área via terrestre e aquática, com medidas de contenção para evitar um maior dano ambiental.

“Recebemos a denúncia de que tinha ocorrido um derramamento de derivado de combustível fóssil na área do Porto de Santana do Tapara, cerca de 30 mil litros, a princípio o que a gente chama de piche, que seria óleo diesel. A SEMMA acompanhou e identificamos realmente que houve um dano ao meio ambiente. No local presenciamos inclusive, uma tentativa de ofuscar a parte do problema e também tivemos o cuidado de tentar acompanhar e identificar a dimensão desta mancha” relatou.

A SEMMA vai verificar junto a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-PA), se a empresa possui autorização ambiental para operar no local e se tem licença específica para transportar o produto.

“Estamos agora fazendo todos os procedimentos do enquadramento da autuação, vamos entrar em contato com a SEMA, para verificar se tem licença para transporte do produto de combustível fóssil e ao mesmo tempo vamos notificar a empresa que faz a travessia para prestar as informações”, assegurou.

O Secretário disse, ainda, que o óleo chegou a comunidades do entorno, atingindo vegetação, areia e embarcações. Os comunitários estão sendo orientados a não consumir a água.

“Fizemos o contato com a Secretaria de Saúde e nós observamos que ao longo das margens do rio, nós temos centenas de famílias que consomem aquela água, além de ser um problema ambiental é um problema de saúde pública. A SEMSA já está informada para saber o procedimento que ela irá tomar”, concluiu.

Os responsáveis pelo ocorrido serão autuados conforme a Lei federal 9.605/98 de crimes ambientais.

Por: Manoel Cardoso

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