Sintepp: “Prefeita é intransigente e culpada pela greve dos professores”

O enredo da ópera não fugiu do Script. Depois de uma interminável novela com proposta de negociação de aumento para os profissionais da educação, a prefeita Eliene Nunes acenou com decisão já esperada por todos, dada sua estratégia de protelar uma resposta ao Sintepp. Vencidos os 30 dias proposto pelo Sintepp para que a Prefeitura definisse uma proposta de aumento, na segunda-feira, dia 06, através de sua Procuradoria, em ofício assinado pelo procurador geral do município José Ricardo Moraes da Silva, a resposta foi curta e grossa. A Prefeitura não tem dinheiro para conceder o aumento aos professores porque suas despesas são maiores do que as receitas.
Ao tomar conhecimento da decisão tão logo recebeu o ofício, na terça-feira, dia 7, o Sintepp convocou a categoria e promoveu uma Assembléia para apresentar a proposta zero do governo e colocar em votação. A categoria revoltada com o que considera descaso e falta de respeito da Prefeita para com os educadores, aprovaram por unanimidade o imediato retorno à greve por tempo indeterminado.
Suely Souza, que tem sido firme nas suas críticas e cobranças, disse que a prefeita Eliene Nunes além de intransigente deve ser responsabilizada pela greve, já que os professores esgotaram todas as armas de negociação, mas que agora não há mais clima para conversas nem audiência, mas sim greve até que a Prefeita encontre uma solução para o problema. Sobre os impactos em relação aos novos concursados e inflação, Celso Noronha disse que esse argumento além, de falacioso não tem consistência já que a Prefeitura até hoje não apresentou de forma transparente prestação de contas ao Sindicato
Os sindicalista não abrem mão do aumento e de outras melhorias, já que o salário dos profissionais da educação estão defasados. Para o Sintepp, a Prefeita usou de uma estratégia maléfica para ganhar tempo, mas que não vai surtir o efeito esperado, já que a categoria está disposta a brigar por seus direitos o tempo que for necessário e para isso foi deflagrada a continuidade da greve, interrompida por 30 dias na esperança de que o governo Municipal apresentasse uma proposta de aumento, o que não ocorreu.

FEIRANTES DA BEIRA DO RIO SE REVOLTAM COM PREFEITA: A prefeitura vai enfrentar um grande desafio no processo de remoção de feirantes da Av. Getulio Vargas, sentido Trav. São José. Dentro de sua política estrutural de mobilidade urbana o Município precisa limpar a área para promover serviços de bloqueteamento e asfalto. Esse já é um problema antigo, pois muitas daquelas pessoas que ali trabalham desenvolvem suas atividades há mais de 20 anos.

A reportagem de O Impacto esteve no local na manhã de quarta-feira, dia 08, tão logo os feirantes receberam o documento dando ciência da medida. A feirante Graça Farias, desolada, nos exibiu o a intimação judicial expedida pelo Setor de Tributos, determinando cinco dias para a sua saída, marcada para às oito da manhã de segunda-feira, dia 13. A ação, segundo Sandra Aparecida, chefa do Setor de Tributos, está amparada na Lei Municipal 1.1149- art.100.
Graça Farias diz que já adquiriu a área de outro feirante e que ali trabalha há cerca de cinco anos e, como a Prefeitura apenas determina a saída de sua barraca, não dando alternativa de outro local, ela diz que não sabe como vai tocar sua vida daqui pra frente, além de considerar um prazo exíguo entre 8 a 13 de abril.
A feirante conhecida como Lúcia que já está há duas décadas trabalhando na Feira da São José, disse que não irá sair a não ser que a Prefeitura remova também as barracas da chamada Feira da Pedra a partir do Porto da Balsa, por não considerar justo o que chama de ação com dois pesos e duas medidas. A feirante alega que a Prefeitura não ofereceu nenhuma opção de local e indaga ”Saindo daqui para onde vamos trabalhar?”.
A feira sempre foi motivo de polêmicas pela sujeira que impera no local, recentemente uma matéria produzida pela TV Liberal mostrando acumulo de lixo, ratos e urubus deu ampla repercussão e contribuiu para essa medida considera radical, mas de acordo com o Setor de Tributos, necessária para proporcionar a Itaituba uma beleza paisagística, já que a feira fica às margens do rio Tapajós e causa má impressão para quem chega por via marítima.
Fonte: RG 15/O Impacto e Nazareno Santos