MILTON CORRÊA

OITO EM CADA DEZ INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO PRETENDEM INVESTIR EM TECNOLOGIA NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS

Pesquisa da CNI mostra que os juros altos, o câmbio desfavorável à importação e a falta de trabalhador qualificado são os principais obstáculos aos planos dos empresários do setor

Apesar do fraco desempenho do setor, 80% das indústrias da construção pretendem investir em novas tecnologias nos próximos cinco anos, informa a Sondagem Especial, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 457 empresas do setor. “Os empresários entendem que é importante modernizar os processos de produção e de gestão. Os investimentos em tecnologia elevam a produtividade e aumentam a qualidade das obras, preparando as empresas para ganhar mercado quando a economia voltar a crescer”, diz o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Mas, de acordo com os entrevistados, há uma série de obstáculos aos investimentos em tecnologia. Em um questionário de múltipla escolha, as empresas apontaram, com 54% das menções, as taxas de juros e o câmbio desfavorável à importação como o principal entrave a esses investimentos. Em seguida, com 51% das respostas, apareceram os altos custos de aquisição, manutenção e uso das novas tecnologias e, em terceiro na lista de 12 problemas, foi citada, com 38% das menções, a falta de mão de obra qualificada para operar a tecnologia.

VANTAGENS PARA A INDÚSTRIA E O CONSUMIDOR – Entre os fatores que estimulam a compra de novas tecnologias, as empresas destacam, com 49% das menções, a forte redução nos custos de produção proporcionados por modernos equipamentos, máquinas, materiais ou processos. Outro ponto que facilita a decisão, com 44% das menções, é a existência de fornecedores e assistência técnica na região. Em terceiro lugar, com 35% das assinalações, os empresários elegeram a existência de fontes apropriadas de financiamento, e, quarto lugar, com 33% das menções, aparece à existência de mão de obra qualificada.

Mas na hora de decidir pela compra, os empresários consideram, em primeiro lugar, com 78% das menções, os custos de aquisição e de manutenção das novas tecnologias. Em segundo lugar, com 76% das respostas, a redução dos custos e, em terceiro, com 68% das assinalações, o aumento da qualidade da construção.

A pesquisa mostra ainda que, nos próximos cinco anos, as indústrias da construção pretendem investir principalmente em tecnologia da informação. A Sondagem Especial – Uso de Tecnologia na Indústria da Construção foi feita entre 5 e 15 de janeiro com 457 empresas do setor. Dessas, 130 são pequenas, 221 são médias e 106 são de grande porte.

SEGURIDADE APROVA AMPLIAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DE CONSELHOS TUTELARES

Agencia Câmara de Noticias

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou, o Projeto de Lei 6855/13, do Senado Federal, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/90) para ampliar as atribuições do conselho tutelar.

De acordo com a proposta, o conselho poderá requisitar serviços públicos nas áreas de cultura, esporte e lazer, além dos serviços já previstos hoje – de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança.

Para a relatora da proposta, deputada Erika Kokay (PT-DF), as mudanças previstas no projeto vem em boa hora, “especialmente na prática esportiva e nas atividades de lazer que meninos e meninas aprendem a conviver em grupo, a respeitar regras, a resolver conflitos pacificamente”.

RESPONSABILIDADE

O autor do projeto, ex-senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e hoje governador do Distrito Federal, destaca que o estatuto já prevê, entre os direitos de meninos e meninas, o acesso à cultura, ao esporte e ao lazer.

“No entanto, requisitar os serviços nessas áreas não consta entre as atribuições do conselho tutelar, expressamente definidas no ECA”, completa.

Conforme o estatuto é responsabilidade das prefeituras a criação e a manutenção de pelo menos um conselho tutelar em cada município brasileiro, com cinco conselheiros escolhidos pela comunidade. O órgão tem a função de tomar providências em casos de ameaças ou violação dos direitos da criança e do adolescente.

TRAMITAÇÃO

A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVA FINANCIAMENTO DO PROUNI E FIES PARA CURSO A DISTÂNCIA

Agencia Câmara de Noticias

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto que permite ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e ao Programa Universidade para Todos (Prouni) financiar estudantes matriculados em cursos de graduação a distância (PL 5797/09). Atualmente, os dois programas financiam somente cursos presenciais.

O projeto é de autoria do deputado Felipe Maia (DEM-RN) e recebeu parecer favorável da relatora na comissão, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO).

Ela destacou que o texto dará segurança jurídica para que os alunos de curso a distância pleiteiem bolsas do Prouni e financiamentos do Fies. Dorinha Rezende argumentou que o ensino a distância tem evoluído no Brasil, com oferta de cursos de boa qualidade.

“Trata-se de uma opção que representa praticidade e economia de tempo para o aluno, bem como uma alternativa para estudantes de cidades do interior que não dispõem de faculdades públicas ou privadas”, disse a deputada.

O projeto aprovado altera as leis de criação do Fies (Lei 10.260/01) e Prouni (Lei 11.096/05).

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