Denúncia – Caçamba roubada presta serviços para prefeitura de Itaituba

Caçamba apreendida em blitz
Caçamba apreendida em blitz

Durante uma blitz de rotina realizada na noite de sexta-feira, dia 12, as polícias Civil e Militar aprenderam uma caçamba que seria sido roubada. A mesma estava carregada de entulhos.

Quando abordado, o motorista do veículo afirmou que estava trabalhando para a prefeitura de Itaituba e que iria pegar os documentos do veículo, e sua habilitação. Mas para surpresa dos policiais, o motorista sumiu e não retornou com os supostos documentos, levantando suspeitas de irregularidades.
A caçamba, que seria de uma empresa que presta serviços para a prefeitura de Itaituba (com placa de São Paulo), se encontra em frente à 19ª Seccional de Polícia, até que o mistério seja desvendado.

O episódio tornou-se um prato cheio para a CPI da Câmara Municipal, que já investiga dezenas de placas frias detectadas em notas fiscais e agora está também acompanhando o trabalho da Polícia para saber para qual empresa prestadora de serviços o veículo estava trabalhando. Quem está à frente desse misterioso caso é o delegado João Milhomem. Ainda houve uma tentativa malograda para liberação da caçamba.
MULHER DENUNCIA ESQUEMA DE VENDA DE CASAS NO PROGRAMA “MINHA CASA MINHA VIDA”: A Caixa Econômica Federal que esteve na Câmara Municipal de Itaituba, representada pela gerência local, desmistificou qualquer tentativa da Prefeitura de escamotear o fracasso dos cadastros elaboradas pela sua Diretoria de Habitação. O gerente da Caixa, Jorge Luiz, foi taxativo ao informar que quem tem total responsabilidade no preenchimento e critério de seleção nos cadastros é a Prefeitura, através da Diretoria de Habitação
O gerente local confirmou que das quatro mil pessoas cadastradas a Prefeitura enviou para a agência da CEF apenas mil e trezentos cadastros, (30%) sendo que trezentos deles excedentes. Além da CEF, diversos representantes de entidades estiveram presentes na Câmara, sendo muito criticada a ausência de representantes do Ministério Público Estadual e da diretora de habitação Fátima Rosa.

Na mesa de trabalhos representando a Prefeitura estiveram a advogada Nayà Fonseca e o procurador Ricardo, que responderam a vários questionamentos que foram feitos em dois blocos de perguntas, com dois minutos para cada manifestante. A audiência atraiu grande número dos que anseiam por entrar no programa “Minha Casa, Minha Vida” no residencial Wirland Freire, sendo maioria constituída de mulheres.
A CEF que foi a mais questionada também explicou que o Programa reserva 3% para deficientes e idosos, além de que oficializado o contrato o contemplado não pode vender, nem alugar, a não ser que pague integralmente as parcelas.
Mas foi colocada a questão do residencial Piracanã que tem muitas casas fechadas, outras foram vendidas com propostas, de quem esteja alugando perca seu direito e a casa seja repassada para quem de fato se integre ao perfil do programa.
Mas o principal fato que quebrou a rotina da audiência foi a denúncia de uma mulher de prenome Milla, que de súbito adentrou no plenário da Câmara e disse que estava ali fazendo uma denúncia grave. Ela afirmou mostrando uma certidão de nascimento que uma mulher de prenome Márcia, que trabalhava na Semda, vendeu para ela e várias outras pessoas casas do programa “Minha Casa minha Vida”.

A denunciante disse que quando alegou que não tinha filhos foi orientada por Márcia a falsificar a certidão de nascimento de uma criança para que pudesse se passar como filho e assim foi feito com um sobrinho. Após a denúncia, a mulher foi retirada rapidamente do plenário por assessores da prefeita Eliene Nunes. Ela mostrou, inclusive, documento da Caixa aonde provou que conseguiu comprar a casa através de fraudes. Muitos consideram muito grave a denúncia e esperam que a mesma seja investigada e punida a mulher tida como vendedora das casas.
Pelo jeito não houve interesse de se apurar a fundo essa denúncia, já que a mulher deixou claro que não precisava da casa, mas não achava justo esse tipo de fraude. A denúncia se refere a cadastros de 2013, na gestão da prefeita Eliene Nunes.
Depois desse reboliço e de vários protestos, a Audiência terminou com a assinatura de um documento aonde se comprometeram em fazer o adiamento da entrega das casas até que seja feita uma devassa, um pente fino nos cadastros (com aval dos representantes da Prefeita) para que sejam retirados os nomes daqueles que não tem necessidade e estão querendo burlar um programa social voltado à população pobre.
Por: Nazareno Santos
Fonte: RG 15/O Impacto

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