Padre: “Governador Jatene abandonou região Oeste do Pará”

Padre Edilberto Sena denuncia descaso de Simão Jatene com região e critica atraso de obras do Estado em Santarém, como Ginásio Poliesportivo
Padre Edilberto Sena denuncia descaso de Simão Jatene com região e critica atraso de obras do Estado em Santarém, como Ginásio Poliesportivo

A falta de atenção por parte do governador Simão Jatene (PSDB) em relação à falta de ações de desenvolvimento para a região oeste do Pará, onde se localiza a Cidade de Santarém, a terceira mais populosa do Estado, motivou o padre Edilberto Sena a tecer duras críticas ao gestor estadual.

Nos últimos anos, segundo o religioso, o governador Simão Jatene esqueceu totalmente Santarém e região, onde obras importantes foram paralisadas ou caminham a passos lentos, como o Estádio Colosso do Tapajós, o Ginásio Poliesportivo, a Escola Tecnológica e dezenas de escolas públicas, que passam por problemas na estrutura e também com a falta de segurança pública.

“Mas, outro fato também me chamou a atenção. Nas últimas semanas tem havido uma intensa propaganda do governo do Estado do Pará nas emissoras da região. Com sugestivo título de, Prestando Contas, o governador Simão Jatene fala ao povo paraense, como ele enfatiza, sobre as obras de seu governo. Num programa de cinco minutos de segunda a sexta-feira, ele anuncia o que faz pelo Pará. No entanto, Estado do Pará para o senhor Jatene inclui, Belém, Igarapé Miri, Castanhal, Marajó e redondezas. Ao inaugurar uma avenida dentro da cidade de Belém, ele enfatiza que agora o povo do Pará tem outra via de acesso à cidade com 10 ou 15 quilômetros asfaltada, iluminada e mais detalhes”, dispara padre Edilberto.

Ele enfatiza que “o povo do Pará” na visão do governador Simão Jatene, são apenas as pessoas que moram na Região Metropolitana de Belém e demais cidades das redondezas da Capital. “No programa prestando contas, é visível o desprezo do Governador pelo oeste do Estado e por Santarém, em especial. Aqui na região ele mandou inaugurar uma ponte no rio Curuá, mas o resto da estrada que liga desde o município de Prainha, passa por Curuá, até Faro, está quase intrafegável, no verão são buracos e poeira; no inverno, lama e lagoas da chuva. Em Santarém, as obras iniciadas em seu governo ainda no primeiro mandato, estão paradas ou inacabadas. Ginásio Poliesportiva, Escola Tecnológica, Estádio Colosso do Tapajós, obras da Cosanpa, entre outras”, aponta padre Edilberto Sena.

Ele questiona o verdadeiro motivo do Governador virar as costas para a região oeste do Pará, onde grande parte da arrecadação estadual acontece em Santarém e cidades vizinhas. “Qual será o motivo dele ignorar metade do Estado do Pará? Terá sido por causa do plebiscito de emancipação, que ele lutou pessoalmente contra? Terá sido por que foi pouco votado na última eleição? E como será o comportamento dele e de seus correligionários no próximo ano, durante a campanha por votos a vereadores e prefeitos? Como seus amigos candidatos vão pedir votos aos eleitores dos 15 municípios do Oeste do Pará? E como os eleitores e as eleitoras vão responder aos amigos do governador do Parazinho? Quem viver até lá poderá prestar atenção”, interrogou padre Edilberto.

Para ele, o que se percebe de fato, é que hoje, somente os movimentos populares organizados têm capacidade de resistir e mudar a realidade dura para com os povos da região. “Sem pressão não há solução”, argumentou padre Edilberto Sena.

OBRA EM ATRASO: Em julho do ano passado, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) anunciou que a inauguração da Escola Tecnológica seria no segundo semestre ainda de 2015. Na época, a Seduc garantiu que o prédio estava em fase de acabamento. A obra está atrasada há pelo menos três anos. A previsão inicial do governo era inaugurar o espaço ainda no primeiro semestre de 2013.

A instituição de ensino está sendo construída no cruzamento das rodovias Fernando Guilhon (que dá acesso ao aeroporto) e Everaldo Martins (que dá acesso à vila de Alter do Chão). Passado um ano do anúncio da Seduc, a Escola Tecnológica ainda não tem previsão para ser inaugurada. Quem chega ao local, constata que a obra está sendo realizada a passos lentos.

PROMESSA NÃO CUMPRIDA: Após alguns meses de paralisação, as obras no Estádio Colosso do Tapajós foram retomadas em abril deste ano. Na época, o estádio estava com a reforma paralisada há cinco meses, desde o dia 19 de novembro de 2014.

As obras começaram em abril de 2013 e a primeira previsão de entrega era para meados do ano passado. Agora, a expectativa é de que a reforma fique pronta em 2016. A primeira etapa das obras foi orçada em R$ 18, 9 milhões. Hoje, quem trafega às proximidades do Colosso do Tapajós, observa que poucos operários trabalham na obra.

RG 15 / O Impacto

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