“Pacotaço” de Jatene emperra na Alepa

A prisão do filho do governador Simão Jatene (PSDB) parece já ter tido efeito dentro do Legislativo. A reunião conjunta entre as comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Controle Financeiro e Orçamentário (CCFO) da Assembleia Legislativa, marcada para hoje de manhã, precisou ser cancelada por falta de quórum. Com isso, o “pacotaço da maldade” segue impedido de ir à votação no plenário, a apenas dois dias do encerramento dos trabalhos.

A base aliada do tucano simplesmente debandou: só quem esteve presente para a reunião foram os deputados Sidney Rosa (PSB), admitidamente contra o conjunto de medidas que aumenta a tributação e modifica o regime previdenciário; o líder do PMDB, Iran Lima; e o presidente da CCJ, Raimundo Santos. Com o semestre legislativo previsto para ser encerrado na quarta, dia 21, o pacote precisaria tramitar pelas comissões pelo menos até amanhã de manhã, para que houvesse tempo hábil de duas sessões para debate e votação.

A prisão de Alberto Jatene, na última sexta-feita, dia 18, por suspeita de envolvimento em um esquema de royalties de exploração mineral, pode ser o que faltava para que seja enterrada, pelo menos até o ano que vem, a discussão de uma série de projetos de lei de autoria do Executivo que deram o que falar nas últimas duas semanas. Dentre os pontos mais polêmicos estão o aumento do percentual de cobrança do ICMS, aumento da contribuição ao Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (Iasep) de 6% para 9% e reforma do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará (Igeprev).

Fonte: Carolina Menezes/Diário do Pará

 

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