Alcoa e comunidade intensificam neutralização de emissões
Lideranças da Alcoa e comunitários participantes do programa Locomotiva Verde
Dona Eliana Sousa de Sousa, mãe de nove filhos, mora há 40 anos na comunidade Galileia, região de Juruti Velho e só agora começa a realizar um dos maiores sonhos da vida dela, que era ver seu terreno reflorestado e livre das manchas abertas pelo desmatamento feito ao longo das décadas pelos próprios comunitários para o plantio de mandioca.
Ela é uma das participantes do projeto Locomotiva Verde, desenvolvido pela Alcoa, que possui atividades de mineração em Juruti, numa parceria com o Instituto Vitória Régia, com o plantio de 10 mil mudas de espécies florestais nativas da região amazônica. Neste ano, a quantidade de mudas plantadas será de 30 mil o que faz Dona Eliana comemorar: “Não estou fazendo esse plantio para mim, mas penso no futuro e sei que meus filhos e netos vão colher os frutos dessas árvores”.
O projeto, apoiado pela Alcoa Foundation em parceria com o American Forest, foi iniciado em março de 2016, com o plantio de 10 mil mudas de árvores em seis hectares na comunidade Galileia, beneficiando 40 pessoas. Ao longo de 20 anos, essas mudas irão compensar 1.600 toneladas de CO2 emitidas pela locomotiva que é responsável pelo transporte de bauxita entre a mina e o porto para o embarque do minério. Na segunda fase do projeto, a área plantada vai atingir mais 18 hectares, com 30 mil mudas plantadas, em cinco comunidades de Juruti Velho, o que permitirá compensar mais 4.800 toneladas de CO2.
“Estamos na fase de planejamento e escolha das espécies, que têm que ser também de interesse da comunidade para que ela se beneficie dessas árvores quando estiverem grandes, seja extraindo o fruto ou alguma essência, sem as derrubar”, explica uma das responsáveis pelo projeto, a engenheira florestal Susiele Tavares, acrescentando que cada produtor faz o seu próprio levantamento das espécies a serem plantadas.
O coordenador do projeto, Engenheiro de Produção da Alcoa Juruti, Kaio Coutinho, explica que o objetivo é compensar todas as emissões de CO2 nas operações da empresa em Juruti. Segundo ele, com um total de área plantada para 24 hectares, e 40 mil árvores, a empresa estará compensando as emissões de CO2 da locomotiva dos primeiros quatro anos de operação, ou seja, 2009 até 2012. “O objetivo é superar as emissões da locomotiva e depois partir para outras áreas de operação como britagem, planta de lavagem, captação e porto, tornando a unidade Alcoa Juruti 100% neutra em emissões de CO2 e, quem sabe, expandir para outras unidades da Alcoa no mundo”, disse.
Essa ideia é compartilhada pelo presidente da Alcoa Brasil, Otavio Carvalheira. Segundo ele, esse é o tipo de projeto que precisa ser replicado milhares de vezes, pois é um exemplo de parceria com a comunidade para realizar a neutralização de emissões de carbono. “Este é um processo perene, onde as próximas gerações serão beneficiadas e deverão dar continuidade”, acrescenta.
O diretor do Instituto Vitória Régia, Alex Santos, considera essa parceria com a Alcoa extremamente importante, por envolver ações de sustentabilidade e preservação da natureza. “A partir de agora, estaremos sempre observando as oportunidades de conciliar as ações dos Planos de Controle Ambiental em que estamos envolvidos na execução com a atividade de recuperação de áreas degradadas, que são numerosas aqui em Juruti”, finalizou.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/Alcoa