Soluções para a Cidade de Santarém
*Por José Ronaldo Dias Campos
Texto escrito no ano 2007, oportunidade em que divulgavam a possibilidade do município lotear o espaço onde hoje se situa o “Parque da Cidade” para a construção de casas populares. O Parque e o minúsculo praceamento da Vera Paz estão aí. Já a madeira apreendida pelo Ibama pegou fogo. Se esse povo me escutasse!.
Urge, para desenvolver um projeto urbanístico inteligente para Santarém, sem olvidar o plano diretor, o mapeamento da cidade com o fim de localizar espaços físicos apropriados à implantação de futuros equipamentos públicos e sociais, a exemplo do que ocorreu com a extinta Tecejuta, desapropriada para a construção do terminal fluvial local. O mesmo deve ocorrer (espero) com o terreno onde funcionava a antiga estação da Celpa, na confluência dos rios Tapajós e Amazonas, apontado pelo violonista Sebastião Tapajós como ideal para a edificação do nosso teatro.
As extensas áreas urbanas preservadas pelo Exército e Aeronáutica – ainda bem – quando devolvidas ao município, devem servir indistintamente ao interesse da coletividade (passeio público, parque, bosque, praça, escola pública etc.), não se permitindo, em hipótese alguma, a invasão/ocupação com fins eleitoreiros.
A arborização ordenada da cidade, mediante projeto elaborado por profissional ou empresa com reconhecida experiência no ramo, mantido o horto público para a sua preservação, impõe-se com a necessária urgência.
A área colada à Cargill, na Vera Paz, bem que poderia ser praceada pela multinacional, como forma de minimizar a perda da saudosa praia apagada do mapa com a edificação do porto graneleiro.
A madeira apreendida pelo Ibama, cujo destino é o perdimento, depositada no pátio ao lado da sede local, na avenida Tapajós, à mercê do tempo, poderia ser utilizada, a requerimento do município ou de outras instituições sociais, para a construção de pontes, casas populares, escolas etc.
O empresariado local também poderia patrocinar a substituição da cruz de madeira, que foi destruída pelo fogo, da “Serra Piroca”, por outra ainda maior, bem trabalhada, iluminada, ou pela imagem da padroeira de Santarém (Nossa Senhora da Conceição) ou de Alter do Chão (Nossa Senhora da Saúde), abençoando os que chegam e saem da cidade.
Coadunando progresso com preservação, Mapiri e Maicá, da mesma forma, precisam de atenção especial por parte do poder público, sob pena de degradação, a exemplo do que ocorre com os igarapés que circundam a cidade.
E a Rocha Negra, bela área de preservação situada no coração de Santarém, com queda d’água em seu interior, adquirida pelo município da família Liebold, que fim levou?
(…)
Prossiga, o rol é exemplificativo, pode sugerir, emendar, corrigir, criticar, pois ao final, tudo soma, quando se tem bom propósito.
O Impacto
Temos tantas áreas que precisam ser revitalizadas e tantas outras que poderiam ser aproveitadas. Na rodovia Santarém/Cuiabá, por exemplo, tem uma área militar gigantesca que poderia ser utilizada pra construção de um parque, praça ou área de lazer, e, ainda assim, sobrar um bom espaço da área militar. Poderiam, também, fazer algum projeto pra população na serra da embratel, revitalizar o mercado de peixe no bairro uruará também seria uma ótima ideia. Opções de lugares temos aos montes, o que falta é um bom planejamento e a execução.