Hemocentro em Santarém garante transfusões a paciente que esperava por transplante

“É uma superação. O Hemopa foi decisivo. A dedicação dos profissionais envolvidos desde a assistência, integração com as demais instituições do Estado do Pará, não deixam dúvidas de que a engrenagem funciona”. A avaliação da médica Selma Soriano, do Hemocentro de Santarém, no Oeste do Pará, reitera a importância do trabalho realizado pela Fundação Hemopa na preservação de vidas.

Selma Soriano acompanhou o caso clínico do menino Emanuel Belo Jardim, 4 anos, que recebeu o suporte transfusional antes de se submeter, no último dia 25 de novembro, ao transplante de medula óssea em São Paulo (SP). Natural de Santarém, no oeste paraense, o menino passou por um tratamento intenso contra leucemia, precisando de quimioterapia a cada três meses, além de transfusão de glóbulos vermelhos e plaquetas.

A família conta com o apoio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), garantido por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A mãe de Emanuel, a digital influencer Emília Belo, comemora a nova etapa do tratamento do menino. Ela precisou mobilizar mais de 200 doadores de sangue e componentes sanguíneos para o Hemocentro de Santarém. A doação voluntária foi fundamental para a sobrevivência do menino, enquanto não encontrava um doador compatível de medula. E o doador de medula foi selecionado após verificação de exames, com a participação do Hemocentro.

Atendimento especializado – A satisfação de acompanhar o caso clínico do paciente Emanuel está relacionada à oportunidade de atendimento especializado na área de Hematologia e Hemoterapia através do Hemopa e do Sistema Único de Saúde (SUS). O paciente Emanuel tem Leucemia Linfoide Aguda de Linfócitos T, rara e muito agressiva, que depende de quimioterapia a cada três meses para sobreviver. E, depende de transfusão de componentes sanguíneos, como glóbulos vermelhos e plaquetas, que sustentaram a vida deste paciente no período mais crítico”, contou a médica.

O transplante foi realizado em novembro e já apresenta confirmação de que não houve rejeição da medula. “Viemos para São Paulo em junho, já com o transplante de medula óssea marcado. Porém, o Emanuel teve muitas recaídas ao longo de três anos de tratamento, e quando chegamos a doença voltou”, disse Emília. O menino passou por vários períodos de internação, chegando a ser intubado.

Foram dois anos e oito meses de tratamento. A atuação da mãe na internet foi importante para reforçar a importância da doação de sangue e de medula óssea. “Meu trabalho ajudou a resolver algumas situações, e muitas pessoas me procuram hoje para falar sobre doação”, ressaltou Emília Belo.

A trajetória de superação de Emanuel ficou conhecida em Santarém por conta da divulgação nas redes sociais. “Essa experiência me ensinou sobre fé, a se colocar no lugar das pessoas, ajudar, e estou muito feliz porque é uma vitória olhar para ele com saúde, com a medula nova depois de tantos anos de sofrimento”, acrescentou a mãe da criança.

Referência – O Brasil é referência mundial na área de transplantes, e mantém o maior sistema público de transplantes do planeta. Atualmente, quase 96% dos procedimentos no País são financiados pelo SUS. Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Os pacientes recebem pela rede pública de saúde assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. (com informações da Agência Pará)

O Impacto

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