Taxista comete suicídio no Rio Tapajós
Um grupo de pescadores encontrou por volta da 09h da última terça-feira, 09, boiando nas águas do rio Tapajós, em frente ao Museu João Fonna, na orla de Santarém, o corpo do taxista Gilberto dos Santos, de 44 anos. Ele havia desaparecido desde a tarde de segunda-feira, de sua residência, localizada na Avenida Curuá-Una, bairro do Santíssimo. O corpo de Gilberto foi resgatado pelo seu irmão Josenildo dos Santos, com ajuda de homens do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC).
O trabalhador Josenildo dos Santos conta que Gilberto há cerca de três anos sofre do problema de depressão e, que recentemente estava se tratando em Manaus, mas retornou para Santarém e, desde a hora em que desapareceu, fez procuração por seu irmão até às 02h de terça-feira, nos locais onde poderia encontrá-lo, porém, não obteve êxito.
Após ficar sabendo por intermédio
de sua irmã de que haviam encontrado um corpo boiando no rio Tapajós em frente ao Museu João Fonna, Josenildo relata que se dirigiu ao local e constatou que se tratava de Gilberto.
“Sempre quando fugia, Gilberto se dirigia à orla da cidade. Aí a gente vinha e levava ele de voltava, mas terça-feira meu irmão não estava aqui. Ele deve ter dado um tempo em outro lugar e, tudo consta que se jogou, porque está todo machucado, principalmente próximo a sobrancelha”, supõe Josenildo.
Segundo ele, sua irmã e sua mãe eram quem cuidavam de Gilberto, devido ao problema de depressão, o qual nos próximos dias iria voltar para Manaus para fazer mais uma etapa do tratamento contra a doença que sofria. Josenildo afirma, ainda, que Gilberto se sentia com vergonha dos amigos em vê-lo assim e, que por isso não gostava de ficar no CAPs, porque tinha receio das pessoas imaginarem que apresentava problemas mentais.
“Ele não tinha problemas mentais, era consciente do que fazia. Não sei se a intenção dele era se matar, porque já havia feito três tentativas de se enforcar, mas nunca tinha dado certo. Na última investida o vizinho chegou a tempo e cortou a corda”, detalhou.
Por: Manoel Cardoso