Queda do avião ainda é mistério para a Força Aérea
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Força Aérea Brasileira (FAB) continuam investigando as causas de um acidente envolvendo um avião bimotor, prefixo PT-DBM, modelo Piper PA-31, marca Turbo Navajo, que aconteceu no final do mês passado no Distrito de Porto Trombetas, Município de Oriximiná, Oeste do Pará.
O avião fez um pouso forçado dentro de um lamaçal nos arredores do Distrito de Porto Trombetas. Investigadores da Superintendência de Polícia Civil do Baixo e Médio Amazonas, que retornavam de uma operação na Calha Norte presenciaram o avião sendo transportado em uma balsa para Santarém. O fato aconteceu há cerca de duas semanas.
Durante o acidente, os pilotos civis Roberto Busellato e Paulo Zarutzki tiveram ferimentos leves. Eles são natural de Curitiba, no Paraná e foram resgatados com vários golpes e lama nos olhos. Após receberem os primeiros socorros no local do acidente por homens da FAB, os dois pilotos foram conduzidos de helicóptero para Porto Trombetas, onde foram atendidos por uma equipe médica e, depois de receberem atendimentos especializados, foram liberados para voltar a sua terra natal.
Informações obtidas pela equipe do RG 15/ O Impacto, registram que um dos tripulantes da aeronave conseguiu entrar em contato com o Controle de Tráfego de Santarém via telefone satelital dizendo que estavam próximos às margens do Lago Erepecu. Segundo a FAB, a aeronave realizava aerolevantamento (produção de mapas com fotos aéreas) nas proximidades da região de Porto Trombetas quando teve de pousar em razão de uma pane no motor e de pouco combustível, na tarde do dia 31 de outubro último. O pouso forçado foi comunicado ao Controle de Tráfego de Santarém, no Pará, por volta das 14h30m, no horário local.
Aeronave afundou na lama- Um dos pilotos, Roberto Busellato contou que no momento do pouso forçado no leito do rio encontrou um poço no trajeto, o que provocou o afundamento do nariz do avião e levantamento da cauda. O para brisas quebrou e os ocupantes foram atingidos pela lama, inclusive nos olhos. Quando o resgate chegou – cerca de uma hora e meia após o acidente – eles não conseguiam enxergar o helicóptero de salvamento, apenas ouvir o ruídos das hélices. “Nascemos de novo. Não víamos direito. Só ouvimos o barulho do helicóptero porque nossos olhos estavam enlameados. O pessoal do resgate salvou a nossa vida”, revelou Busellato.
A operação de resgate contou com apoio por terra conduzido pelo Cindacta 4, em Manaus (AM), que informou o sinal eletrônico emitido pelo avião acidentado via satélite, e uma equipe especializada em busca e resgate da FAB foi avisada e realizou o resgate com um helicóptero H-60 Black Hawk.
Por: Carlos Cruz