Alcoa descarta refinaria no PA devido o custo da energia

Franklin Feder, presidente da Alcoa, descarta implantação de refinaria

A produtora de alumínio Alcoa não vai instalar uma refinaria de alumina ou uma fundição de alumínio em sua mina de bauxita Juruti, no Pará, em razão dos altos custos da energia elétrica no Estado. A informação é do executivo-chefe da companhia para a América Latina, Franklin Feder. “Não há nenhum custo de energia compatível com o da região”, declarou Feder, durante um congresso de mineração em Belém, no Pará.

A Alcoa iniciou as operações na mina de bauxita de Juruti em 2009, com capacidade inicial de produção de 2,6 milhões de toneladas por ano de bauxita, a matéria-prima para a produção de alumínio. A bauxita da mina é processada hoje em alumina e alumínio primário na refinaria e fundição Alumar, localizada em São Luís, no Maranhão, na qual a Alcoa é parceira.

Antes do início das operações da mina, foi previsto que a capacidade de produção de Juruti poderia ser ampliada para entre 4 milhões e 6 milhões de toneladas por ano de bauxita, com a inclusão posterior de uma refinaria no local. Globalmente, o alumínio ainda está sofrendo uma “ressaca” após a recente crise econômica, porque o petróleo e os preços da energia subiram substancialmente desde então. Isso não tem se refletido nos preços do alumínio, um produto que faz uso intensivo de energia elétrica, ressaltou o executivo.

No entanto, as reservas comerciáveis de bauxita da China podem se esgotar em 5 ou 7 anos, o que poderia fornecer algumas oportunidades de mercado muito interessantes para os produtores de bauxita e de alumínio em todo o mundo, disse Feder. As informações são da Dow Jones.

Da Redação

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