Aumentam denúncias contra PM’s de Itaituba
Major Mardoch, titular da Corregedoria do CPR 1, comemora junto a seus comandados e à população a conquista de uma nova sede para a Corregedoria, na Travessa Rosa Passos 1486, em Santarém, porém, nem tudo é motivo de alegria para o Corregedor da Polícia Militar em Santarém. A Corregedoria, segundo informou o Major, responde por duas regiões: Santarém com seus municípios circunvizinhos: Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Juruti, entre outros e o CPR-10, que também é subordinado ao CPR-1, que abrange a cidade de Itaituba e seus municípios vizinhos, a exemplo de Novo Progresso e Castelo dos Sonhos. “Uma área bastante extensa”, disse o Major. “Felizmente na área do CPR-1 em Santarém, o índice de ocorrência envolvendo militares tem reduzido”, disse o Corregedor, ressalvando que, “ainda existem alguns problemas na área de comportamento social, que estamos procurando sanar, através de orientação e palestras, fazendo ver ao policial que ele é um cidadão e parceiro da Corregedoria, e tem que zelar por sua conduta”.
Em Itaituba, ao contrário, os índices de abuso de autoridade cometidos por policiais, tem aumentado. “Talvez pela grande distância, temos tido alguns problemas de ordem operacional, muitas vezes o policial tem praticado alguns excessos, principalmente abuso de autoridade, movido pela ânsia em querer resolver o problema, acaba extrapolando sua autoridade”, explicou.
Em relação a ação da Força Nacional, da qual ele próprio foi parte integrante, composta pelas polícias Civil, Militar e Forças Armadas, que excluiu grande maioria dos traficantes, principalmente no cerco ao Morro do Alemão, o Major PM Mardoch, observou: “Junto com essas ações, temos que melhorar o acesso das forças de segurança, melhorando as tecnologias, principalmente em informação, equipamento, armamento, para que possamos junto com outros órgãos, como Justiça e sistema penitenciário e principalmente a sociedade organizada, dar-mos uma resposta eficiente para situações tão graves, a exemplo do tráfico de drogas”, ressaltou. “Precisamos ter leis muito mais severas, a exemplo do que foi feito na Itália, para que as pessoas reconhecidamente envolvidas pelo tráfico, que fazem parte do alto escalão do crime organizado, os mandantes, estes sim, possam ser responsabilizados e tenham seus bens e todos recursos à sua disposição, que sejam interditados pelo Estado, para que possamos cortar a principal veia de alimentação do tráfico, que é o dinheiro. E a melhor forma de fazermos isso, é através de uma legislação forte”, ressaltou Major Mardoch.
Sobre a imprensa, que em determinadas ocasiões chegou a idolatrar os chefões do tráfico, Major Mardoch fala que “todos nós como sociedade, temos responsabilidades em maior ou menor grau, principalmente no que diz respeito ao trato com a informação. Eu conversei com muitas pessoas no Rio de Janeiro, inclusive crianças, que disseram que vida boa é do gerente do tráfico, porque tem muitas namoradas, muito dinheiro e carros. Conclusão: acaba-se criando no subconsciente da população que o tráfico de drogas traz muitas vantagens, pouco se divulga dos riscos, dos males que traz para a sociedade”, finalizou.
Por: Carlos Cruz