Bruno e mais três réus vão a júri por desaparecimento e morte de Eliza
Bruno e mais três réus acusados do desaparecimento e morte de Eliza Samudio vão a júri popular. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (17), pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Não há previsão de data para o julgamento, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cabe recurso da decisão.
Dayanne de Souza, Fernanda Gomes de Castro, Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques e vão ser soltos. Eles vão responder por sequestro e cárcere privado em liberdade, assim como Flávio Caetano Araújo, que conseguiu um alvará de soltura no dia 26 de novembro e foi liberado no dia seguinte.
Réus | Acusações |
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VÃO A JÚRI POPULAR
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Bruno Fernandes
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
O goleiro Bruno é considerado pela polícia o mandante do desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Ele teria tido um caso com a jovem, que abriu um processo na Justiça, em 2009, para provar que Bruno é pai de seu filho. |
Luiz Henrique Romão, Macarrão
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, teria, segundo o o inquérito policial, sequestrado Eliza no Rio de Janeiro e trazido a jovem para Minas Gerais, junto com o adolescente que já cumpre medida socio-educativa por infrações similares a sequestro.
Macarrão teria levado Eliza para o lugar onde ela foi executada, segundo a polícia, junto com o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Macarrão é amigo de infância de Bruno. |
Marcos Aparecido dos Santos, Bola
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi indiciado pela Polícia Civil como o executor de Eliza. Ele teria indicado o local para o assassinato da jovem, e a matado. |
Sérgio Rosa Sales
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, esteve no sítio do goleiro, em Esmeraldas, na Grande BH, nos dias em que Eliza foi morta, segundo a polícia.
Sales disse que viu Eliza viva no sítio, e que ela estava machucada. Sales mudou várias vezes sua versão para o caso em depoimentos à polícia e à Justiça. |
OUTROS DENUNCIADOS
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Dayanne de Souza
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
Dayanne de Souza é ex-mulher do goleiro Bruno. Ela ficou, segundo a polícia, com o filho de Eliza no sítio do goleiro, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no dia da execução de Eliza e nos dias seguintes.
Dayanne escondeu, também segundo a polícia, a criança com conhecidos na Grande BH. Wemerson Marques, o Coxinha, e Flávio Caetano estiveram com Dayanne e a ajudaram a esconder a criança. |
Fernanda Gomes de Castro
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
Ao programa Mais Você, Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada de Bruno, contou que cuidou do bebê de Eliza no Rio de Janeiro no dia 4 de junho de 2010, antes de Eliza ser levada da capital fluminense para Minas por Macarrão e pelo menor.
Na vinda para Minas, Fernanda acompanhou o carro de Macarrão, segundo o inquérito policial, junto com Bruno. Ela, o goleiro, Macarrão, o menor, Eliza e o filho passaram uma noite em um motel em Contagem, também de acordo com a policia. |
Elenilson Vitor da Silva
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
Elenilson Vitor da Silva é amigo de Bruno há sete anos e trabalhava como caseiro e secretário do goleiro, cuidando de pagamentos e contas.
À Justiça, disse que viu Eliza viva no sítio de Bruno, e que ela andava livremente pela propriedade. |
Wemerson Marques, o Coxinha
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
Wemerson Marques, o Coxinha, acompanhou Dayanne e Flávio Caetano no dia em que eles levaram o filho de Eliza para uma casa na Grande BH.
Coxinha disse à Justiça que viu Eliza viva no sítio do goleiro, e que ela não estava machucada. |
Flávio Caetano de Araújo
(Foto: Arquivo / G1 MG) |
Flávio Caetano de Araújo era motorista de Bruno acompanhou Eliza e Coxinha na entrega do filho de Eliza para uma família na Grande BH, nos dias em que a jovem teria sido morta, segundo a polícia.
Araújo conseguiu um alvará de soltura e foi libertado da Penitenciária Nelson Hungria no dia 27 de novembr |
Entenda o caso
A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza e a Justiça pronunciou todos eles. A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os acusados. Com essa medida, eles devem permanecer na cadeia até o fim do julgamento.
Em 2009, Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
Do G1 MG