Governo dos EUA dá sinal verde à vida artificial
A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira que o campo controverso da biologia sintética ou da manipulação de DNA de organismos para criar novas formas de vida traz riscos limitados e seu avanço deveria ser permitido.
Um painel de especialistas reunido pelo presidente americano, Barack Obama, recomendou vigilância e autorregulação enquanto os cientistas procuram formas de criar novos organismos que possam resultar em inovações úteis em energia limpa, controle da poluição e medicina.
A Comissão Presidencial para o Estudo de Questões Bioéticas concluiu “que a biologia sintética é capaz de feitos significativos, mas limitados, com riscos limitados.
– Os desenvolvimentos futuros podem despertar novas objeções, mas a comissão não encontrou razões para endossar regulações federais adicionais ou uma moratória no trabalho nesse campo por enquanto.
O painel de 13 cientistas, especialistas em ética e em políticas públicas, foi criado por Obama no ano passado.
Sua primeira missão foi considerar a questão da biologia sintética, depois que o Instituto J. Craig Venter anunciou, em maio, ter criado uma célula viva de bactéria produzida a partir de genoma (conjunto de genes de uma determinada espécie) sintético. A expectativa é que a descoberta possa permitir, por exemplo, a fabricação de bactérias em laboratório.
Para os críticos, a descoberta era o equivalente a “brincar de Deus”, criando organismos sem o entendimento adequado sobre as consequências, perturbando a ordem natural.
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