Paraense dada como morta fala com a família
Antônio foi ao Rio de Janeiro, na noite do último domingo, para trazer o corpo da irmã ao Pará e tentar descobrir onde estava a sobrinha. Mas ele não reconheceu o corpo que lhe foi apresentado no IML como de Maria de Fátima e constatou que se tratava de uma outra pessoa, homônima de sua irmã. “Eu senti que tinha uma chance de me encontrar com ela, como aconteceu”, diz ele. Enquanto o irmão estava no IML, a doméstica ligou para os familiares, em Belém, para avisar que estava bem. Logo em seguida, Antônio Sequeira recebeu a boa notícia. “O reencontro foi muito especial. Uma alegria muito grande. Está tudo bem, graças a Deus. Foi um grande susto que a gente espera que nunca mais aconteça”, relata.
Ele retorna ao Pará na próxima quarta-feira, mas a irmã e a sobrinha continuam morando na casa delas em Teresópolis, que não foi atingida pela tragédia. “Aqui é seguro”, afirma Antônio. Maria de Fátima explica que demorou para entrar em contato com a família porque seu celular não funcionava e os telefones públicos da região estavam quebrados. “Fiquei calma, porque eu sabia que não tinha acontecido nada. Para mim, se a pessoa morre a notícia chega rápido. Não adianta desespero”, constata, ao informar que soube da preocupação dos parentes pelo ex-marido. “Ele mandou eu ligar para a minha mãe porque ela estava na televisão. Eu disse: não acredito que ela está fazendo isso, que eu ia pagar esse mico”, brincou. Segundo ela, a área em que mora não foi atingida pelas enchentes, mas não há água nas torneiras.