Defesa Civil continua buscas por vítimas de desabamento de prédio
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros continuam, nesta segunda-feira (31), as buscas por pelo menos duas vítimas do desabamento de um prédio ocorrido na tarde de sábado (29), no Bairro Nazaré, em Belém. O corpo de uma mulher de 67 anos foi retirado dos escombros e a identificação da vítima será feita por um exame de DNA. Um operário, que era considerado desaparecido até domingo (30), se apresentou, segundo a Defesa Civil.
“Os trabalhados seguiram durante toda a madrugada e vão continuar, ininterruptamente. Nós estamos trabalhando com dois aparelhos que chegaram no Paraná, um sensor sísmico e uma almofada pneumática, para ajudar nos resgates sem riscos. Não vamos parar até verificar o último pedaço de entulho”, diz ao G1 o major Augusto Sérgio Lima de Almeida, coordenador adjunto da Defesa Civil.
Cães farejadores também estão local para ajudar na localização das vítimas. O número de pessoas soterradas ainda é incerto. Inicialmente, a Defesa Civil informou que havia cinco pessoas embaixo dos escombros. No início da madrugada de domingo, o número poderia chegar a sete.
O prédio que desabou estava em construção e ficava na Travessa 3 de Maio, entre as avenidas Magalhães Barata e Governador José Malcher. Segundo o major Lima, não há risco de desabamento de prédios vizinhos.
Obras
Segundo José Viana, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Pará, a obra do prédio está regular e estaria em fase de acabamento.
De acordo com a Agência Pará de Notícias (órgão de comunicação do governo do Pará), o proprietário da construtora responsável negou que houvesse irregularidades na obra. Em entrevista concedida no domingo, na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), ele garantiu que a construção estava aprovada e regulamentada. O empresário disse que a empresa aguardará o laudo sobre as causas do desabamento.
Os familiares das vítimas do desabamento serão indenizados, ainda segundo o proprietário da empresa. Até o momento, cerca de 130 pessoas que moram na vizinhança da obra estão hospedadas em hotéis, por medida de segurança.
Do G1