Matou a mulher a facadas e foi morto pela Polícia
Por não se conformar em deixar os cinco filhos do primeiro casamento para viver com o marido atual, a doméstica Maria de Jesus Nascimento da Silva, de 25 anos, acabou pagando a decisão com a vida, morrendo no ninho de amor com quatro facadas, desferidas por José Ademir, “Baixinho”.
O crime aconteceu no município de Almeirim, região Oeste do Pará, na noite de última quarta-feira, dia 02. Desta vez, a Justiça foi feita de maneira violenta, pois José Ademir, “Baixinho”, também foi morto durante uma perseguição policial. Ademir matou a companheira rindo e beijando seu corpo, depois que ela estava morta.
O dia amanheceu tranqüilo no município de Almeirim, a quarta-feira calma, parecia esconder o que iria acontecer, no final da noite, por volta das 22:30 hs, no bairro da Matinha. Segundo testemunhas, Maria de Jesus se encontrava na casa de sua irmã Ediana Nascimento, quando Ademir “Baixinho” chegou para conversar. O diálogo se transformou em discussão e logo em assassinato.
Fatos – Familiares da jovem falaram que ela teria deixado seu marido com o qual tinha cinco filhos, para viver com José Ademir, mas este não aceitava as crianças do primeiro casamento. Maria de Jesus estava com um mês de parto do único filho que teve com Ademir. Diante da situação, tendo que optar pelos filhos ou pelo homem que dizia que lhe amava, Maria de Jesus optou pela separação e pretendia reatar as bases do primeiro relacionamento com seu ex-marido, que reside em Laranjal do Jari, mas Ademir não aceitou a decisão.
Maria de Jesus, companheira de cama e mesa de “Baixinho”, estava na casa da irmã por volta das 22h30 quando Ademir chegou para “conversar”. A dona da casa decidiu se deitar e deixou Maria de Jesus, que estava com seus dois filhos menores, conversando com Ademir. Cerca de uma hora depois, Ediana ouviu uns gemidos e choro de criança, foi quando levantou-se para ver o que estava acontecendo, e viu Ademir saindo fechando a porta, deixando atrás de si um rastro de ódio e muito sangue, pois Maria de Jesus estava agonizando ao lado de seus filhos, com o corpo cheio de furos, mais parecendo tábua de pirulito humano. Um dos golpes desferidos pelo assassino foi na garganta, dois deles no peito, na altura do coração.
A Polícia foi acionada e, segundo o sargento Dias, que chefiava a guarnição da PM, ao chegar no local fizeram busca pela redondeza, porém, não conseguiram encontrar “Baixinho”, o assassino.
Os polícias Civis e Militares iniciaram uma caçada para prender Ademir. Na noite de quinta-feira, 3, por volta das 19h, uma denúncia anônima informou que o assassino estava escondido em uma residência próximo ao antigo comitê de campanha do ex-prefeito Gandor Hage. Uma guarnição da Polícia Militar ao verificar o local, encontrou Ademir e lhe deu voz de prisão, mas este reagiu, atacando de maneira brutal aos policiais. “Parecia estar tomado pelo espírito do capeta”. Após uma luta corporal intensa, conseguiu ser atingido por uma bala certeira, desferida pelo investigador Max, que atingiu o assassino tomado pelo cão, e que ferozmente enfrentava os policiais, abaixo do tórax. Ademir, “Baixinho”, ainda foi socorrido e levado para o Hospital Municipal, mas não resistiu e morreu.
Macabro – Segundo relatos de pessoas ligadas ao assassino, após matar a companheira, ele foi até o sitio do seu pai ainda pela madrugada e contou todos os detalhes do crime aos familiares, dizendo que matou Maria de Jesus rindo e beijando-a. Ademir teria contado que ele furava a companheira e o furava também com um prego. Ademir também relatou ao seu pai, que matou porque amava muito a jovem e que praticou o crime na frente das crianças.
No necrotério, foram identificados nos corpos dos dois, na região da clavícula, furadas tipos de prego.
Por: Carlos Cruz