Pe. Edilberto: “Governador e Vice não respeitam povos da região”

Padre Edilberto critica atuação de Jatene e Helenilson com relação a Belo Monte

Padre Edilberto Sena fala com exclusividade para o jornal O Impacto sobre a construção da Usina de Belo Monte, onde contesta afirmações de que a Hidroelétrica tenha importância para o aumento na geração de energia para a região e desabafa: “O povo do Pará não precisa de mais hidroelétricas”, afirmou. Quanto a atuação do vice-Governador do Pará, o santareno Helenilson Pontes, o religioso foi enfático: “Ele tem que tomar uma posição clara contra essa desgraça que é a construção das hidroelétricas do Tapajós, como segunda maior autoridade do Pará que é, ou se vai ficar nesse jogo de coluna do meio, na corda bamba, onde é contra, mas ao mesmo tempo se posiciona a favor”, falou.

Padre Edilberto faz um aviso severo ao vice-governador Helenilson Pontes e ao governador Simão Jatene: “Se eles forem a favor de construção de Hidroelétricas no rio Tapajós, significa que estas autoridades (Governador e vice) não respeitam nem aos povos ribeirinhos, nem a população da região e nem os indígenas Mundurukús”, enfatizou.

Padre Edilberto, além de ser um formador de opinião dos mais competentes na região, também é Diretor Geral da Rádio Rural de Santarém e escritor. De sua inteligência privilegiada partem os brados em forma de editorial que são lidos diariamente na Rádio Rural, em favor da Amazônia e sua gente. O sacerdote e comunicador revela que a Usina de Tucuruí, no Pará, é a segunda maior hidroelétrica no País e que possui potência de energia suficiente, “para atender a todas as residências do estado do Pará”, disse. “Se Tucuruí não atende todas as residências do Estado, é por falta de interesse dos governantes do Pará”, enfatizou.

O representante dos católicos em Santarém retratou uma situação das mais conflitantes que infelizmente acontece na região, que é o interesse do capital “de fora” em atrofiar os rumos da região ao progresso e ao desenvolvimento, com a construção de Usinas Hidroelétricas: “Como interessa ao capital da Zona Franca de Manaus e do capital que está sendo investido na implantação da indústria de manganês, em Macapá, a Eletronorte está abrindo mais um Linhão, saindo de Altamira, descendo o rio Xingú, rumo ao Amazonas, atravessando próximo a Almeirim”, explica: “Neste ponto, um ramal sobe para Macapá e outro vem pela Calha Norte, rumo a Manaus. Então, significa que potência existe”, esclarece o sacerdote, perguntando em seguida: “Então, por que o governo está querendo construir na bacia do rio Tapajós onze hidroelétricas?”, indaga.

A resposta de Padre Edilberto à sua própria pergunta, revela o temor que o católico possui da invasão do capital estrangeiro no País e na região: “Acontece que o governo brasileiro está subserviente ao capitalismo internacional, a Holanda tem grande interesse nos canais de exportação de produtos da Amazônia, para distribuição na Europa, principalmente commodities (mercadorias), de soja, madeira e minério. Então, o nosso País está sob controle do capital internacional”, finalizou.

Livro sobre a Amazônia serve como instrumento de pesquisa em Universidades – Um dos livros mais lidos e comentados, segundo pesquisadores e estudantes, tem sido “Amazônia, o que será amanhã?”, de autoria do Padre Edilberto Sena, nos volumes 1 e 2. Totalmente baseado nos editoriais lidos nas manhãs na Rádio Rural, o livro é referencial para quem quer entender os problemas e lutas da região Oeste e da Amazônia. Pode ser adquirido na recepção da Rádio Rural ou pelo fone: (93) 3523-1066. Uma obra que merece ser estudada.

Por: Carlos Cruz

Um comentário em “Pe. Edilberto: “Governador e Vice não respeitam povos da região”

  • 19 de novembro de 2011 em 13:14
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    Padre estou deveras envergonhado e ao mesmo tempo de mãos atadas.Mas acredito na sua palavra! Deus te abençõe.

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  • 15 de março de 2011 em 12:14
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    Por que não há ONGs no Nordeste seco? .Você consegue entender isso?

    Vítimas da seca
    Quantos? 10 milhões
    Sujeitos à fome? Sim
    Passam sede? Sim
    Subnutrição? Sim
    ONGs estrangeiras ajudando: Nenhuma

    Índios da Amazônia
    Quantos? 230 mil
    Sujeitos à fome? Não
    Passam sede? Não
    Subnutrição? Não
    ONGs estrangeiras ajudando: 350

    Provável explicação: A Amazônia tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores
    jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis,
    cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta (o que pode
    gerar grandes lucros aos laboratórios estrangeiros) e outras inúmeras
    riquezas que somam 14 trilhões de dólares.

    O Nordeste não tem tanta riqueza natural, por isso lá não há ONGs
    estrangeiras ajudando os famintos.

    Tente entender: Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e
    ambientalistas na Amazônia Brasileira do que em todo o continente
    africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias
    de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres.

    Agora, uma pergunta: Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito? É
    uma reflexão interessante.

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  • 14 de março de 2011 em 09:35
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    A ortografia do comentário de Teresinha me chamou a atenção pois é exatamente aquele do novo idioma gringoportunol, do futuro país amazônico.

    Ela escreveu: MUITO “BOM” A ENTREVISTA. “GOSTOU” DO QUE O PADRE “DIZ”

    Ou seja: Ou ela é gringa ou deve ter muito relacionamento com eles.

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  • 12 de março de 2011 em 14:54
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    Hoje até indio precisa de hidroeletrica Sr. Padre!!!!

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  • 12 de março de 2011 em 10:12
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    O comentário da “AVEIRENSE” me chamou atenção para duas coisas: Primeiro leio mais de 10 jornais por dia para poder escrever no meu Blog. Minhas matérias são semanalmente publicadas em jornais de PE. Acho que entendo um pouqinho do assunto e classifico o jornal “O IMPACTO” como um jornal que tem notícias atualizadas, dinâmico, com variedade de informações, boas colunas sociais para todas as classes, em resumo, um excelente jornal. Os comentários que classificou como “REDÍCULOS”, significam que estão em marcha “RÉ” do “DÏCULO”??? pois na minha opinião estão mostrando uma realidade amazônica.

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  • 12 de março de 2011 em 09:21
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    Que jornal horrível…que comentários redículos…Credo.

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  • 11 de março de 2011 em 21:08
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    Parece que está bem claro nessa troca de idéias um fato: O problema todo é mais POLÍTICO do que de MEIO AMBIENTE. Parece que ninguém está contra a hidrelétrica,e sim contra os políticos que estão no poder. Quem lê meu blog sabe que sou Lulista roxo e contra o PSDB, mas não sou fanático. Se o povo do Pará está satisfeito com essa política ambiental, porque Ana Júlia com todo a ajuda de Lula não se elegeu??? Leiam no meu blog camposesilva.blogspot.com a materia “ÁGUA BENTA NAS TURBINAS DE BELO MONTE”

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  • 11 de março de 2011 em 16:51
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    Desde quando padre tem formação técnica para dizer o que é certo ou errado em relação a problemas ou soluções no âmbito ambiental e produção de energia elétrica? Energia elétrica e sinônimo de desenvolvimento. A parcialidade dele com o jargão de “defensor dos povos da Amazônia” soa aos meus ouvidos como tendenciosidade para algum fim. Qual será esse fim? Os povos da Amazonia merecem respeito e esclarecimento. Não merecem opinião de religiosos alienados, que acham que os que aqui viviem tem que conviver sem prosperidade pela eternidade. Padre, vá evangelizar, levar a palavra de Deus a quem precisa, pois pelo que me parece o Senhor está mau influenciado. Se não consegue mais exercer o sacerdocio com imparcialidade de opinião, largue a batina e vá defender a causa ambientalista, em companhia das ong´s que tanto lhe acolhem bem.

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  • 11 de março de 2011 em 14:00
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    O Pe. Edilberto deveria se preocupar em pregar o envangelho, isso é claro se sua missão realmente é essa, que pela sua postura tenho minhas dúvidas. A visão dele não passa do seu próprio umbigo. Somos uma nação federativa que não resume-se unicamente ao Pará e a geração da energia daqui é um bem externada ao nosso próximo. Padre Edilberto procure evangelizar e não pregar a discórdia.

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  • 11 de março de 2011 em 10:30
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    Esses nossos governantes não querem nem saber de nada, nao se preocupam com ninguém.
    Cade o tal do vice que ia lutar pelo povo do Oeste do Pará? Só quer saber do seu umbigo. Essa hidroelétrica vai acabar com muita coisa, mas como ele tá se achando “o todo poderoso”, é bom que aproveite bem a mamada, pq o povo ta repudiando as atitudes dele, olha ai as eleições Dr Helenilson!

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  • 11 de março de 2011 em 10:27
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    O padre Ediberto merece um cargo público para ajudar o povo. nossos governantes tem medo de colocar o padre, pois ele poder descobrir coisas extranhas.

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  • 11 de março de 2011 em 10:23
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    Muito bom a entrevista do Padre. Gostou do que o padre diz. O vice tem que sair de cima muro. Parabens padre.

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  • 11 de março de 2011 em 09:44
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    Parece que o padre Edilberto, já faz parte do grupo que luta pela internacionalização da amazônia ou seja aqueles que a querem como um país independente do Brasil. Sua frase que o Pará não necessita da energia de Belo Monte é um posicionamento bem claro disso. Padre Edilberto, quem precisa da energia das hidrelétricas da amazônia como um todo “É O BRASIL “. Será que o senhor faz parte do grupo de Yanomamis que foram educados no exterior com o mesmo objetivo???? Vou publicar sua mensagem no meu blog camposesilva.blogspot.com

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