A Hora é do Brasil !!! E porque não de Santarém!!!

O terremoto e o tsunami do Japão vieram agravar ainda mais a crise que aquele país enfrenta. O Japão, que já foi um exemplo de superação para o mundo após a segunda guerra mundial, depois da terra arrasada e todas as conseqüências de uma derrota e os efeitos nocivos de duas bombas atômicas, teve competência para levanta-se e dar a volta por cima e ainda tornar-se a segunda maior potência econômica do mundo. O Japão que após este período de pujança e crescimento acelerado, enfrenta há vinte anos um período de estagnação, com deflação, nada de muito novo acontecia por lá, nos últimos anos mergulhava numa crise econômica, que aliada ao envelhecimento da população, já era preocupante para o mundo oriental, agora se depara com a maior catástrofe de todos os tempos. Dizem os entendidos que a bomba atômica é fichinha perto das conseqüências de vários terremotos, tsunamis e explosão de usinas nucleares.  O povo japonês é acostumado e o mais bem preparado do mundo a enfrentar essas fúrias da natureza, mas terá que rebolar e ter muita criatividade para sair da maior crise de sua história.

O mundo é cheio dessas coisas, como diz o ditado popular: desgraças de uns, alegrias de outros. Não temos dúvida que muitos países vão surfar na onda de oportunidades que deverá surgir com a desgraça dos japoneses. Os países do Bric por certo terão oportunidade de ouro para acelerar ainda mais o crescimento. A China, o mais emergente, fará eco para as multinacionais, com reflexos diretos na indústria americana, num duelo de gigantes econômicos que há alguns anos vem sendo travado nos bastidores da crise mundial. A China deverá acelerar ainda mais a sua ousadia e abocanhar a maior fatia da indústria japonesa. Mas junto com ela deverão seguir a Índia e o Brasil, que se souber aproveitar e reestruturar as estratégias de logísticas de exportação, poderá despontar como a bola da vez.  A Hora é do Brasil!!!

O crescimento da economia brasileira nos últimos anos, ainda não é o ideal, mas já colocou o país num patamar bastante competitivo. No Brasil têm acontecido muitas coisas ao mesmo tempo: crescimento econômico, copa do mundo de 2014, Olimpíadas de 2016, apelo ambiental, possibilidades de negócios que atraem olhares de investidores do mundo inteiro. O país experimenta a sua maior onda de consumo. As empresas e consumidores falam em inovação, em prospecção, em alavancagem, sem receio ou proteção de mercado. A ordem é produzir, seja para o mercado externo ou para o consumo interno. A ordem é segurar a inflação para que o povo possa usufruir, consumindo o que “nunca antes na história deste país”. Mas no Brasil muita coisa ainda está por acontecer.  

Há mercados no mundo que estão parados, estagnados, com pessoas desmotivadas ou envelhecidas pelo tempo. Mas não podemos desprezar a ousadia de outros mercados, como a China, Índia, Rússia, Argentina, Equador, Chile e outros, que crescem mais ou tanto quanto o Brasil, mas muitos não têm o tamanho do Brasil. Aqui as oportunidades são melhores. O Brasil cresce e tem escala e capacidade criativa.  A identidade cultural, a copa do mundo e Olimpíadas terão papel importante nesta tabela de crescimento. O Brasil é um país acostumado a eventos grandiosos, com grandes multidões. O calor humano do brasileiro é outro diferencial nestes eventos esportivos mundiais. O saber receber bem faz diferença nesta hora. A consciência coletiva que o país sempre foi um excelente anfitrião, e tem muitas belezas naturais de um país tropical, aumenta o potencial de se realizar os melhores jogos de todos os tempos. E o mundo terá facilmente essa percepção.

Mas a hora é do Brasil também pelo bom momento da economia brasileira e a oportunidade que se apresenta com a crise do Japão. Se nossos governantes souberem aproveitar e estimular a indústria brasileira, com melhorias na logística de exportação e redução de encargos tributários, temos tudo para deslanchar e promover o maior crescimento da nossa história. Tudo esta propício! O vento está a favor! Mas temos que ter cuidado com os próximos emergentes que estão surgindo, os chamados Next 11. Aqui na América Latina os “novos emergentes” já se movimentam liderados pela Argentina, Chile e México. Eles podem ser mais rápidos do que nós!

Mas como boa santarena, também acho que pode ser a hora de Santarém! As coisas só acontecem quando temos pessoas certas, nos momentos e lugares certos, certo?

Então, a hora é agora! Com a pujança de crescimento na produção de eletro-eletrônicos para o consumo mundial, aproveitando a crise do Japão, porque não lutar agora para transformar Santarém em uma Zona Franca, a exemplo de Manaus. A necessidade mundial de produção vai extrapolar a capacidade do Estado do Amazonas. Santarém geograficamente facilitaria a logística de exportação e o consumo interno. Temos um vice governador santareno, um governador economista dos bons, senadores e deputados com visão empresarial, uma presidente antenada e ousada, o que falta para nossa Zona Franca ser uma realidade? O mercado mundial é a grande oportunidade que se apresenta. Vamos nos unir com todos os paraenses de outras “paragens” e fazer deste sonho uma realidade nacional.  Se querem tanto preservar a Amazônia, se querem tanto estancar o desmatamento, vamos construir vias de oportunidades de empregos para o povo e teremos nossos rios e florestas preservados, afinal a redução do desmatamento no estado do Amazonas se deve unicamente a política industrial que gera empregos e renda para a população.

Continuaremos com apito, arco e flecha nas mãos defendendo a natureza, se tivermos empregos!

A Hora é Agora!!! Zona Franca em Santarém!!!           

Por: Vânia Pereira Maia