Eletronorte anuncia novo estudo do Linhão para beneficiar Oeste Paraense
O traçado original da ampliação da rede de transmissão de Tucuruí, não contempla cidades do Oeste do Pará e Baixo Amazonas. Esse assunto foi debatido no último dia 26, em Manaus, entre diretor de Engenharia da Eletronorte, Adhemar Palocci e o deputado Sinésio Campos, o coordenador da Comissão de Energia e Gás da Assembléia Legislativa, engenheiro eletricista Robson de Bastos e o Secretário de Geodiversidade do Amazonas, Daniel Nava.
No encontro, Palocci admitiu rever os estudos e depois encaminhá-los para apresentar a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo Planejamento do Sistema Elétrico Brasileiro. Ele argumenta que o reestudo “vai garantir disponibilidade de carga compatível com a demanda reprimida”.
Durante o encontro o deputado estadual pelo Amazonas, Sinésio Campos, santareno que é presidente da Comissão de Mineração, Energia e Gás, designou o Engº Robson de Bastos para ser o interlocutor entre o governo do Amazonas e a Eletronorte. Bastos também vai acompanhar o levantamento técnico do novo traçado. Depois de concluído, o novo estudo será apresentado à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo Planejamento do Sistema Elétrico Brasileiro.
O novo percurso, além de beneficiar cidades desta região, vai chegar segundo o secretario estadual de Geodiversidade do Amazonas, Daniel Borges Nava, à calha do rio Madeira. Ali será implantado pólo mineral no Estado do Amazonas A expectativa é a exploração da Silvinita. Esse produto nada mais é do que cloreto natural de potássio, usado como adubo. Para esse projeto, energia confiável, é o ponto principal da atividade.
Não fosse a disponibilidade do presidente da Eletronorte, esta região ficaria de fora pelo menos em algumas cidades, do aporte de energia de Tucuruí. Essa usina é a quarta do mundo e a maior inteiramente nacional. É também é a terceira Unidade da Federação que mais exporta energia bruta. Enquanto isso, o projeto de extração de bauxita da Alcoa em Juruti, depende e aguarda a extensão do linhão, para implantar a sua fábrica de alumina que deve gerar emprego e renda, diante do valor agregado do beneficiamento.
O consumo desse projeto é comparado com o da Albrás, que é hoje a maior consumidora individual de energia do Brasil, distante da capital 40 quilômetros. Em termos comparativos, se a fábrica da Alcoa de Juruti virar realidade, terá consumo duas vezes mais do que de toda a região Oeste, estimada atualmente em 1.100 milhão.
O curioso é observar que os políticos desta região, ou não sabem ou se mostram alheios aos grandes assuntos de interesse. A energia é apontada como fator preponderante para os habitantes da região que vivem à margem do desenvolvimento. Apesar do potencial energético, no Pará pelo menos 20% das cidades, ainda são abastecidas por usinas termoelétricas, e assim mesmo em alguns casos, somente durante o dia.
A região Norte aumentou o seu consumo no ano passado em 1.8%, enquanto o Centro Oeste e o Sudeste juntos consumiram juntos 4.7%. O aumento de consumo é um indicador de desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida das pessoas. Este é um sinal que ainda estamos longe de pensar em competitividade com outros centros.
Da Redação